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Ex-presidente vai trabalhar para
contornar crise política e estimular mudança na economia. Ministros
descartam busca de foro privilegiado. Jaques Wagner ficará na pasta como
secretário executivo
por Hylda Cavalcanti
publicado
16/03/2016 11:57,
última modificação
16/03/2016 12:21
Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Brasília – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou hoje (16) o convite da presidente Dilma Rousseff e assumirá a Casa Civil. O
acerto foi fechado em reunião no Palácio da Alvorada, entre Lula, a
presidenta e alguns ministros, como Ricardo Berzoini (Secretaria de
Governo) e Nelson Barbosa (Fazenda). Jaques Wagner, que está hoje em
Salvador, deve assumir a secretaria-executiva da pasta ou então a chefia
de gabinete da Presidência. Existia a expectativa de Lula substituir
Ricardo Berzoini até o início desta manhã. A informação foi dada
pelo líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), e pelo líder do
governo na Casa, José Guimarães (PT-CE).
De acordo com informações dos dois líderes, o governo ainda fará uma minirreforma administrativa, a ser definida nos próximos dias. Segundo o UOL Notícias, a nomeação deverá ser acompanhada da entrada de um novo time no governo Dilma, que teria sido condição imposta por Lula para aceitar o convite da presidenta e assumir uma pasta do governo.
A ida de Lula para o Executivo vinha sendo especulada há dias. O cacife de Lula como líder popular e ao mesmo de articulador político será um aposta alta no objetivo de buscar consensos entre os integrantes da base aliada, ajudar na formulação de políticas públicas e de acelerar uma guinada na condução da economia – a ausência de respostas à crise econômica é tida como um dos principais fatores de fragilidade do governo.
A oposição vem tentando desqualificar a indicação de Lula, ora atribuindo à decisão de Dilma uma prova de entrega dos pontos, ora limitando-a a um tática de proteger o ex-presidente em foro privilegiado – deixando de depender do Sérgio Moro, da 13ª vara da Justiça Federal, no Paraná, coordenador geral da Operação Lava Jato. Sendo ministro, o ex-presidente passa a responder ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O líder do governo, deputado José Guimarães (CE), rebateu as iniciativas da oposição. “Precisamos ter muito cuidado para não condenar só pela delação. O ministro Mercadante deu uma entrevista e reafirmou que nunca prometeu ajuda financeira e nem nada. Foi muito seguro. Ele está à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento”, declarou o líder.
Com informações da Agência Câmara
De acordo com informações dos dois líderes, o governo ainda fará uma minirreforma administrativa, a ser definida nos próximos dias. Segundo o UOL Notícias, a nomeação deverá ser acompanhada da entrada de um novo time no governo Dilma, que teria sido condição imposta por Lula para aceitar o convite da presidenta e assumir uma pasta do governo.
A ida de Lula para o Executivo vinha sendo especulada há dias. O cacife de Lula como líder popular e ao mesmo de articulador político será um aposta alta no objetivo de buscar consensos entre os integrantes da base aliada, ajudar na formulação de políticas públicas e de acelerar uma guinada na condução da economia – a ausência de respostas à crise econômica é tida como um dos principais fatores de fragilidade do governo.
A oposição vem tentando desqualificar a indicação de Lula, ora atribuindo à decisão de Dilma uma prova de entrega dos pontos, ora limitando-a a um tática de proteger o ex-presidente em foro privilegiado – deixando de depender do Sérgio Moro, da 13ª vara da Justiça Federal, no Paraná, coordenador geral da Operação Lava Jato. Sendo ministro, o ex-presidente passa a responder ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Mais guerra judicial
Depois de reafirmarem intenção de manter a obstrução da pauta de votações na Câmara, líderes da oposição anunciaram que deverão protocolar ações na Justiça Federal em todos estados e no Distrito Federal e uma representação junto ao Ministério Público Federal para impedir a posse de Lula. Eles afirma, também, que querem pedir, ainda, a prisão do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.O líder do governo, deputado José Guimarães (CE), rebateu as iniciativas da oposição. “Precisamos ter muito cuidado para não condenar só pela delação. O ministro Mercadante deu uma entrevista e reafirmou que nunca prometeu ajuda financeira e nem nada. Foi muito seguro. Ele está à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento”, declarou o líder.
Com informações da Agência Câmara
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