quinta-feira, 11 de julho de 2024

Seria o Vale do Silício dos Andes?, The News

 

Se antes o Uruguai era relevante apenas pelas exportações de carne e soja, recentemente, o país tem se consolidado como o hub tecnológico mais importante da América do Sul.

Números para comprovar: O Uruguai lidera o ranking de exportações de serviços de TI per capita, com uma média de US$ 280 por habitante, mesmo sendo apenas a 14ª economia da América Latina.

  • A exportação de serviço em TI pode ser exemplificada por uma empresa americana contratando uma empresa de softwares uruguaia.

Na última década, o setor de tecnologia mais que dobrou sua participação na economia uruguaia, já representando quase 5% do PIB — gerando US$ 2,8 bilhões em exportações.

No Brasil, a indústria ainda é pouco representativa frente ao PIB, com o último dado oficial em 2 bilhões de dólares exportados no ano de 2018.

Muita inovação para pouco uruguaio: O principal desafio é fazer com que um país de 3,4 milhões de habitantes — onde as vacas superam as pessoas em 3 para 1 — consiga fornecer mão de obra qualificada suficiente.

Por lá, o salário inicial de um engenheiro de software formado já é maior do que a média nacional. O problema é que, a cada 1.000 que se matriculam nos cursos de TI, cerca de 100 se formam.

Bottom-line: Empresas de capital de risco investiram meio bilhão de dólares em 33 startups uruguaias nos últimos 3 anos, o primeiro IPO do país em quase 8 anos foi feito em 2021 justamente no setor tech.

🇺🇾 Hamptons da América do Sul: Mesmo administrando empresas criadas em outros países, os fundadores do Mercado Livre e do Nubank, por exemplo — com valuation somado de +US$ 100 bi — têm o Uruguai como lar. Aprofunde.

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BRASIL
As bulas dos remédios vão virar QR Code

(Imagem: ResearchGate)

“Ao persistirem os sintomas, o QR Code deverá ser consultado.” A Anvisa aprovou uma regra que substitui as bulas impressas que vêm nas caixas dos remédios por uma versão digital.

A ideia é colocar um QR Code nas embalagens que leva para um site ou um PDF com as orientações que estamos acostumados na versão de papel — mas com o plus de poder ter fotos ou vídeos mostrando como tomar o remédio.

💊 “Projeto-piloto”. Calma… Quando você for comprar seu remédio na farmácia, é muito provável que ele ainda venha com aquele pergaminho dentro.

Isso porque, em um primeiro momento, o processo vai ser testado só com os medicamentos entregues em hospitais e de distribuição gratuita que não precisam de prescrição.

Esses testes vão ser feitos até 2026 e, depois disso, a ideia é que a Anvisa amplie o modelo digital para todos os outros tipos de remédio.

Como era de se esperar, o projeto divide opiniões:

👍 Quem é a favor diz que a inovação vai personalizar informações e transformar a bula em algo realmente útil;

👎 Os contrários à medida batem na tecla da desigualdade social quanto ao acesso a smartphones no país.

By the numbers: 81% da população brasileira diz ser contra o fim da bula impressa. Ao mesmo tempo, o Brasil tem 258 milhões de smartphones em uso — o que dá mais de 1 por pessoa.

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TECNOLOGIA
Quem diria que até um anel poderia ser smart

(Imagem: Samsung)

Smartphone, Smartwatch… Smart ring. Depois de muitos rumores, a Samsung lançou o Galaxy Ring, um anel inteligente de US$ 400 para te monitorar 24/7. Clique para ver ele funcionando.

O gadget pesa 3g, vai ter uma bateria que dura uma semana e só vai funcionar conectado a um smartphone da marca. Usando AI, a ideia é mostrar tudo o que acontece no seu dia:

  • 😴 Respiração, movimentação e ciclos do sono;

  • ❤️ Alertas caso os batimentos fiquem acelerados ou lentos demais;

  • 🏃 Dados sobre exercícios e queima de calorias;

  • 🔄 Ciclo menstrual pela temperatura da pele das mulheres — sim, até isso.

Não é tãaao novidade assim… Os anéis inteligentes existem desde 2010, e quem domina esse mercado é a Oura, que vendeu mais de 1M de unidades desde 2013 e é avaliada em mais de US$ 2,5 bi. A Samsung espera vender 4M logo no primeiro ano de vendas.

💍 A estratégia por trás: Sendo a primeira BIG TECH a entrar nesse universo, a Samsung quer popularizar o uso dos aparelhos. Foi mais ou menos o que a Apple fez com o mundo dos smartwatches.

Hoje, quase 40% dos donos de smartphone também tem um relógio inteligente, e o mercado de smartwatches deve movimentar mais de US$ 30 bilhões até 2026.

Bottom-line: Além de ser um item “fashion” com potencial de causar um certo hype, os Galaxy Rings chegam num ótimo momento para a Samsung, que deve ver os seus lucros aumentarem 1.400% no trimestre — principalmente por causa da AI.


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