Na primeira audiência geral do ano, no Vaticano, nesta quarta (5), o papa Francisco criticou quem não quer ter filhos, o que seria uma forma de egoísmo, e lamentou que animais domésticos "ocupem esse lugar".
"Hoje vemos uma forma de egoísmo. Alguns não querem ter filhos. Às vezes têm um e param por aí, mas têm cães e gatos que ocupam esse lugar", afirmou. "Isso pode fazer as pessoas rirem, mas é a realidade."
Francisco também pediu às instituições que facilitem os processos de adoção, para tornar realidade o sonho das crianças que precisam de uma família e o dos casais que desejam acolhê-las.
"A negação da paternidade e da maternidade nos diminui, tira nossa humanidade, a civilização envelhece", disse.
Ele voltou a criticar o chamado "inverno demográfico" e a "dramática queda na taxa de natalidade" registrada em muitos países ocidentais, convidando as pessoas a terem filhos ou a adotá-los.
"Ter um filho é sempre um risco, seja natural ou adotado. Mas mais arriscado é não ter. Mais arriscado é negar a paternidade, negar a maternidade, seja ela real ou espiritual", insistiu Francisco.
Como de costume, ao final da audiência, o papa assistiu a vários números preparados por um circo com palhaços, malabaristas, dançarinos e músicos.
Não é a primeira vez que Francisco faz esse tipo de crítica. Em fevereiro de 2015, ele já havia dito em um discurso que não querer ter filhos é um ato egoísta e que "uma sociedade com uma geração gananciosa, que não quer se cercar de crianças, que as considera fonte de preocupação, um peso, um risco, é uma sociedade deprimida".
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