domingo, 10 de abril de 2022

Empresas de ônibus fretado se reúnem em associação para defender modelo, FSP

 SÃO PAULO

Na esteira da velha queda de braço entre as empresas tradicionais de ônibus que acusam as startups de fazer concorrência desleal e não seguir regulação, as companhias que trabalham com fretamento vão se reunir em uma nova associação para defender sua visão do mercado.

O grupo lança nesta segunda (11) a entidade batizada de Abrafrec (Associação Brasileira de Fretadores Colaborativos), que inicia as atividades com mais de 200 associados.

A meta é dobrar o número de associados nos próximos seis meses e chegar a uma frota de 5.000 ônibus, segundo Marcelo Nunes, presidente da associação.

Rodoviária de onde saem ônibus fretados pela plataforma Buser, em São Paulo - Rivaldo Gomes - 06.dez.2019/Folhapress

São companhias que prestam serviços para agências de turismo e plataformas como Buser e FlixBus, que avançam no mercado brasileiro.

Nunes diz que a principal pauta da associação será a livre concorrência no mercado de transportes rodoviários, e que já tem conversado com representantes dos governos federal e estadual sobre o assunto.

"Os donos do monopólio dos ônibus rodoviários dizem que não é possível que as linhas rodoviárias concedidas convivam com as plataformas de venda de fretamento colaborativo. A associação está se organizando para mostrar que só queremos liberdade de trabalho", diz.

Nunes defende que há demanda reprimida pelo serviço das empresas de fretamento colaborativo. "Eu entendo que a linha rodoviária tem seu valor, mas a realidade é outra. Os jovens querem o aplicativo, não querem ir para a rodoviária", afirma.

Segundo ele, a ideia também é promover compras coletivas de peças para os veículos e óleo diesel, para reduzir custos principalmente para as pequenas empresas, além de garantir um seguro cooperado para os associados.

Joana Cunha com Andressa Motter

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