Governador comemora número de assassinatos no Rio: em seis meses, foram apenas 2.083
RIO DE JANEIRO
Dessa vez ele não usava faixa no peito. Wilson Witzel convocou a imprensa para falar do que mais entende: mortes. Foram apenas 2.083 assassinatos de janeiro a junho, quase só 12 por dia. O governador comemorou a queda (23%) dos homicídios dolosos, já que no mesmo período do ano passado eles foram 2.691. Ufa!
Em compensação, o número de óbitos por policiais bateu novo recorde com a soma de junho: foram 881 neste ano, contra 769 nos seis primeiros meses de 2018 —alta de 15%, equivalente a um terço do total de mortes violentas no estado. De novo, ufa! Poderia ter sido bem pior se a guerra total proposta por WW —mirar na cabecinha e bang!, disparar metralhadoras a bordo de helicópteros (ratatatá!), mandar um míssil na Cidade de Deus (booom!)— estivesse em prática.
A fim de aumentar a razia —houve 2.995 operações policiais nos últimos seis meses, o equivalente a 17 por dia— o governo pretende, até 2022, atingir a meta de contratar 12 mil novos agentes de segurança. Onde vai arranjar dinheiro, não se sabe.
Com o Rio falido, WW exibe o pires na mão. Mas tenta falar grosso e ameaça ir para a oposição a Bolsonaro, se o Ministério da Economia não aceitar a proposta de renegociação do acordo que suspende as dívidas até 2021. Quer mais dois anos sobrevivendo do calote. Enquanto isso, acaba de inventar uma esdrúxula secretaria, que terá entre 100 e 200 cargos, para atender a policiais militares e bombeiros vítimas do crime organizado.
Além da obsessão em matar, o governador tem uma outra: viajar. Em sete meses já esteve nos EUA, na Alemanha, em Portugal e na Argentina, recebendo mais de R$ 20 mil em diárias. A justificativa é atrair investimentos. Aliás, WW sonha abrir escritórios em Miami, Nova York, Paris, Londres, Lisboa, Madri, Berlim, Xangai —para alavancar o turismo. Nada como oferecer aos visitantes a emoção da guerra vista de pertinho.
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