quarta-feira, 13 de abril de 2022

The News- Pela 1ª vez, aterro sanitário gera energia para residências no Brasil

Falou em energia renovável, pensou em energia solar? Não está errado, mas há outros meios, como a energia produzida por meio do lixo. Dá pra tirar proveito de tudo. risos.

Essa modalidade não é a mais difundida no Brasil, mas uma startup mineira — a Metha Energia — fechou uma parceria recente com a multinacional Asja para fornecer energia elétrica a uma usina de biogás construída em um aterro sanitário. 💡

  • Essa é a primeira vez que a energia gerada em aterros chegará ao consumidor residencial no Brasil.

Como funciona? O lixo se decompõe naturalmente, produzindo o biogás. Este biogás é captado e transformado em energia, que será convertida em créditos de KWh, repassados para o consumidor final da Metha.

Com a parceria, a startup mineira — cujo serviço oferece uma economia na conta de luz — estima que será possível atender a 13 mil novas famílias em Minas Gerais.

Zoom Out: A novidade é um marco para o setor, já que a usina pode fazer com que deixem de ser jogadas 473 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera. Hoje, 73% das emissões de gases do efeito estufa vêm do setor energético.



Startup mineira vai oferecer energia gerada em aterros para residências

Parceria entre a startup Metha Energia e a multinacional Asja irá levar energia gerada em aterro para residências pela primeira vez no Brasil

Victor Soares, cofundador da Metha Energia: plataforma conecta usinas e produtores de energia a residências (Divulgação/Metha Energia)
Victor Soares, cofundador da Metha Energia: plataforma conecta usinas e produtores de energia a residências (Divulgação/Metha Energia)
Por Luciana LimaPublicado em 08/04/2022 12:33 | Última atualização em 11/04/2022 10:58Tempo de Leitura: 3 min de leitura

A Metha Energia, startup mineira de compartilhamento de energia distribuída, se juntou à multinacional Asja para levar energia gerada em aterros sanitários para o consumidor residencial pela primeira vez no Brasil. 

Com a parceria, a Metha estima que serão gerados 1,8 milhão de kWh por mês, capazes de atender 13 mil famílias a partir da usina instalada no aterro sanitário de Sabará, em Minas Gerais. 

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“Quando pensamos em energia renovável automaticamente associamos à energia solar, que é mais acessível. Mas existe uma oportunidade enorme de produzir energia por meio do lixo”, diz Victor Soares, CEO e cofundador da Metha Energia. 

Desde 2015, após uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os consumidores podem produzir a sua própria energia, por meio de painéis solares ou pequenas usinas, e abater o valor das suas contas de luz. 

Tanto é que, hoje, segundo o Ministério de Minas e Energia, existem 922 mil unidades que fazem o uso da geração compartilhada de energia, principalmente, da fonte solar fotovoltaica. 

Entretanto, mesmo com as contas de luz 114% mais caras, grande parte dos consumidores não usufrui da possibilidade, uma vez que criar a própria usina ou investir em painéis solares não é algo trivial. Foi a partir desse diagnóstico que a Metha surgiu, em 2017. 

“Vimos que já existiam empresas grandes começando a atuar com geração distribuída, porém, para nós consumidores era difícil acessar esses serviços. Enquanto isso, as contas de energia só aumentavam. Percebemos aí uma oportunidade”, diz Soares. 

A saída, então, foi criar uma plataforma digital para conectar pequenas e médias usinas de geração de energia limpa (fotovoltaica, hidrelétrica e  biogás) a residências. A Metha compra os créditos de energia dos produtores e das usinas e os repassa para o consumidor final, o que resulta em um abatimento de até 15% nas contas de luz. A startup se monetiza por meio de uma porcentagem descontada dos geradores de energia durante esse processo. 

Atualmente, a empresa tem 75 mil clientes cadastrados no estado de Minas Gerais e, com a parceria com a Asja, a meta é crescer cinco vezes mais até o final do ano, expandindo a operação para outros seis estados no sudeste, centro-oeste e norte do país. 

“Por conta do custo operacional, essas usinas focam em empresas devido ao volume gasto. Porém, por meio da tecnologia, conseguimos levar o serviço também para o consumidor final que, além de tudo, consegue tangibilizar melhor de onde vem a sua energia. É uma mina de ouro”, finaliza Soares.

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