O secretário municipal de Educação em São Paulo, João Cury Neto, foi exonerado do cargo e remanejado para exercer a função de secretário adjunto no gabinete do prefeito Bruno Covas (PSDB). Cury será substituído por Bruno Caetano.
O Estado mostrou, no mês passado, que o governador João Doria (PSDB) chegou a pedir o afastamento de Cury da pasta municipal. O agora ex-secretário é desafeto do governador e foi expulso do PSDB em 2018. Ele foi chamado por Covas para a secretaria municipal após exercer o cargo de secretário na gestão de Márcio França(PSB) no governo estadual, adversário de Doria nas eleições de 2018.
O pedido de Doria envolve a disputa pelo controle da articulação pela reeleição de Covas à Prefeitura em 2020. Conforme antecipou o Estado, o afastamento para um cargo mais discreto no Executivo municipal já era esperado.
Questionada, a Prefeitura disse que "mudanças de cargos de confiança são normais dentro de uma administração e prerrogativa dos gestores".
Condenado
Há dois meses, Cury foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) à perda de seus direitos políticos. O tribunal julgou que Cury é culpado por improbidade administrativa, em um caso que envolve sua gestão de prefeito na cidade de Botucatu, no interior paulista.
O Ministério Público, autor da ação, entendeu que a gestão de Cury contratou uma empresa, por R$ 11 milhões, para a secretaria de educação daquela cidade, sem cumprir os trâmites regulares. O secretário havia sido absolvido em primeira instância, mas o TJ-SP revisou a decisão e o condenou.
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