Foco das mais recentes denúncias de corrupção no governo, o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) foi entregue ao Centrão por ordem do presidente Jair Bolsonaro (PL). A acusação foi feita pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que alega ter tentado protelar o cumprimento da determinação. “Ele falou: você vai ter que entregar o FNDE pro Centrão e eu falei: presidente, não faça isso. E eu fiquei adiando o máximo que eu podia, fiquei adiando”, afirmou em entrevista ao jornalista Iuri Pitta. Em junho de 2020, Marcelo Lopes da Ponte foi nomeado presidente do FNDE. Ele era assessor do presidente nacional do PP e hoje ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. (CNN) Já Lopes da Ponte disse, em depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU), que o pastor Arilton de Moura fazia insinuações sobre propinas, com frases como “Me ajuda que eu te ajudo”. Moura e o também pastor Gilmar Santos são acusados de montar um gabinete paralelo dentro do MEC para liberar verbas a municípios em troca de dinheiro e até ouro. Em conversa com prefeitos, o então ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, disse que a ordem para dar prioridade aos pleitos da dupla partiu de Bolsonaro. (g1) No Senado, os governistas entraram em campo para barrar a criação de uma CPI do MEC. Uma das estratégias é instalar uma outra comissão para investigar irregularidades não especificadas no ministério durante os governos de Michel Temer, Dilma Rousseff e Lula. A oposição diz ainda que o ministro Ciro Nogueira está usando o “orçamento secreto” para tirar assinaturas do requerimento para criação da CPI. (Estadão) Bernardo Mello Franco: “O coelhinho da Páscoa chegou mais cedo a Brasília. Às vésperas do feriado, o governo montou uma força-tarefa para melar a investigação do escândalo no MEC. Tocados pelo espírito cristão, três senadores retiraram suas assinaturas pela criação de uma CPI. A quarta inovou: disse que o jamegão não era dela.” (Globo) A perspectiva de uma candidatura única de PSDB, MDB, UB e Cidadania e o crescimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas estão por trás do encontro do ex-presidente Lula (PT) em Brasília com senadores de outros partidos, diz o Painel. Cresce no PT o temor de isolamento, já que, até agora, somente aliados históricos como PCdoB, PV e, mais relutantemente, PSB embarcaram na candidatura de Lula. (Folha) E a bancada do UB lançou ontem a pré-candidatura do presidente da legenda, Luciano Bivar, ao Planalto. Além de embaralhar a aliança da terceira via, onde já estão Simone Tebet (MDB) e os tucanos João Doria e Eduardo Leite, o movimento dos parlamentares joga uma pá de cal nas pretensões do ex-ministro Sérgio Moro de disputar a presidência da República. (Poder360) Para justificar a compra de 35 mil comprimidos de Viagra, o Ministério da Defesa alegou que a droga, recomendada para disfunção erétil, seria usada no tratamento de hipertensão arterial pulmonar (HAP). Agora, como conta Guilherme Amado, o deputado Elias Vaz (PSB-GO) quer saber por que o Exército gastou R$ 3,5 milhões em próteses penianas infláveis de silicone, o tipo mais caro. A Arma ainda não respondeu. Aliás... Embora a Anvisa autorize o uso do Viagra contra HAP, os comprimidos de 25mg e 50mg, comprados pelas Forças Armadas, estão acima da dosagem recomendada, 20mg. Além disso, a doença atinge principalmente mulheres e é rara no Brasil, um caso em cada 250 mil pessoas. (g1) O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou ontem por unanimidade o relatório pedindo a cassação de mandato do deputado Arthur do Val (UB-SP). Ele é acusado de quebrar o decoro parlamentar após o vazamento de um áudio em que fazia comentários machistas em relação a refugiadas de guerra ucranianas. Um grupo delas esteve na Alesp para acompanhar a votação. O relatório segue para ser votado no Plenário da Casa. (UOL) A polícia de Nova York ainda procura um homem que soltou bombas de fumaça e disparou tiros dentro de um vagão do metrô na manhã de ontem, no Brooklyn. Dez pessoas foram baleadas – cinco delas estão em estado grave – e outras 19 se feriram no pânico que se seguiu. Os policiais enfrentam uma dificuldade adicional porque as câmeras de segurança na estação da Rua 36 não estavam funcionando. Segundo testemunhas, o atirador usava um colete semelhante ao de trabalhadores da construção e uma máscara de gás. (Washington Post) À noite, as autoridades disseram estar à procura de Frank R James, de 62 anos, que alugou uma van possivelmente usada pelo criminoso. Não se sabe o grau de envolvimento dele no caso. (BBC) Desde o início do ano os EUA já registraram 150 tiroteios com mais de três vítimas. Durante a campanha, o presidente Joe Biden havia prometido mais rigor no controle de armas, entretanto, o lobby da indústria armamentista, especialmente entre os republicanos, não permite que projetos nesse sentido avancem. (Globo) O presidente russo Vladimir Putin disse ontem que as negociações de paz com a Ucrânia chegaram a “um beco sem saída” e classificou como falsas as provas de atrocidades cometidas por seus soldados em Bucha, nos arredores de Kiev. Segundo ele, “as operações militares vão continuar” até atingirem seus objetivos. (New York Times) Enquanto isso... O governo da Ucrânia anunciou ontem ter capturado o político e oligarca Viktor Medvedchuk, um dos principais aliados de Putin no país. Ele estava em prisão domiciliar, acusado de traição, e fugiu após a invasão russa, no dia 24 de fevereiro. Analistas apontavam Medvedchuk como potencial chefe de um governo pro-Rússia caso a Ucrânia tivesse sido rapidamente dominada. (CNN) A divisão entre eleitores da esquerda francesa ficou evidenciada em uma pesquisa divulgada ontem pela OpinionWay-Kéa Partners. O presidente Emmanuel Macron, de centro, herdaria 43% dos votos do esquerdista Jean-Luc Mélenchon, que terminou o primeiro turno na terceira posição. Já 28% dos eleitores de esquerda apoiariam a ultradireitista Marine Le Pen. Segundo o mesmo levantamento, Macron deve vencer o segundo turno com 54% dos votos. (Poder360) Meio em vídeo. O cientista político Miguel Lago, diretor-executivo do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (INESP) e professor na Sciences Po, a principal escola da área na França, avalia as chances de Emmanuel Macron se reeleger ou de Marine Le Pen ganhar nas eleições nacionais — e quais as consequências de cada cenário. (YouTube) |
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