segunda-feira, 8 de março de 2021

Andrà Tutto Bene (Everything Will Be Alright) música e tradução

 https://www.letras.mus.br/cristovam/andra-tutto-bene-everything-will-be-alright/traducao.html


Andrà Tutto Bene (Everything Will Be Alright)

Cities are vacant like they've never been

Everyone's scared of what blows in the wind

The plans we all had

Have all gone down the drain

Our lives were postponed

But I know in the end we'll be alright

We stand together as one


People are lining in grocery stores

Silence is screaming the fear in their hearts

Don't give up your faith, no

Don't let your light fade

Together we'll get through the dark of these days


Two or three months

They’re saying on TV

Be safe in your shelters and soon we’ll be free

One day we’ll remember the hardest of times

When distance meant love and it kept us alive


Andrà tutto bene

Vai ficar tudo bem

Everything will be alright

Andrà tutto bene

Tout ira bien

Everything will be alright


To doctors and nurses

And all those who fight

The heroes that save us

By risking their lives

We'll give them our love, yeah

We'll shout to the skies

Brothers and sisters

We're here by your side


Take care of our loved ones

Be strong and be brave

Your kindness is something that cannot be paid

And when this is over the memories will shine

Of those who passed on and those who stood in line


A few more months

The anchorman said

Divided we fight but united we stand

One day we'll remember the hardest of times

When distance meant love and it kept us alive


Andrà tutto bene

Vai ficar tudo bem

Everything will be alright

Andrà tutto bene

Tout ira bien

Everything will be alright


Andrà tutto bene

Alles wird gut

Everything will be alright

Andrà tutto bene

Todo irá bien

Everything will be alright


Tudo Vai Ficar Bem

As cidades estão vazias como nunca estiveram

Todo o mundo tem medo do que sopra no vento

Os planos que todos nós tínhamos

Todos foram pelo ralo

As nossas vidas foram adiadas

Mas eu sei que no final ficaremos bem

Estamos juntos como um só


As pessoas estão alinhadas nos supermercados

O silêncio está gritando o medo nos seus corações

Não desista da sua fé, não

Não deixe sua luz desaparecer

Juntos, vamos atravessar a escuridão destes dias


Dois ou três meses

Eles estão dizendo na TV

Estejam seguros nos vossos abrigos e em breve estaremos livres

Um dia nos lembraremos dos tempos mais difíceis

Quando a distância significava amor e nos mantinha vivos


Tudo vai ficar bem

Vai ficar tudo bem

Tudo ficará bem

Tudo vai ficar bem

Tudo vai ficar bem

Tudo ficará bem


Para os médicos e enfermeiros

E todos aqueles que lutam

Os heróis que nos salvam

Arriscando suas vidas

Vamos dar a eles nosso amor, sim

Vamos gritar para o céu

Irmãos e irmãs

Estamos aqui ao vosso lado


Cuide dos que nos são queridos

Seja forte e corajoso

Sua bondade é algo que não pode ser paga

E quando isso acabar, as memórias brilharão

Daqueles que faleceram e daqueles que arriscaram a sua vida por todos nós


Mais alguns meses

Disse o apresentador

Divididos lutamos, mas unidos permanecemos

Um dia nos lembraremos os tempos mais difíceis

Quando a distância significava amor e nos mantinha vivos


Tudo vai ficar bem

Vai ficar tudo bem

Tudo ficará bem

Tudo vai ficar bem

Tudo vai ficar bem

Tudo ficará bem


Tudo vai ficar bem

Tudo vai ficar bem

Tudo ficará bem

Tudo vai ficar bem

Tudo vai ficar bem

Tudo ficará bem



ANP E POLÍCIA FEDERAL INTERDITAM COLETOR E RERREFINADOR DE ÓLEO LUBRIFICANTE USADO OU CONTAMINADO - ANP

 A ANP, em operação conjunta com a Polícia Federal, autuou e interditou em 04/03, no Distrito Industrial de Presidente Prudente (SP), as instalações de um coletor e rerrefinador de óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC) que operava sem autorizações da ANP e do órgão ambiental (Cetesb-SP). 

 

O óleo lubrificante se degrada e contamina com o uso, devendo ser trocado ao fim de sua vida útil. A correta destinação do óleo usado é o processo de rerrefino, que remove os produtos de oxidação, aditivos e contaminantes, retornando-o à condição de óleo básico. Este óleo básico é reutilizado na formulação e produção dos óleos lubrificantes. Assim, a Portaria Interministerial nº 464, de 29/8/2007 (https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=202630), estabelece o percentual regional e nacional mínimo de coleta do óleo lubrificante usado ou contaminado, de acordo com a participação de produtores e importadores no mercado de óleo lubrificante acabado. Saiba mais sobre rerrefino em: https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/distribuicao-e-revenda/lubrificantes/reaproveitamento-de-oleo-usado-ou-contaminado. 


O exercício da atividade de rerrefino sem autorização da ANP sujeita o infrator à penalidade de multa de R$ 50 mil a R$ 200 mil, além do perdimento de produtos e encaminhamento do processo, após o trânsito em julgado administrativo, para o Ministério Público apurar a responsabilidade criminal. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei.  

     

Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser encaminhadas ao Fale Conosco no Portal da ANP (https://www.gov.br/anp/pt-br/canais_atendimento/fale-conosco) ou por ligação gratuita pelo telefone 0800 970 0267.  



Assessoria de Imprensa

Superintendência de Comunicação e Relações Institucionais

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP

Tel.: +55 (21) 2112-8333

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domingo, 7 de março de 2021

Com prefeita anti-isolamento, Bauru ignora fase vermelha e tem falta de leitos para Covid, FSP

 

BAURU

Principal área de comércio popular de Bauru (SP), o calçadão da rua Batista de Carvalho, no centro, ignorava a fase vermelha do Plano São Paulo na tarde de quinta-feira (4).

Galeria no centro de Bauru com as lojas todas abertas, apesar de a cidade estar na fase vermelha do Plano São Paulo - Zanone Fraissat/Folhapress

Numa galeria de lojas, todos os boxes estavam abertos, vendendo roupas, calçados e acessórios para celular, apesar das restrições impostas pela fase vermelha, na qual Bauru foi incluída no mês passado.

A uma quadra dali, numa loja de departamentos, vendedoras faziam o atendimento aos clientes na calçada –a reportagem comprou um bloco de notas. Um pouco mais adiante, uma moça convidava quem passava a visitar uma ótica que estava com as portas escancaradas.

A 2 km de distância, no Pronto-Socorro Central, o casal Abraão e Lúcia Helena Santos aguardava notícias do filho de 27 anos que havia sido internado às pressas na noite anterior com sintomas de Covid-19.

“Ele não conseguia nem falar. A gente fica preocupado, porque pode precisar de UTI. E a gente sabe como está a situação na cidade”, disse a mãe, professora da rede estadual.

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Igualmente agoniada, a estudante de enfermagem Beatriz Zuliani da Silva aguardava informações do marido, de 24 anos. Após alguns dias com sintomas leves, ele teve uma queda abrupta de oxigenação, chegando a 88%, nível considerado alarmante.

Indignada, criticava a falta de responsabilidade de pessoas que não fazem isolamento social. “Tudo bem querer ajudar os comerciantes, mas olha o colapso da saúde no município”, disse.

A cidade de 380 mil habitantes, a 330 km de São Paulo, tem uma das situações mais graves da Covid no estado.

Ao mesmo tempo em que flerta com o colapso, vive uma disputa entre o governador João Doria (PSDB) e a prefeita Suéllen Rosim (Patriota), que pressiona por maior abertura das atividades econômicas.

“A demanda aumenta, a gente tenta abrir novos leitos ou converter os existentes. Mas é enxugar gelo”, diz Doroti Ferreira, diretora do Departamento Regional de Saúde de Bauru, vinculado ao governo do estado.

Na quinta-feira, segundo a prefeitura, a cidade tinha 59 pacientes graves da doença para 50 UTIs disponíveis no Hospital Estadual, o principal da cidade. Mais dez leitos estão sendo adaptados para atender à Covid, mas o problema não se resume às UTIs. “Hoje as enfermarias estão lotadas, coisa que a gente nunca via”, afirma Ferreira.

Mesmo nesse cenário, a prefeita defende a reabertura do comércio, com apoio dos empresários e comerciantes. Num dos principais viadutos da cidade, uma faixa do Sindicato do Comércio mostra Doria como Pinóquio e pede “Comércio Aberto Já”.

Um dos símbolos da cidade, o Noroeste, na terceira divisão do Campeonato Paulista, somou-se à pressão: nas primeiras rodadas, usará uma camisa amarela em vez da tradicional vermelha, com os dizeres “Juntos por Bauru”, em apoio à reabertura.

A prefeitura tentou duas vezes ignorar o Plano São Paulo, permitindo o funcionamento de serviços e comércio. A Câmara Municipal chegou a aprovar uma lei municipal designando bares e restaurantes serviços essenciais. Em ambos os casos, foi preciso recuar por decisões judiciais.

A prefeita também foi criticada por atitudes que tomou. Compartilhou vídeo de uma carreata em defesa da reabertura, participou de um evento com o empresário bolsonarista Luciano Hang sem usar máscara e cantou num culto da igreja evangélica que frequenta em que não havia distanciamento entre os fiéis.

Além disso, irritou Doria ao ir a Brasília, onde tirou fotos com Jair Bolsonaro. Foi chamada pelo tucano de “negacionista” e acusada de fazer “vassalagem” ao presidente.

“Não sou negacionista, sou realista”, reagiu ela em entrevista à Folha.

“Quem sai na rua sou eu. Quem tem de dar satisfação ao povo sou eu. Lógico que eu tenho de batalhar pelo que acho justo”, afirmou.

Justo, em sua opinião, seria um equilíbrio maior entre saúde e atividade econômica. “A gente entende as medidas de isolamento, mas não podemos ignorar um ano de pandemia.”

Também negou que esteja fazendo vista grossa para a fiscalização de estabelecimentos abertos na cidade, mas diz que é preciso compreensão com os comerciantes.

“O número de fiscais não é suficiente, mas em nenhum momento há prevaricação. Só não podemos criar no município uma situação de guerra, do fiscal sair brigando com o comerciante. O comerciante hoje se encontra exausto”, afirmou.

A decisão de brigar pela abertura das atividades econômicas, disse ela, deve-se ao fato de Bauru ser uma cidade comercial. “Não tem grandes indústrias. Restaurantes, bares, salões de beleza, são importantes”.

Por isso, faria sentido chamar essas atividades de essenciais. “O que é essencial para mim? Não é essencial, de repente, para você. Ninguém fala de fazer algo desenfreado, com festas, aglomerações. Mas fala do restaurante em ambiente controlado, de atender de uma forma limitada, começar a fazer de forma coordenada”, afirmou a prefeita, que disse lamentar estar de “mãos atadas” após as decisões judiciais que impediram a reabertura.

Ela disse que segue priorizando a saúde, mas ponderando que o mais importante é aumentar o número de leitos disponíveis na cidade. Cobrou do governo de São Paulo o aumento de vagas, que, afirmou, foi prometido e não cumprido.

Também pediu a abertura do Hospital das Clínicas, hoje um prédio pronto, mas que não funciona por falta de recursos. Apenas dois andares, de forma improvisada, servem como “hospital de campanha” para a Covid.

“A gente faz a nossa parte em fechar tudo. E a parte do estado, em nos dar uma melhor assistência?”, pergunta.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde rebateu a prefeita. "O estado tem trabalhado sozinho pela criação de novos leitos em Bauru e o município não financia um leito de UTI sequer", disse.

Sobre o Hospital das Clínicas, a pasta afirma que "jamais foi descartado, mas como toda unidade complexa, requer aprimoramento de infraestrutura e definição de perfil assistencial".

" O governo do estado de São Paulo lamenta o negacionismo da prefeita de Bauru e sua omissão na tarefa imperativa e primordial dos gestores públicos atuais: salvar vidas e enfrentar a pandemia", afirma a secretaria.

Tratamento de pacientes de Covid-19 no Hospital Estadual de Bauru - Divulgação

Moradores ouvidos pela Folha se dividem ao avaliar as atitudes da prefeita.

“Temos uma prefeita negacionista, então está tudo aberto, loja funcionando, festas universitárias acontecendo. Bauru virou um polo de Covid”, disse a corretora de imóveis Fernanda Santi, enquanto acompanhava o sogro no Hospital Estadual.

Dono de uma loja de roupas e acessórios militares no calçadão do centro, Luiz Aparecido Lopes disse que Doria quer quebrar o estado e parabenizou a prefeita pela coragem.

“A prefeita é ótima. Eu tiro o chapéu para ela. A briga que ela quiser comprar eu compro junto”. O movimento, disse ele, caiu mais de 70% na pandemia, mesmo com as lojas permanecendo abertas.

No bairro Presidente Geisel, mais afastado do centro, oito pessoas tomavam cerveja no Careca Bar por volta de meio-dia, despreocupadamente.

“Se depender do calça apertada lá [Doria], vamos todos morrer de fome”, disse Alexandre, que não quis dar o sobrenome, enquanto bebia em pé apoiado no balcão.

“Não é fechando um barzinho de esquina que vai resolver o problema”, afirmou ele, dono de uma oficina mecânica.

Ali perto, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro, os seis leitos disponíveis têm sido improvisados para acolher doentes de Covid enquanto não surgem vagas em UTIs do Hospital Estadual, ou em outras cidades.

Segundo uma médica, o fluxo de pacientes cresceu bastante desde o final de janeiro. Na quinta-feira (4), o movimento era intenso no local, e a recepção estava cheia.

Há exemplos de pacientes que ficam até cinco dias no local esperando transferência, usando uma estrutura que foi feita para atender a casos de menor complexidade.

Na rede particular da cidade, a situação não é muito melhor. “Descreveria esta como a pior fase até agora desde o início da pandemia”, disse Christiano de Giacomo Carneiro, diretor técnico do Hospital Beneficência Portuguesa de Bauru.

Segundo ele, há aumento no número de pacientes mais jovens e sinais de “cansaço e desgaste” de seu corpo de funcionários depois de 12 meses. “Contamos com um corpo clínico e com colaboradores comprometidos, que vêm fazendo o seu melhor”, afirmou.

Hoje, o hospital tem 60% de ocupação na UTI e 72% na enfermaria. Para as próximas semanas, ele não projeta mudança no quadro. “Penso que ficará muito parecido ao cenário de hoje.”