Ele era integrante da Academia Paulista de Letras desde 1963 e morreu em decorrência de complicações após uma queda.
Por G1 SP
O corpo do poeta e integrante da Academia Paulista de Letras Paulo Bomfim, de 93 anos, que morreu no domingo (7), foi enterrado por volta das 13h desta segunda-feira (8) no Cemitério da Consolação, no Centro de São Paulo.
Pela manhã, das 8h às 12h, o corpo foi velado no Palácio da Justiça, na Praça da Sé, onde permaneceu acompanhado de parentes, amigos e fãs.
Paulo Bomfim, poeta e integrante da Academia Paulista de Letras — Foto: Reprodução
Ele estava internado na Beneficência Portuguesa e, segundo a assessoria da Academia, morreu em decorrência de complicações após uma queda.
Segundo informações de sua biografia no site da Academia Paulista de Letras, Paulo Lébeis Bomfim nasceu em São Paulo e começou sua carreira jornalística em 1945 no Correio Paulistano. Logo depois foi para o Diário de São Paulo, a convite de Assis Chateaubriand.
Seu livro de estreia foi "Antônio Triste", publicado em 1947, com prefácio de Guilherme de Almeida e ilustrações de Tarsila do Amaral. Publicou a seguir "Transfiguração" (1951) e depois "Relógio de Sol". Ele era integrante da Academia Paulista de Letras desde 1963.
Em 1981, foi eleito intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores, conquistando o "Troféu Juca Pato". Em 1991, recebeu o título de "Príncipe dos Poetas Brasileiros", outorgado pela Revista Brasília e o prêmio "Obrigado São Paulo", da TV Manchete.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), lamentou a morte de Paulo Bomfim e o chamou de "príncipe da poesia". "Perdemos nosso grande poeta Paulo Bonfim, o príncipe da poesia, o amigo dos amigos. Descanse em paz, Paulo, e escreva seus poemas no céu", disse Doria em sua conta no Twitter.
O ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) afirmou que "o Brasil perde um dos seus maiores poetas".
"Ao longo de toda sua vida, foi reconhecido por seu talento e poesias. Eu e minha família perdemos um grande amigo, que herdamos de meus pais. Descanse em paz Poeta! O céu te espera para conhecer suas poesias", disse em sua conta no Twitter.
Para o presidente da Academia Paulista de Letras e ex-secretário estadual da Educação de São Paulo José Renato Nalini, Bomfim deixa um legado "imenso". "Não foi só poeta, ele foi historiador, foi um grande propagador das histórias lendárias de São Paulo. Era um grande patriota, memorialista, um congregador de amigos, porque ele só somava as pessoas".
Amigo pessoal de Bomfim, o advogado Pierre Moreau disse que as lições e emoções do poeta estão dentro de todos:
"Viver é encontrar oportunidades de enriquecer a atividade pessoal e profissional ao se conhecer e desfrutar obras como a do jurista e poeta Paulo Bomfim. Para mim, mais especial ainda foi ter amigos que me propiciaram a chance de conhecê-lo pessoalmente. Suas lições e emoções estão dentro de todos nós. Muito obrigado pelo privilégio de ter estado contigo. Sentimentos à família, à Justiça Paulista representada pelo TJSP e à Academia Paulista de Letras."
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