quinta-feira, 18 de julho de 2019
Apenas 13% das Unidades Prisionais paulistas contam com bloqueadores de celulares, aponta auditoria do TCESP, DO
Relatório do Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo
(TCESP) revela que apenas
13% das Unidades Prisionais
(UPs) possuem bloqueadores
de celulares. Os dados são da
auditoria operacional realizada
pelo TCESP como parte integrante do processo de Contas
do Governo referente ao ano
de 2018, que analisou os programas da Custódia e Reintegração Social da População
Penal no Estado.
Das 171 Unidades prisionais, somente 23 possuem
rastreadores que impedem a
entrada de celulares, o que
revela a dificuldade de controle de entrada dos aparelhos nos presídios e, consequentemente, possibilita seu
uso e a articulação de crimes
por detentos dentro do sistema prisional. De acordo com
balanço, atualizado em dezembro de 2018, foram apreendidos 13.845 celulares nos
estabelecimentos prisionais do
Estado, o que representou uma
redução de 4% em relação ao
exercício de 2017.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que os aparelhos começaram a operar no ano de 2014 e
que o baixo percentual das UPs
equipadas com os bloqueadores se dá por conta de critérios
adotados de ordem técnica. “É
importante esclarecer que para
a instalação dos bloqueadores
de sinais de celulares nas unidades prisionais pela Secretaria
da Administração Penitenciária, foram considerados critérios
de ordem técnica, resultantes
de longo tempo de pesquisa e
estudo junto às Coordenadorias Regionais de Unidades
Prisionais e ao Departamento
de Inteligência e Segurança.
Buscou-se a instalação desse
recurso técnico em unidades
penais que abrigam presos integrantes de facções criminosas e
em instituições prisionais cuja
população é composta por presos de elevada periculosidade”,
detalhou a SAP.
. Apreensão de entorpecentes
Além dos celulares, o balanço também aponta que foram
feitas 4.889 apreensões de
substâncias entorpecentes e
proibidas – maconha, cocaína,
crack, hachiche, ecstasy, LSD
entre outras – assim como
medicamentos controlados e
bebidas alcoólicas foram recolhidos das Unidades.
Para coibir a entrada
de produtos e equipamentos vetados, a Secretaria de
Administração Penitenciária
implantou 177 aparelhos de
scanner corporal – ferramenta
de segurança para inspeção
corporal de visitantes.
O relatório da auditoria da
Corte de Contas conclui que
as Unidades Prisionais estão
se modernizando de forma
gradativa, principalmente em
relação a aparelhos de Raio X,
detectores de metais e scanner
corporal assim como a implantação de celas automatizadas,
entretanto, considera alto o
percentual de UPs sem equipamentos capazes de bloquear
sinais de telefonia móvel – 148
(87%) em todo o Estado.
I
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