quarta-feira, 12 de julho de 2017

Gestão universitária OESP (pauta Bolçone)


Sem recursos para bancar despesas de custeio e investimentos, por causa dos efeitos da recessão econômica, algumas faculdades da Universidade Estadual Paulista (Unesp) pediram à Reitoria autorização para reduzir o número de vagas que serão oferecidas no próximo vestibular

O Estado de S.Paulo
11 Julho 2017 | 03h03
Sem recursos para bancar despesas de custeio e investimentos, por causa dos efeitos da recessão econômica, algumas faculdades da Universidade Estadual Paulista (Unesp) pediram à Reitoria autorização para reduzir o número de vagas que serão oferecidas no próximo vestibular.
Em ofício, a direção da Faculdade de Odontologia de Araçatuba solicitou a suspensão de 30 vagas no período noturno, que foi procurado por 18,5 candidatos por vaga, no vestibular de 2016. A justificativa é que as vagas dos professores que se aposentaram no ano passado não foram repostas e de que há dez pedidos de aposentadoria em tramitação. No campus de Rio Claro, os coordenadores dos cursos de graduação de Geologia e Matemática também pediram redução de vagas no próximo vestibular. No campus de São Paulo, o Instituto de Artes estudou a possibilidade de alternar a licenciatura em Teatro com o bacharelado em Artes Cênicas, como alternativa para não fechar um deles.
Apesar de enfrentar grave crise financeira desde 2014, quando a folha de pagamento passou a consumir 99% do orçamento, a Reitoria da Unesp rejeitou esses pedidos. Alegou que tem de manter um terço das vagas de seus cursos de graduação para o período noturno, por determinação legal, e que não seria justo negar oportunidade de acesso ao ensino superior público a quem não pode estudar durante o dia. No caso da proposta do Instituto de Artes, a Reitoria afirmou que a oferta alternada de cursos prejudicaria os alunos repetentes, que demorariam mais tempo para se formar. E informou, ainda, que a política da instituição é manter o número de vagas “mesmo em momentos de crise”.
As intenções da Reitoria podem ser nobres, mas, do ponto de vista financeiro, a situação da Unesp – onde vários servidores técnicos recebem, em média, salários maiores do que o de professores assistentes – é tão difícil quanto a da USP e da Unicamp. Com 47 mil alunos e 171 opções de cursos de graduação, a Unesp tem 3,8 mil docentes. Todavia, como recebe 2,34% da receita do ICMS e o recolhimento desse tributo caiu 1,6% no primeiro quadrimestre de 2017, com relação ao mesmo período de 2016, ela teve de adiar contratações e suspender a reposição das vagas dos que se aposentaram. Apesar de ter promovido contratações emergenciais, para evitar que determinadas matérias deixassem de ser oferecidas, em maio ainda havia 850 vagas de professores não preenchidas na Unesp.
Nesse mesmo mês, por coincidência, vários professores da USP lançaram um livro – Universidade em Movimento: memória de uma crise – para analisar a crise em que a instituição e as outras universidades públicas estaduais se encontram. Segundo eles, a crise resulta de uma sequência de erros, entre os quais o aumento não criterioso no número de servidores técnicos e reajustes de salários e benefícios que não levaram em conta o impacto da recessão na arrecadação do ICMS. Os autores do livro também chamam a atenção para o fato de que a maioria dos membros dos órgãos colegiados das universidades públicas não tem formação gerencial. E, para evitar que tomem decisões tecnicamente equivocadas, defendem a imposição de limite de gastos no último ano de gestão de cada reitor, ampliação das atribuições estatutárias das comissões de orçamento e patrimônio, criação de unidades independentes de monitoramento da execução orçamentária, consolidação das informações financeiras numa única base de dados e definição de parâmetros para gestão.
Enquanto sindicatos de docentes e servidores continuam pressionando a Assembleia para que aprove um aumento na cota da receita do ICMS a que as universidades paulistas têm direito, os autores do livro pedem que ela introduza na gestão dessas instituições a obrigatoriedade do respeito ao princípio da responsabilidade fiscal. Se medidas como essas já tivessem sido tomadas, essas universidades não estariam sendo obrigadas a discutir a redução de vagas em cursos que têm grande demanda, como ocorre na Unesp.
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Ministro da Saúde volta a atribuir crise do Hospital São Paulo a ‘falta de gestão’



Lamentavelmente, não se quer fazer o corte das despesas desnecessárias', declarou Ricardo Barros; reitora da Unifesp afirma ter reduzido custos em diversas áreas






Priscila Mengue, O Estado de S.Paulo
11 Julho 2017 | 18h21
SÃO PAULO - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, voltou a criticar a gestão do Hospital São Paulo (HSP), ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo ele, a instituição está em crise por ter um problema de "falta de gestão", pois recebe recursos suficientes para se manter, o que inclui o pagamento de metade da folha de pagamento pela União, o recebimento de recursos do Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (Cebas) e o pagamento de procedimentos e medicamentos de acordo com a tabela SUS.
“Não há outra justificativa. Com 50% da folha paga, não conseguir tocar o hospital é falta de gestão. Já disse isso a eles, já mostrei o caminho, mas, lamentavelmente, não se quer fazer o corte das despesas desnecessárias”, declarou durante a coletiva de imprensa do Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita, realizada nesta terça-feira, 11, no Instituto do Coração (Incor), do Hospital de Clínicas de São Paulo. “Não vamos mais pagar para o ineficiente, vamos cobrar gestão de todos para termos recursos para atender novos procedimentos como esse que fazemos aqui hoje.”
Em maio, o HSP teve suspenso o recebimento do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), o que, segundo Barros, ocorreu porque a instituição seria filantrópica em vez de universitária. “Ela não receberá o Rehuf a não ser que mude a figura política do seu hospital, se transforme em um hospital universitário, de administração direta da universidade, e aí deixará de receber o Cebas. Ela não pode ter as duas coisas ao mesmo tempo”, afirmou.
O ministro ainda declarou que  a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, não se convenceu da mudança por ser um “agente político”. “Nós não podemos tratar dessa forma, nós temos que tratar tecnicamente”, comentou. 
Resposta. Em nota, a Unifesp reafirmou o caráter do HSP como hospital universitário, o que seria embasado no decreto federal 7082/2010 e na portaria interministerial 883, também de 2010, e disse que os recursos do Rehuf são “fundamentais” para a compra de medicamentos, insumos hospitalares, pagamento de serviços e apoio à formação de 1.164 estudantes de graduação e 1.700 residentes médicos e multiprofissionais. 
“A equipe da Unifesp, com a procuradoria federal, encaminhou um parecer aos ministérios da Educação (MEC) e da Saúde (MS) em 15 de maio de 2017, demonstrando que não há impedimentos na regulamentação do Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área de Educação (Cebas) para o recebimento dos recursos do Rehuf. Desde, então, ainda não recebeu nenhum parecer oficial destes ministérios", informou.
Além disso, a Unifesp diz ter reduzido em 15% os custos com contratos de serviço, devolvido 11 imóveis assistenciais, além de ter renegociado valores de locação, reduzido em 440 o número de funcionários em dois anos, negociado dívidas bancárias e aderido ao Prosus (Programa de fortalecimento das entidades privadas filantrópicas e das entidades sem fins lucrativos que atuam na área de saúde). “A instituição está fazendo a gestão com escassos recursos”, escreveu na nota.
“A instituição entende que é dever do MS (Ministério da Saúde) ajudar os hospitais do SUS com aporte de recursos, que hoje são insuficientes para todo o sistema, ao invés de tecer contínuas críticas”, informou. “A Unifesp refuta veementemente a afirmação de que a reitora é uma agente política, já que não possui filiação partidária. A Unifesp é uma instituição isenta de ligações com partidos políticos ou governos, tendo como funções exclusivas o ensino, a pesquisa e a extensão.”

CPTM promete modernizar as quatro estações de Mogi, (pauta)


12/07/2017 - Portal News
O deputado estadual Marcos Damasio (PR) e o vereador Clodoaldo de Moraes (PR) receberam do diretor presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Paulo de Magalhães Bento Gonçalves, a promessa de que, ainda neste ano, as quatro estações de Mogi das Cruzes (Estudantes, Mogi das Cruzes, Braz Cubas e Jundiapeba) receberão obras de melhoria, como acessibilidade e novos banheiros. Gonçalves anunciou também que a região, muito em breve, será atendida com novas composições, mais modernas e confortáveis.
O anúncio foi feito na manhã de ontem durante reunião agendada pelo parlamentar a pedido do vereador. O encontro contou também com a participação de Adalberto Andrade, da delegacia regional de Mogi da NCST Nova Central, e do diretor de Planejamento e Projetos da CPTM, José Augusto Rodrigues Bissacot.
As perspectivas para o transporte ferroviário na cidade de Mogi são boas, tanto em relação às estações como à qualidade dos trens. Saímos da reunião bastante animados com as informações positivas que obtivemos e vamos acompanhar e cobrar a CPTM quanto a essas intervenções, declarou Damasio.
O deputado também reforçou a necessidade do governo do Estado destinar R$ 10 milhões para a confecção de projetos executivos para as quatro novas estações do município. Só com os projetos prontos, será possível buscar alternativas, como financiamentos ou parcerias. Temos uma demanda importante na região. A linha 11 - Coral é a de maior fluxo de passageiros/dia do sistema e Mogi das Cruzes é a maior cidade do Alto Tietê, merecemos este investimento, finalizou.
Brás Cubas
Dentre as quatro estações citadas, a CPTM já começou uma reforma de adequação e acessibilidade na estação Brás Cubas, conforme publicado pelo Grupo Mogi News de Comunicação no dia 23 do mês passado. De acordo com informações da autarquia, a obra custará
R$ 1,1 milhão e será concluída em dezembro. O local é uma das quatro estações de Mogi das Cruzes que aguardam que o governo estadual desengavete as obras de modernização.