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Mídia francesa falou de vários navios russos presos em portos da França após a imposição de sanções que proíbem a entrada de navios de bandeira russa em portos europeus.
Navios comerciais russos presos em portos franceses carregando veículos, produtos químicos e outras cargas tornaram-se um grande incômodo para as autoridades locais, atrapalhando os terminais e custando milhares de euros para serem movidos, relatou no sábado (23) o canal France 2.
O canal francês cita o exemplo do Vladimir Latyshev, um navio de carga geral de bandeira russa preso em Saint-Malo, noroeste da França. O navio de 141 metros de comprimento é tão grande que mal cabe no cais do porto da região da Bretanha, forçando os trabalhadores a deslocá-lo constantemente para dar espaço a outros navios. A tripulação do navio tem estado presa a bordo por cerca de 50 dias e depende inteiramente de seu empregador para as refeições, já que seus cartões bancários foram bloqueados na França.
Stéphane Perrin, vice-presidente do conselho regional da Bretanha, disse à France 2 que quanto mais tempo o navio estiver preso no porto, mais tempo precisará para ser movimentado para frente e para trás.
"Mesmo que pareçam ser apenas pequenos movimentos através do porto, eles custam muito dinheiro de cada vez", reclamou o funcionário. Cerca de € 50.000 (R$ 260.000) foram gastos pela Bretanha em movimentação de navios russos até o momento, tendo sido solicitada a ajuda de Paris.
Os proprietários de navios russos iniciaram vários processos contra as autoridades francesas em resposta à retenção de seus navios, com uma embarcação, Pola Ariake, um graneleiro de propriedade russa, mas com bandeira do Panamá, sendo liberada da detenção no porto de Lorient no final de março, após um juiz decidir que nenhuma sanção realmente se aplica ao navio.
Mais navios russos permanecem presos em outros portos, incluindo Marselha e Boulogne-sur-Mer, ocupando espaço e transformando-se em uma dor de cabeça para as autoridades locais, em meio à guerra de sanções do Ocidente contra a Rússia, que marca seu segundo mês.
Os governos europeus começaram no final de fevereiro a deter navios de propriedade russa e/ou de bandeira russa, incluindo navios comerciais e de carga e superiates de propriedade de magnatas.
No início de abril, a União Europeia impôs à Rússia um quinto pacote de sanções, com as novas restrições incluindo a proibição de navios de bandeira russa entrarem nos portos do bloco.
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