Conselho de Ética da Casa registrou, desde março, número recorde de 21 denúncias ou representações; em 18, há algum deputado do PSL envolvido
Adriana Ferraz, O Estado de S. Paulo
22 de dezembro de 2019 | 06h00
A chegada do PSL à Assembleia Legislativa de São Paulo, aliada à alta taxa de renovação e ao acirramento da polarização política mesmo após as eleições, provocou um efeito colateral no dia a dia da Casa ao longo de 2019. De março para cá, o Conselho de Ética registrou 21 denúncias ou representações entre colegas por quebra de decoro parlamentar, marca recorde. Em 18 delas há envolvimento de algum deputado do PSL, como autor ou como alvo. Desse total, três já resultaram em advertências.
O clima quente, marcado por debates ideológicos entre representantes da direita e da esquerda, teve início ainda antes da posse da nova legislatura. Há um ano, o evento de diplomação foi marcado por uma confusão entre deputados do PSL, do PSOL e do PT, numa pista do que seria esse confronto no plenário. São esses os partidos que protagonizaram a maior quantidade de embates (veja quadro) neste ano.
No dia 4 de dezembro, essa tensão chegou ao ápice. Após xingar servidores e sindicalistas que protestavam contra a reforma da Previdência estadual de “vagabundos”, o deputado Arthur do Val (sem partido), o Mamãe Falei, quase trocou socos com colegas em plena tribuna.
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