Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato a deputado federal por São Paulo e coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), ingressará nesta terça-feira (19) com uma ação popular na Justiça Federal de São Paulo contra a estatal Codevasf e as empreiteiras Engefort Empreendimentos e Del Construtora Ltda..
A Folha revelou que a Engefort tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Jair Bolsonaro (PL) em diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios, a Del Construtora.
A construtora, com sede em Imperatriz, sul do Maranhão, explodiu em verbas na atual gestão e sob Bolsonaro foge de sua tradição ao obter também contratos para asfaltamento longe de sua base.
Até agora, o governo reservou cerca de R$ 620 milhões do Orçamento para pagamentos à empresa —o valor total já quitado a ela soma R$ 84,6 milhões. Apesar do volume, a empresa é uma caixa-preta e silencia sobre seus contratos e a firma de fachada usadas nas concorrências.
A fonte de recursos dela são contratos com a Codevasf, estatal federal entregue por Bolsonaro ao centrão em troca de apoio político, e as verbas das emendas parlamentares, ampliadas no esquema do toma-lá-dá-cá pelo Congresso no atual governo.
O objetivo da ação de Boulos é o de anular todos os contratos entre a estatal e a empreiteira.
"Bolsonaro e o centrão estão desviando mais de R$ 3 bilhões em emendas para uma empresa de fachada enquanto milhões de brasileiros passam fome", afirma Boulos.
Na ação, o líder do MTST também irá pedir investigação e indiciamento criminal e administrativo de todos os envolvidos, além da suspensão imediata dos pagamentos feitos pela estatal à empresa.
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