segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Tiago Leifert polemiza ao criticar atos políticos no esporte, Gazeta do Povo

Apresentador do Big Brother Brasil e ex-apresentador do Globo Esporte, Tiago Leifert tem causado polêmica nas redes sociais nesta segunda-feira (26), por conta de sua coluna no site GQ, da Globo.com. Intitulada de “Evento esportivo não é lugar de manifestação política“, o jornalista defende que nenhuma interferência política deve ser feita no esporte, seja por engravatados, seja pelos próprios atletas.

São dois pontos principais levantados por Tiago Leifert. O primeiro, pela obrigatoriedade do hino nacional antes das partidas. E o fato de que era usado na Copa São Paulo de Futebol Jr, devido à uma lei estadual da Assembléia Legislativa de São Paulo. No Paraná, a lei é de além do hino nacional, o hino do estado deve ser executado também. Essa seria a interferência dos políticos no esporte.

O segundo, sobre a manifestação de Colin Kaepernick, na NFL, que se ajoelhou na execução do hino nacional americano, sob forma de protesto pela forma como a polícia trata os negros.  Movimento que gerou repercussão por todo os EUA, tanto a favor, quanto de maneira contrária (incluindo o presidente do país, Donald Trump). Para Leifert, é injusto um atleta usar a exposição que tem por conta da marca de seu time/camisa e de sua aptidão física, para manifestar por “causas pessoais” (mesmo que algumas não sejam).
O apresentador reforça que esporte é entretenimento e deve servir como tal, assim como as novelas ou séries. Deve ser uma válvula de escape da realidade, um momento que o “nosso cérebro precisa dessa quase meditação para aguentar o dia seguinte”. Finaliza, ainda, afirmando que o local de textão é no Facebook, e não nos esportes.

Desembargador Cauduro Padin toma posse como presidente do TRE de São Paulo, ConJur

NOVA DIREÇÃO


O desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin tomou posse nesta segunda-feira (26/2) como presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Também foi empossado o desembargador Waldir Sebastião de Nuevo Campos Junior, como vice-presidente e corregedor regional Eleitoral.
Cauduro Padin e Nuevo Campos foram eleitos para dirigir o TRE-SP.TRE-SP
Eles foram eleitos por aclamação em 19 de dezembro, quando também tomaram posse formal nos cargos.
Cauduro Padin presidirá o TRE-SP no biênio 2018-2019. Ele será o responsável por coordenar, no estado, as eleições gerais de 7 de outubro de 2018, nas quais 33 milhões de eleitores escolherão o presidente da República, o governador de São Paulo, dois senadores, 70 deputados federais e 94 estaduais.
A cerimônia foi prestigiada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Também compareceram o ministro do Superior Tribunal de Justiça Moura Ribeiro e o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça Arnaldo Hossepian.
Do Judiciário paulista, estiveram na posse, entre outros, o presidente do Tribunal de Justiça, Manoel Pereira Calças; o vice-presidente do TJ-SP, Artur Marques da Silva Filho; o desembargador do TRF-3 e membro do TRE-SP Fábio Prieto; e o procurador-geral de Justiça de SP, Gianpaolo Smanio.
Grandes nomes da advocacia também acompanharam a posse, como Eduardo Muylaert e Luiz de Camargo Aranha Neto. Além deles, a cerimônia contou com nomes da política como o vice-governador de São Paulo, Márcio França; o prefeito de São Paulo, João Doria; Márcio França; e presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Cauê Macris; e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Cauduro Padin
Bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie (1973), o desembargador Cauduro Padin exerceu inicialmente a advocacia. Ele ingressou na magistratura estadual em 1982 e integra, desde 2005, o Tribunal de Justiça do Estado. Também é professor titular da cadeira de Direito Comercial na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo.
Profundo conhecedor da Justiça Eleitoral, fez, em 2017, 30 audiências públicas. Entre 2015 e 2017, visitou os cartórios de 150 zonas eleitorais da capital e do interior, na condição de corregedor regional Eleitoral e vice-presidente do TRE-SP.
De 2000 a 2002, já havia atuado na corte eleitoral como juiz assessor da Presidência. Ocupou a suplência na classe juiz de Direito em 2002 e foi membro efetivo entre 2002 e 2004. O retorno ao TRE como suplente na classe desembargador ocorreu em 2011.
Nuevo Campos
Juiz de Direito desde 1983, Nuevo Campos foi nomeado em 2009 desembargador do Tribunal de Justiça paulista. Antes, foi juiz suplente do TRE-SP entre 2005 e 2007 e efetivo de 2007 a 2009 na classe juiz de Direito. Desde 2014, ocupava a suplência na classe desembargador.
O novo vice-presidente e corregedor é bacharel em Direito pela Universidade Católica de Santos, com especialização em Direito Penal pela Escola Paulista da Magistratura. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRE-SP.

Alckmin quer usar “sobras” de R$ 759 milhões para comprar 88 portas-plataforma de Metrô e terminar linha 13-Jade da CPTM


Estações da linha 5-Lilás sem proteção para os passageiros não caírem nos trilhos (Clique na Foto para Ampliar)
Projeto de lei é analisado pela Assembleia Legislativa e dinheiro virá, segundo Governo do Estado, com a economia gerada pela concessão à iniciativa privada da linha 5 Lilás do Metrô e, futuramente, do monotrilho da linha 15
ADAMO BAZANI
O Governo do Estado de São Paulo propôs aos deputados da Assembleia Legislativa alterações em três leis, de 2008, 2011 e 2012, que permitirão que R$ 759,82 milhões que “sobraram” de custos de operações previstos para as linhas 5-Lilás do Metrô e 15-Prata do monotrilho, sejam remanejados para a conclusão das obras civis da linha 13 Jade da CPTM (São Paulo/Guarulhos – Aeroporto) e para a compra de 88 portas-plataforma para estações do Metrô já em operação.
Segundo o projeto de lei 82, de 23 de fevereiro de 2018, de autoria do executivo, alterações dos projetos originais de linhas e a concessão das operações à iniciativa privada farão com que “sobrem” estes recursos.
Deste total de R$ 759,82 milhões, R$ 400 milhões são remanescentes de contratos de liberação de verbas que eram para o projeto original de prolongamento da Linha 2 – Verde do Metrô como monotrilho, no trecho entre Vila Prudente e Hospital Cidade Tiradentes (atual Linha 15 – Prata – Trecho Vila Prudente – Hospital Cidade Tiradentes ).
Na justificativa do projeto de lei, Alckmin diz que estes recursos de R$ 400 milhões são provenientes de contratos com o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e que a economia virá da concessão à iniciativa privada da linha de monotrilho da zona Leste.
“Entretanto, face ao processo de estudo de delegação dos serviços de operação e manutenção, sob o regime de concessão comum, foi solicitado o remanejamento do saldo a liberar dos Contratos de Financiamento com o BNDES nº 11.2.1259.1 e nº 13.2.0631.1, no valor de R$ 400,0 milhões. Para tanto se faz necessária a alteração das referidas Leis para permitir que a CPTM possa utilizar o saldo existente para o projeto em andamento da Implantação da Linha 13 – Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM (…)  O valor total estimado do projeto é de R$ 2.031.000,00 (dois bilhões e trinta e um milhões de reais), dos quais R$ 978.000.000,00 (novecentos e setenta e oito milhões de reais), equivalentes a 300.000.000,00 (trezentos milhões de euros), serão oriundos de financiamento externo da Agência Francesa de Desenvolvimento – AFD; R$ 430.000.000 (quatrocentos e trinta milhões de reais) serão oriundos da transferência de recursos do BNDES alocados no projeto de modernização das estações da Linha 8 – Diamante da CPTM; R$ 400.000.000 (quatrocentos milhões de reais) serão oriundos da transferência de recursos do BNDES alocados na Linha 15 – Prata em Sistema Monotrilho, no trecho entre as estações Vila Prudente e Hospital Cidade Tiradentes do Metrô e R$ 223.000.000,00 (duzentos e vinte e três milhões)
Segundo o Governo do Estado, a maior parte do custo para a implantação da linha 13 Jade se refere às obras civis, que devem consumir R$ 1,546 bilhão dos R$ 2,031 bilhões totais previstos para a ligação.
PORTAS-PLATAFORMA:
O Governo do Estado de São Paulo, no mesmo projeto de lei, ainda aponta para uma “sobra” de US$ 111 milhões que foram obtidos por meio do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento para implantação e operação da Linha 5 – Lilás do Metrô.
Nesta sexta-feira, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,2417, de acordo com o site do Banco Central. Assim, estão a disposição R$ 359,82 milhões.
Com o dinheiro, o Governo quer comprar e instalar 88 portas-plataforma nas estações do Metrô. Na justificativa, a administração diz que o recurso foi economizado pela concessão à iniciativa privada da operação da linha 5-Lilás.
“Face o novo cenário observado após a concessão da operação do serviço da referida Linha para a iniciativa privada, pode-se avaliar a existência de um saldo de financiamento de US$ 111 (cento e onze) milhões, tendo em vista que a aquisição dos componentes voltados para operação e manutenção, inicialmente previstos como de responsabilidade da Companhia do Metrô, ficarão sob responsabilidade da Concessionária. Essa apuração e aferição dos saldos remanescentes nos vários empreendimentos, seja pela boa prática no processo licitatório, seja vela variação cambial permitirá fazer bom uso do recurso, assim a referida Lei permitirá que a Companhia do Metrô possa utilizar este saldo existente, para direcionar na implantação das portas de plataforma para o Sistema Metroviário.”
Pelo projeto, o dinheiro iria se somar à verba já prevista para as portas-plataforma e o cronograma de instalação é previsto até 2023.
Ainda na justificativa, o Governo do Estado diz que usando como base as linhas hoje que não possuem os equipamentos, as portas-plataforma podem reduzir entre 80% e 100% os acidentes de queda de passageiros nos trilhos.
“Estudo comparativo entre estações que dispões do recurso e estações similares que não tem, demonstram uma redução de 80% no total de ocorrências e de 100% nas ocorrências de maior gravidade. No Metrô de São Paulo a porta de plataforma é premissa de projeto para os novos empreendimentos, no entanto, grande parte das estações existentes não dispõe do recurso. A instalação de fachadas de portas de plataformas nas estações existentes é uma ação que deve trazer grande benefício no desempenho para a operação do sistema conforme descrito abaixo. Do ponto de vista do Tráfego, o equipamento elimina completamente o risco de batida do trem em usuários que ultrapassam a faixa amarela, fato importante após o aumento da velocidade de alinhamento dos trens com o CBTC e reduz a probabilidade de queda de objetos na via e o acesso de animais à via, ocorrência que também traz grande transtorno à circulação de trens. Do ponto de vista da Segurança, Pública e Operacional, a instalação de fachadas de portas de plataforma elimina o risco de quedas de usuário na via na frente do trem ou entre carros nos casos de tumultos e lotação na plataforma, mal súbito ou tentativas de suicídio, protegendo principalmente os usuários mais vulneráveis, como deficientes visuais, pessoas alcoolizadas e crianças. O dispositivo elimina também as ocorrências gravíssimas de usuários que viajam entre carros. O equipamento se mostra como solução para impedir invasões intencionais da via, como por exemplo, durante furto seguido de perseguição pelo Corpo de Segurança, burla a fim de evitar o pagamento da tarifa ou acesso de pessoas durante protestos. Além da redução drástica no número de incidentes notá- veis que impactam no serviço ao usuário, esta segregação da via pode fazer parte de um plano de automação total da condução dos trens. Com uma maior sensação de segurança, deficientes visuais ou com baixa visão poderão ter maior autonomia total dentro das estações. Por segregar a via, o equipamento também otimiza o espaço das plataformas, expandindo seu espaço disponível, dando uma sensação de maior conforto aos usuários, o que impacta diretamente na avaliação do serviço. A instalação de fachadas de portas de plataforma também se antecipa a crescente pressão para tornar o dispositivo obrigatório através de Projetos de Lei e de ações do Ministério Público que temos recebido.”
O Governador Alckmin pediu urgência por parte dos parlamentares.
“Expostas, assim, as razões determinantes de minha iniciativa, venho solicitar que a apreciação da propositura se faça em caráter de urgência, nos termos do artigo 26 da Constituição do Estado. Reitero a Vossa Excelência os protestos de minha alta consideração. Geraldo Alckmin GOVERNADOR DO ESTADO”