Os cartazes colados em viadutos e paredes e os panfletos distribuídos em caixas de correspondência que convocam o FORADILMA, em ato no Parcão, no próximo domingo, são anônimos.
Os autores escondem-se no anonimato porque não sustentam as mentiras que propalam.
Atacar a presidente Dilma, eleita legal e legitimamente, sem nenhum processo ou acusação judicial que a atinja, é uma ação golpista, não democrática.
O parecer do TCU sobre postergar gastos ou antecipar receitas atinge todos os prefeitos e todos os governadores do país, se for para valer! Sartori no RS pedala até salário do funcionalismo. É ridícula a acusação de que isso é fraude fiscal.
Os autores escondem-se no anonimato porque não sustentam as mentiras que propalam.
Atacar a presidente Dilma, eleita legal e legitimamente, sem nenhum processo ou acusação judicial que a atinja, é uma ação golpista, não democrática.
O parecer do TCU sobre postergar gastos ou antecipar receitas atinge todos os prefeitos e todos os governadores do país, se for para valer! Sartori no RS pedala até salário do funcionalismo. É ridícula a acusação de que isso é fraude fiscal.
O panfleto apócrifo acusa o PT como responsável único pela “corrupção na Petrobras”. Mais de 90% dos presos e condenados na Lava Jato são os grandes capitalistas de empreiteiras e fornecedores da Petrobras, seus diretores e intermediários e dirigentes da tecnoburocracia da empresa estatal que se locupletaram com a prática corruptora e corrupta da forma histórica que a burguesia brasileira se relaciona com o Estado e seus negócios. Os dirigentes e parlamentares de vários partidos que também se beneficiaram desse conluio devem ser igualmente identificados, processados e punidos. Essa minoria não representa o todo de cada sigla pois se o critério for esse o PT está no fim da fila. Os processos e condenações em São Paulo, Paraná e Minas Gerais e o período FHC provam que os tucanos são imbatíveis neste quesito.
Querer crucificar um Partido e não as pessoas físicas devidamente investigadas e processadas, é atentar contra a democracia, contra o fortalecimento de instituições, num país que nunca as teve de forma plena.
Em 2014, as empresas – pessoas jurídicas – financiaram candidatos escolhidos em todos os partidos. Conforme o TSE foram 5,1 bilhões de reais em doações aos candidatos. Agora o camisa-negra Juiz Moro no Paraná quer, monocraticamente, julgar: aos amigos foi doação, aos inimigos foi propina.
Basta de insensatez e de cinismo. Não foi o Congresso que votou o fim do financiamento empresarial. Ao contrário, votaram pela manutenção dessa corrupção a totalidade dos partidos que hoje se travestem de moralistas. Precisou a decisão do STF considerando esse comportamento inconstitucional e o veto da Presidenta Dilma para que a reforma da lei eleitoral não contemplasse esse domínio do poder econômico no processo eleitoral. Mas as consequências de 2014 estão lá no Congresso: 75% dos eleitos estão entre as candidaturas com as campanhas mais caras em seus Estados.
Se o panfleto anônimo não tem razão nesses argumentos, que existem e se propagam pelo monopólio dos grandes meios de comunicação golpistas, igualmente não procede sua crítica à política econômica.
Se há um erro no Governo Dilma é não ter ouvido o Partido e o grande número de economistas que diziam ainda em 2014 que a indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda seria um desastre.
Atacada pelo golpismo de Aécio e do PSDB questionando o resultado eleitoral, pela eleição de deputado Cunha (PMDB) na presidência da Câmara, pelos Bancos e Federações empresariais (“o mercado”) que exigiam ajuste e austeridade fiscal para combater a “gastança” e por uma mídia monopólica na mão de meia dúzia de famílias que, diariamente, questionavam a sua vitória e sua capacidade de gestão, a Presidenta Dilma rendeu-se ao “mercado” e colocou alguém de confiança deste. Um ano perdido para ocorrer aquilo que já se sabia. Empregado e a serviço dos Bancos, o fundamentalista do ajuste fiscal e da austeridade Joaquim Levy aplicou a partitura de uma nota só que conhecia. Dobrou a taxa de juros, cortou gastos, abandonou investimentos e levou o país ao fundo do poço.
Para a classe dominante, tudo bem. Assim como tinha jogado os recursos e incentivos que ganhou para investir na produção e os colocou no rentismo financeiro ou nos paraísos fiscais, agora, na crise, pratica o desemprego desenfreado, responsabilizando o governo.
Qual seria a política econômica praticada pelo Aécio e os tucanos: a mesma. Não é isso que fazem seus governadores e aliados, como Sartori? Ajuste, austeridade, corte de serviços públicos, desemprego.
O FORADILMA do panfleto anônimo e covarde repete as mesma edições anteriores: golpista, antidemocrático e sem nenhuma alternativa à crise que vivemos.
A Presidenta Dilma precisa ouvir seu Partido, as Centrais Sindicais e a Frente Brasil Popular. O Programa de Emergência que o PT aprovou em sua reunião do Diretório Nacional, em 26/2/16, é um forte instrumento para um novo rumo.
(*) Raul Pont – professor e ex-deputado estadual
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