quarta-feira, 30 de março de 2016

VLI inaugura dois novos terminais intermodais no Tocantins, RF


A VLI, empresa especializada em operações logísticas que integram terminais, ferrovias e portos, inaugura, na manhã desta terça-feira (29), dois novos terminais intermodais no Tocantins. Com investimento de R$ 264 milhões, os ativos destinados ao transbordo e armazenagem de grãos estão localizados nas cidades de Porto Nacional e Palmeirante e fazem parte da estratégia da companhia para alavancar o crescimento do corredor logístico Centro-Norte, uma importante fronteira de produção agrícola, que engloba os estados do Tocantins e Maranhão.

Juntos, os novos empreendimentos terão capacidade para movimentar por ano cerca de 6 milhões de toneladas de produtos como soja, milho e farelo, adicionando mais capacidade de movimentação para o corredor Centro-Norte e representando uma alternativa de escoamento em larga escala para a produção agrícola brasileira. As unidades seguem o modelo dos terminais integradores implantados pela VLI em outras regiões do Brasil e funcionam como polos concentradores de carga, aumentando a agilidade do escoamento de produtos pela ferrovia até o porto.

As cargas - originárias nas regiões produtoras do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além do Mato Grosso, Goiás e Pará - chegam de caminhão até os terminais. Nas unidades, realiza-se a descarga dos caminhões, o armazenamento e o transbordo dos grãos para os trens. Os vagões carregados seguem pela Ferrovia Norte Sul (FNS), também controlada pela VLI, para o Porto do Itaqui localizado em São Luís, com destino à exportação.

Rota agrícola e crescimento
A construção do Terminal Integrador (TI) Porto Nacional e do Terminal Integrador (TI) Palmeirante visa atender à demanda crescente por alternativas para o transporte e exportação de grãos na região Norte e Nordeste, colaborando para a redução dos gargalos logísticos na cadeia nacional. Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que, embora os Estados do Mato Grosso, Goiás, Pará, Tocantins, Maranhão, Bahia e Piauí produzam juntos mais da metade da produção nacional de soja e milho, menos de 20% dos grãos provenientes dessas regiões são escoados e exportados pela infraestrutura dos portos do Norte e Nordeste.

Todo o excedente da produção, ou seja, mais de 80% ainda utiliza a infraestrutura do Sul e Sudeste do país. Desse modo, as transformações que a VLI vem realizando no Corredor Centro-Norte dão suporte ao crescimento da produção, oferecendo uma infraestrutura viável e eficiente.

O plano de negócios da VLI prevê investimentos robustos no corredor Centro-Norte, impulsionado pelo desenvolvimento da região e pela demanda de transporte ferroviário, principalmente, para grãos. Além da inauguração dos novos terminais, a empresa também investiu na construção do ramal ferroviário de acesso ao Tegram. O montante que gira em torno de R$ 1,7 bilhão de reais ainda inclui a aquisição de novas locomotivas e vagões, a construção e ampliação de pátios de cruzamento de trens ao longo da FNS e a construção de uma oficina de manutenção ferroviária no Maranhão.

TI Porto Nacional e TI Palmeirante

O posicionamento geográfico dos empreendimentos favorece o fluxo constante dos produtos pela ferrovia. As unidades possuem sistemas automatizados de recepção, pesagem e carregamento, garantindo alta produtividade e segurança operacional.

Os empreendimentos contam com uma pera ferroviária interligada à malha da Ferrovia Norte Sul e tulha de carregamento com capacidade para carregar um trem de 80 vagões em 4h30min. Trata-se de uma moderna e arrojada solução logística em formato circular que possibilita o transbordo das cargas sem necessidade de desmembrar o trem, aumentando a eficiência das manobras de entrada e saída dos terminais.

O TI Porto Nacional tem capacidade para armazenar até 60 mil toneladas de grãos e movimentar 2,6 milhões de toneladas do produto por ano. Já o TI Palmeirante possui um armazém de 90 mil toneladas, que já é considerada a maior estrutura de armazenagem do Tocantins, e pode expedir até 3,4 milhões de toneladas anualmente. Com equipamentos de alta tecnologia e controle automatizado das estruturas, os terminais possuem ainda silo pulmão, balanças rodoviárias e ferroviárias, tombadores para caminhões, tulha ferroviária para carregamento de dois vagões simultaneamente, prédio para classificação de grãos e área administrativa.

Além de incrementarem a infraestrutura logística, os empreendimentos contribuem para o desenvolvimento local. Durante a construção, foram gerados em torno de 600 empregos em cada uma das obras e com o início das operações cerca de 200 postos de trabalho foram criados por terminal.

Sobre a VLI

A VLI tem o compromisso de apoiar a transformação da logística no País, por meio da integração de serviços em portos, ferrovias e terminais. A empresa engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). A VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Os terminais em números

Terminal Integrador Porto Nacional

Investimento de R$ 129 milhões
Armazenagem de 60 mil toneladas de grãos
Capacidade de movimentação de 2,6 milhões de toneladas do produto por ano
3 tombadores de caminhões
Tulha para carregamento de 2 vagões simultâneos, com capacidade de expedição de 1.800 toneladas por hora. Carrega 80 vagões em 4h30min
Pera ferroviária

Terminal Integrador Palmeirante

Investimento de R$ 135 milhões
Armazenagem de 90 mil toneladas de grãos (maior armazém do Tocantins)
Capacidade de movimentação de 3,4 milhões de toneladas do produto/ano
4 tombadores de caminhões
Tulha para carregamento de 2 vagões simultâneos, com capacidade de expedição de 1.800 toneladas por hora. Carrega 80 vagões em 4h30min
Pera ferroviária


Fonte: VLI
Publicada em:: 29/03/2016

Safra de grãos fica mais competitiva com o Arco Norte


Os dois terminais do Porto de Santarém, no Pará, que serão leiloados no dia 31, e mais outro terminal no porto de Vila do Conde, no município paraense de Barcarena, somam investimentos totais de R$ 985,85 milhões a serem realizados pelos vencedores da disputa ao longo dos 25 anos dos contratos de concessão previstos no edital. Juntos, eles representarão um aumento de 10,2 milhões de toneladas anuais na capacidade de movimentação de grãos dos dois portos e de 1,2 milhão de toneladas anuais na movimentação de fertilizantes em Santarém. 

Os investimentos previstos serão distribuídos entre as obras de construção dos terminais (R$ 799,65) e os valores a serem pagos a título de arrendamento. Segundo Tadeu Vino, superintendente comercial da Kepler Weber, uma das principais fornecedoras de sistemas operacionais para as instalações portuárias da região, todas as grandes empresas que operam na produção e exportação de grãos nas regiões Centro-Oeste e Norte deverão entrar na disputa, mas como as inscrições só terminam hoje, as participações ainda não estavam definidas quando do fechamento desta edição. 

"Estamos construindo um ambiente favorável ao investimento. A alternativa do Arco Norte está consolidada e é seguramente o caminho para o desenvolvimento da nossa economia", disse o ministro da Secretaria dos Portos (SEP), o paraense Helder Barbalho. Em evento sobre as perspectivas dos leilões realizado no dia 24 de fevereiro, em São Paulo, o diretor de portos da Cargill, Clythio van Buggenhout, chegou a admitir que a empresa estava "olhando arrendamentos no leilão", segundo informações fornecidas pela SEP. Procurada agora, a empresa não se manifestou. 

A Cargill já opera terminais em Santarém e em Porto Velho (RO). Juntamente com o grupo Maggi, a multinacional é uma das pioneiras no escoamento de produtos agrícolas pelo sistema fluvial e portuário da região Norte, considerado pelos especialistas do setor como a grande alternativa para a expansão do cultivo de grãos no Brasil. Segundo Vino, da Kepler Weber, o conjunto dos portos da região já responde pelo escoamento de aproximadamente 20 milhões de toneladas e ele considera provável que em "seis a oito anos" esse número possa chegar a 50 milhões. 

De acordo com o executivo, a competitividade da soja do Centro-Oeste e do Norte brasileiros está intimamente relacionada com o avanço da capacidade de movimentação do produto nos terminais de região. Segundo ele, o produto do Mato Grosso, por exemplo, ganha "brincando" entre US$ 20 e US$ 30 por tonelada no custo logístico se escoado pelo Norte e não portos do Sul-Sudeste do país. 

Vino afirmou que a Kepler Weber forneceu cerca da metade dos sistemas operacionais atualmente operando no chamado Eixo Norte e previu que, dada a competitividade da região como porta de saída para o agronegócio, nem as incertezas geradas pelo atual momento econômico e político do país devem barrar os avanços previstos. 

O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) Adalberto Tokarski também tem uma avaliação otimista sobre as perspectivas do leilão: "A minha expectativa, independentemente do momento, é de que tenhamos uma concorrência acirrada principalmente em Outeiro (terminal do Porto de Belém, que também será leiloado). Em relação às outras áreas, há também bom interesse, pois se tratam de locais que proporcionam logísticas diferenciadas. Entendo que a Secretaria de Portos acertou em disponibilizar essas áreas conjuntamente, porque há estratégias diferentes das empresas que atuam com a exportação de grãos", disse por e-mail. 

Santarém, localizada no encontro das águas do rio Tapajós com o rio Amazonas, fica na extremidade norte da BR-163 (Cuiabá-Santarém) e vem sendo um dos portos mais procurados pelos exportadores de grãos, especialmente a partir de 2009, quando foi decidido o asfaltamento total da rodovia, obra ainda não concluída. 

Já o porto de Vila do Conde, no município de Barcarena, com acesso a Belém tanto por hidrovia como por rodovia, já representa uma alternativa para o agronegócio pelo acesso fluvial, mas pode tornar-se ainda mais estratégico caso seja concretizada a construção do trecho de 457 quilômetros ligando o porto paraense a Açailândia, no Maranhão, integrando Vila do Conde à ferrovia Norte-Sul.

Dos dois terminais de Santarém que serão leiloados no dia 31, um será para a movimentação de até 5,1 milhões de toneladas anuais de grãos e o outro está projetado para movimentar 1,2 milhão de toneladas de fertilizantes por ano, produto destinado às plantações de grãos do Centro-Oeste. O terminal de Vila do Conde também será destinado à movimentação de grãos, com a mesma capacidade de 5,1 milhão de toneladas/ano prevista para o de Santarém.

Fonte: Valor Econômico
Publicada em:: 29/03/2016

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