quinta-feira, 10 de março de 2016

Ministros e oficiais das Forças Armadas dizem que 'Brasil não quer outro governo militar', in RBA

SEM RETORNO


Superior Tribunal Militar, comando do Exército e oficiais de alta patente reafirmam posicionamento pró democracia, refreando impulso golpista expresso por colunistas
por Hylda Cavalcanti, da RBA publicado 08/03/2016 12:17, última modificação 08/03/2016 12:23
REPRODUÇÃO/SECOMEX
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Francisco Camelo, do STM, e Otávio Barros, do Centro de Comunicação Social do Exército: pela democracia
Brasília – Ministros e oficiais militares rechaçamespeculações feitas nos últimos dias por setores da mídia, de que as Forças Armadas estariam procurando interlocutores entre políticos para apoiar um processo de afastamento da presidenta Dilma Rousseff e até mesmo dar reforço à segurança das manifestações pró-impeachment, marcadas para o próximo domingo (13). Entre representantes do principal escalão das Forças Armadas e magistrados do Superior Tribunal Militar (STM), há um entendimento de que não existe mais, no Brasil, espaço para o retorno de um governo militar e que "a democracia não quer mais que isto aconteça".
Um dos primeiros a falar no tema foi o ministro do STM Francisco Joseli Parente Camelo, empossado em maio passado – sua patente é tenente-brigadeiro do ar. Com 47 anos de carreira nas Forças Armadas, ele tem sido contundente ao afirmar que "não há nem clima e nenhuma vontade de acabar com a democracia".
Parente Camelo considera que a participação das Forças Armadas nas ações de segurança pública, por exemplo só deve ocorrer em situações consideradas "excepcionais e episódicas". E acha que "embora as Forças tenham demonstrado desempenho satisfatório nestas ações para garantir a segurança pública, a função constitucional da segurança interna do país é das polícias militares".
O ministro também já afirmou, em entrevistas anteriores, que "não há nada melhor do que a democracia".  "Nós, militares, sabemos disso. Você estar em um regime autoritário em que não sabe como será o dia seguinte, não tem liberdade de expressão, isso nós não toleramos mais no país", disse, na primeira entrevista após sua posse.

'O povo não quer'

Outro que tem opinião contundente a respeito e a tem explicitado em vários seminários e questionamentos, quando abordado sobre o tema, é o general Eduardo Villas Boas, comandante do Exército. O seu cargo é equivalente ao de antigo ministro da Guerra, depois transformado em ministro do Exército, até ser feita a junção dos ministérios das Forças Armadas no atual Ministério da Defesa.
De acordo com Villas Boas, em declaração feita recentemente em Pernambuco, "o povo não quer os militares de volta". Segundo o comandante, "vivemos um regime democrático, no qual as instituições funcionam normalmente". "O que o povo quer, na realidade, são os valores que ele atribui aos militares: ética, honestidade, honradez, compromisso com a nação", afirmou.
Ele chegou a acrescentar que o agravamento da crise ética, política e econômica é um fato que mexe com a sociedade como um todo e ao qual o Exército não está imune. E enfatizou que, "se por acaso chegarmos a um quadro de convulsão social, por dever constitucional as Forças Armadas serão obrigadas a intervir. Mas para garantir a segurança pública, como é uma das nossas obrigações constitucionais e como foi observado em eventos como Copa do Mundo, a Jornada da Juventude ou o evento Rio Mais 20. Não porque se deseja a volta de um governo militar no país".

Nota oficial

Ontem (7), o responsável pelo Centro de Comunicação do Exército, general Otávio do Rêgo Barros, divulgou nota oficial – veiculada pelo portal Brasil 247 – na qual nega especulações feitas durante o final de semana pelos colunistas Merval Pereira e Ricardo Noblat, das Organizações Globo, de que os militares estariam se preparando para apoiar as manifestações pró-impeachment, se fosse necessário.
No documento, o militar enfatizou que "quando empregamos tropas em eventos de pacificação ou de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) – dispositivo constitucional que permite o uso das Forças Armadas em situações especiais –, a determinação nos é dada por meio da Presidência da República".
"Se algum governador desejar a participação das tropas para qualquer coisa, tem que pedir à Presidência, esse é o fluxo", acrescentou Rêgo Barros.
Apesar da insistência de alguns setores, outros militares  já se posicionaram contrários, desde que foraminiciadas as manifestações, cerca de um ano atrás. O almirante Julio Soares de Moura Neto, ex-comandante da Marinha, chegou a dizer que "os militares estão totalmente inseridos na democracia e não vão voltar. Acentuou ainda que as manifestações pela volta dos militares ao poder, a seu ver, "não fazem o menor sentido". "Os militares só voltam em seu papel institucional, que é o que têm hoje", ressaltou.
Também o tenente-brigadeiro Juniti Saito, que até janeiro foi comandante da Aeronáutica, se pronunciou contra a volta dos militares: "Algo impossível de acontecer". Ele disse ver os pedidos nesse sentido como "opiniões de extremistas".

A Covardia do Anonimato por Raul Pont*


Os cartazes colados em viadutos e paredes e os panfletos distribuídos em caixas de correspondência que convocam o FORADILMA, em ato no Parcão, no próximo domingo, são anônimos.
Os autores escondem-se no anonimato porque não sustentam as mentiras que propalam.
Atacar a presidente Dilma, eleita legal e legitimamente, sem nenhum processo ou acusação judicial que a atinja, é uma ação golpista, não democrática.
O parecer do TCU sobre postergar gastos ou antecipar receitas atinge todos os prefeitos e todos os governadores do país, se for para valer! Sartori no RS pedala até salário do funcionalismo. É ridícula a acusação de que isso é fraude fiscal.
O panfleto apócrifo acusa o PT como responsável único pela “corrupção na Petrobras”. Mais de 90% dos presos e condenados na Lava Jato são os grandes capitalistas de empreiteiras e fornecedores da Petrobras, seus diretores e intermediários e dirigentes da tecnoburocracia da empresa estatal que se locupletaram com a prática corruptora e corrupta da forma histórica que a burguesia brasileira se relaciona com o Estado e seus negócios. Os dirigentes e parlamentares de vários partidos que também se beneficiaram desse conluio devem ser igualmente identificados, processados e punidos. Essa minoria não representa o todo de cada sigla pois se o critério for esse o PT está no fim da fila. Os processos e condenações em São Paulo, Paraná e Minas Gerais e o período FHC provam que os tucanos são imbatíveis neste quesito.
Querer crucificar um Partido e não as pessoas físicas devidamente investigadas e processadas, é atentar contra a democracia, contra o fortalecimento de instituições, num país que nunca as teve de forma plena.
Em 2014, as empresas – pessoas jurídicas – financiaram candidatos escolhidos em todos os partidos. Conforme o TSE foram 5,1 bilhões de reais em doações aos candidatos. Agora o camisa-negra Juiz Moro no Paraná quer, monocraticamente, julgar: aos amigos foi doação, aos inimigos foi propina.
Basta de insensatez e de cinismo. Não foi o Congresso que votou o fim do financiamento empresarial. Ao contrário, votaram pela manutenção dessa corrupção a totalidade dos partidos que hoje se travestem de moralistas. Precisou a decisão do STF considerando esse comportamento inconstitucional e o veto da Presidenta Dilma para que a reforma da lei eleitoral não contemplasse esse domínio do poder econômico no processo eleitoral. Mas as consequências de 2014 estão lá no Congresso: 75% dos eleitos estão entre as candidaturas com as campanhas mais caras em seus Estados.
Se o panfleto anônimo não tem razão nesses argumentos, que existem e se propagam pelo monopólio dos grandes meios de comunicação golpistas, igualmente não procede sua crítica à política econômica.
Se há um erro no Governo Dilma é não ter ouvido o Partido e o grande número de economistas que diziam ainda em 2014 que a indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda seria um desastre.
Atacada pelo golpismo de Aécio e do PSDB questionando o resultado eleitoral, pela eleição de deputado Cunha (PMDB) na presidência da Câmara, pelos Bancos e Federações empresariais (“o mercado”) que exigiam ajuste e austeridade fiscal para combater a “gastança” e por uma mídia monopólica na mão de meia dúzia de famílias que, diariamente, questionavam a sua vitória e sua capacidade de gestão, a Presidenta Dilma rendeu-se ao “mercado” e colocou alguém de confiança deste. Um ano perdido para ocorrer aquilo que já se sabia. Empregado e a serviço dos Bancos, o fundamentalista do ajuste fiscal e da austeridade Joaquim Levy aplicou a partitura de uma nota só que conhecia. Dobrou a taxa de juros, cortou gastos, abandonou investimentos e levou o país ao fundo do poço.
Para a classe dominante, tudo bem. Assim como tinha jogado os recursos e incentivos que ganhou para investir na produção e os colocou no rentismo financeiro ou nos paraísos fiscais, agora, na crise, pratica o desemprego desenfreado, responsabilizando o governo.
Qual seria a política econômica praticada pelo Aécio e os tucanos: a mesma. Não é isso que fazem seus governadores e aliados, como Sartori? Ajuste, austeridade, corte de serviços públicos, desemprego.
O FORADILMA do panfleto anônimo e covarde repete as mesma edições anteriores: golpista, antidemocrático e sem nenhuma alternativa à crise que vivemos.
A Presidenta Dilma precisa ouvir seu Partido, as Centrais Sindicais e a Frente Brasil Popular. O Programa de Emergência que o PT aprovou em sua reunião do Diretório Nacional, em 26/2/16, é um forte instrumento para um novo rumo.
(*) Raul Pont – professor e ex-deputado estadual

O efeito de um post na imagem da Heinz , no Meio e Mensagem on Twitter | Meioemensagem on Facebook

O efeito de um post na imagem da Heinz

Internauta canadense propõe boicote ao ketchup da marca e faz estoque do concorrente French´s esgotar nos supermercados

LUIZ-GUSTAVO-PACETE| »
09 de Março de 2016 14:33
Em 2014, a Heinz demitiu quase 800 trabalhadores na região
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Em 2014, a Heinz demitiu quase 800 trabalhadores na regiãoCrédito: Reprodução
Um único post foi capaz de mobilizar duas grandes empresas, produtores agrícolas, o prefeito de uma cidade e até mesmo um deputado no estado canadense de Ontário.
Na semana passada, Brian Fernandez, morador da cidade de Leamington, conhecida como a capital do Tomate, colocou em seu perfil no Facebook um convite para que seus conterrâneos boicotassem a marca Heinz já que a concorrente French´s utiliza tomates locais.
Em poucos dias, o post de Fernandez foi compartilhado mais de 150 mil vezes e fez com que os ketchups da French´s se esgotassem no varejo. “Vamos triplicar a produção do produto e ficamos entusiasmados de ver a mobilização local”, disse Elliott Penner, presidente da French´s, em entrevista à emissora local CBC.
Já o executivo da Heinz, Sam Diab, disse que é “encorajador ver a forma como os consumidores valorizam o produto local”. Diante da repercussão, John Paterson, prefeito de Leamington, pediu para que os canadenses não boicotem todos os produtos da Heinz porque a empresa ainda fabrica alguns itens com produtos locais como vinagre e molho de macarrão dando empregos para a cidade.
Leamington é intitulada Capital do Tomate
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Leamington é intitulada Capital do TomateCrédito: Reprodução
Desde 2014, a marca de condimentos Heinz deixou de produzir em Leamington. Com sua saída da cidade a empresa demitiu quase 800 trabalhadores e desestabilizou os agricultores. 
O post de Fernandez ganhou as notícias e o boicote está se espalhando por outras cidades do Canadá. A situação mostra que mesmo um caso isolado, em uma cidadezinha do interior do Canadá, pode ganhar o mundo em minutos com apenas um clique.
Mentor Muniz Neto, sócio e CCO da Bullet, explica que o caso de French’s x Heinz é apenas mais um exemplo de como o tribunal das redes sociais processa o julgamento instantâneo sobre qualquer assunto colocando no banco dos réus, acusando e condenando sem direito a recurso. “E o resultado para as marcas pode ser um sucesso inimaginável ou um fracasso devastador, assim, estalando os dedos”, observa.
Na visão do publicitário, é impossível conceber que o gerenciamento de uma marca não monitore e responda as redes sociais na velocidade dessas redes. “O cliente que ainda encara o Twitter como um call center de luxo, ignora o Snapchat ou usa o Facebook como um site institucional está fadado a ficar fora do diálogo da sua marca".
“O recente acontecimento envolvendo a marca French’s e Heinz revela o protagonismo cada vez maior do consumidor nas estratégias de marketing. Qualquer decisão que não levar em consideração a opinião desse consumidor corre o risco de ser questionada depois. Querendo ou não as empresas ganharam um ombudsman e ele veio para ficar”, diz Paulo Henrique Gomes, o PH, sócio e vice-presidente de criação da Mood.


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