segunda-feira, 11 de julho de 2016

Brasil reduz em 5,7% número de mortes no trânsito, Portal Brasil

SAÚDE

Avanços

O Brasil conseguiu diminuir a quantidade de mortos no trânsito de 44.812 casos, em 2012, para 42.266, em 2013
por Portal BrasilPublicado18/11/2015 19h11Última modificação19/11/2015 14h25
Foto: Oswaldo Corneti/ Fotos PúblicasMinistério da Saúde avalia que queda de mortes no trânsito reflete endurecimento da Lei Seca
Ministério da Saúde avalia que queda de mortes no trânsito reflete endurecimento da Lei Seca
O Brasil conseguiu reduzir o número absoluto de mortos no trânsito. Foram 44.812 mortes em 2012 e 42.266 em 2013, ou seja, houve uma queda de 5,7% de um ano para o outro. Os números foram apresentados nesta quarta-feira (18) na 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, em Brasília.
A taxa de mortalidade caiu ainda mais, 6,5%, de 22,5 mortos por 100 mil habitantes, em 2012; para 21 casos por 100 mil habitantes, em 2013. O ministério destaca que a queda é um possível reflexo do endurecimento da Lei Seca, em 2012.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, enfatizou os resultados. “Entre 2012 e 2013, o Brasil reduziu o número de vítimas nas estradas e rodovias. Ainda é um número pequeno, mas só foi possível em função das várias medidas adotadas que contribuíram para esse resultado, como o uso obrigatório do cinto de segurança e o trabalho de conscientização que vem sendo feito com a população”, destacou o ministro. Castro enfatizou ainda a necessidade de o governo federal atuar mais fortemente na redução de acidentes envolvendo motociclistas, responsáveis por maior parte do número de mortes e internações no País.
O balanço apresentado nesta quarta-feira aponta que 42.266 pessoas morreram por causa de acidentes de trânsito em 2013, sendo que 12.040 eram ocupantes de motocicletas (28,8% do total de mortes).
Em 2008, os custos com as internações por acidentes de trânsito no Sistema Único de Saúde (SUS) foram de R$ 117 milhões. Apenas com as motocicletas, os custos foram R$ 49 milhões. Em 2013, o valor gasto com internações no SUS crescem 95%, chegando a R$ 229 milhões. Somente com as internações de acidentes com motocicletas foram gastos R$ 112 milhões, em 2013 – valor 128,5% maior do que o despendido em 2008.
O estudo apontou, ainda, que a frota de veículos mais que dobrou na última década, tendo crescido 121%, entre 2003 e 2013, e que o crescimento da frota de motos foi de 247%, em dez anos. Os veículos de duas rodas passaram de quase 6 milhões para quase 22 milhões.
Também foi apurado o comportamento no trânsito e o estudo revelou que metade dos brasileiros não usa cinto de segurança nos bancos de trás dos veículos. No banco da frente, são 20,6% os que afirmam nem sempre usar. Parcela de 79,6% disse sempre usar o cinto de segurança. Na zona rural, 55,2% afirmam nem sempre usar o cinto no banco de trás. Estudos, entretanto, mostram que o cinto de segurança no banco da frente reduz em 45% o risco de morte, e no banco de trás, em 75%. Em 2013, um levantamento da Rede Sarah apontou que 80% dos passageiros do banco da frente deixariam de morrer se os cintos do banco de trás fossem usados com regularidade.
Entre aqueles que pilotam motos, o trabalho apontou que na média nacional, 83,4% da população afirmam sempre usar capacete ao pilotar motos. Ou seja, sobra uma parcela de 16,6% que afirma nem sempre usar o capacete ao conduzir. No campo, os índices são piores. Fatia de 31,7% nem sempre usa capacete ao conduzir motos.
A combinação “álcool e direção” infelizmente ainda faz parte do trânsito brasileiro. O estudo apurou que 24,3% da população brasileira admite dirigir logo depois de beber e que na zona rural, esse percentual é de 30,4%. O Brasil é um dos 25 países do mundo que estabeleceram a tolerância zero para o consumo de bebida alcóolica por motoristas e um dos 130 que usam o teste do bafômetro como forma de garantia do cumprimento da lei.
Em todo o mundo, 1,25 milhão de pessoas são mortas e em torno de 30 a 50 milhões ficam feridas a cada ano em decorrência de acidentes de trânsito. Os óbitos atingem principalmente crianças e jovens de 5 a 29 anos, sendo que os jovens do sexo masculino são as principais vítimas. A 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resultados, começou nesta quarta-feira (18) e prossegue até quinta-feira (19), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF).
O Brasil conseguiu diminuir a quantidade de mortos no trânsito de 44.812 casos, em 2012, para 42.266, em 2013
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde

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