Metrô de SP: A linha 4 é a linha amarela que, hoje, já funciona entre as estações Luz e Butantan (à esquerda da estação de Pinheiros e fora do mapa. Ela se prolonga além da estação Butantan até a Vila Sônia, mas este trecho jamais foi inaugurado por falta de estações prontas (Mapa: metrô-SP)
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo suspendeu a licitação do Metrô no final de 2015 para contratar a empresa que vai concluir a Linha 4-Amarela do Metrô. A obra inclui a conclusão das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e as três da extensão e até Vila Sonia e a implantação de 2 quilômetros de túnel de ligação com este pátio.
A sessão pública de recebimento e abertura de propostas, marcada para as 10h desta quinta-feira (17), foi cancelada e poderá ser remarcada para nova data caso a licitação seja retomada.
A decisão cita duas manifestações enviadas ao tribunal com possíveis erros em relação à apresentação de garantias a serem dadas pelas empresas. O Metrô informou que irá prestar os esclarecimentos solicitados no prazo determinado na decisão liminar: 48 horas.
As obras são orçadas em R$ 1,3 bilhão e têm financiamento do Banco Mundial.
Na mesma decisão, uma multa de R$ 23,5 milhões aplicada pela paralisação das obras foi suspensa (leia mais abaixo). O governo de São Paulo recorreu.
A expectativa era que as estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e São Paulo-Morumbi deveriam ser entregues em 2017, três anos após a primeira estimativa feita pelo Metrô para a conclusão das obras: 2014.
Já a Vila Sônia (incluindo terminal de ônibus e pátio), ficaria pronta em 2019. Agora, sabe-se Deus quando.
Como sempre, caímos na seguinte dúvida (a qual já citei anteriormente em outras postagens neste blog): ou se dá ao Tribunal de Contas (e/ou Ministério Público) o dever de escrever as licitações ou se oferece um curso intensivo de como se escrevem esses editais.
As obras, como sempre, estão atrasadas e vão atrasar mais ainda. E certamente ficarão mais caras ainda. Temos dinheiro a rodo ou alguém está ganhando com tudo isto?
Notem então os senhores outro fato recente, também sobre ferrovias brasileiras: o orçamento da construção da ferrovia Nova Transnordestina deve sofrer aumento de quase 50% devido à inflação do real, é o que diz o presidente da Valec. O orçamento inicial estava previsto em R$ 7,5 bilhões em 2013 e agora poderá chegar a R$ 11 bilhões.
A Nova Transnordestina liga o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, além de um ramal para o sul do Piauí, num total de 1.753 km.
56% da obra já estão concluídos, porém, já foram aplicados 80% do capital inicial. O custo para a construção de 1 km de ferrovia está orçado em R$ 6 milhões, o que elevará o custo do projeto para aproximadamente R$ 10,5 bilhões. Será necessário um novo aporte para quitar o reajuste, um acréscimo. Ele afirmou que, devido a parcerias e acordos feitos pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o aporte inicial da Valec que era de R$ 230 milhões, subiu para R$ 980 milhões. A previsão é que, depois de concluída, a ferrovia possa transportar 30 milhões de toneladas por ano.
Dá para notar que aumentar custos é sempre causado por incompetência de nossos governos, estadual e federal, donos eles de obras como as duas citadas acima.
O texto acima foi resumido de dois textos publicados pela G1 São Paulo e Jornal Floripa em 17/03/2016.
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