quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Educação financeira por mensagem de celular, Revista Fapesp


24 de outubro de 2017
Suzel Tunes  |  Pesquisa para Inovação – Utilizar tecnologia simples e barata para realizar projetos inovadores de transformação social parece uma missão utópica, mas tem sido a receita de sucesso da startup paulista MGov Brasil. A empresa, criada em 2012, tem desenvolvido ferramentas de gestão para órgãos públicos, institutos e fundações utilizando mensagens de texto de celular (SMS) como forma de coleta e envio de dados. Agora, com apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, busca dar um passo adiante, desenvolvendo o próprio sistema de envio de mensagens.
Batizado de “PoupeMais”, o projeto foi inscrito diretamente na Fase 2 do PIPE. A experiência adquirida em iniciativas anteriores pelo pesquisador responsável e sócio-fundador da MGov Brasil, Guilherme Lichand, permitiu que a empresa pleiteasse apoio para o desenvolvimento do sistema SMS que fará o envio de mensagens de educação financeira e a coleta dos resultados.
Até o início do próximo ano, pesquisadores da MGov Brasil também farão a avaliação do impacto dessas mensagens sobre decisões de consumo, crédito e poupança dos destinatários, prioritariamente beneficiários de programas sociais do governo. Ao final do projeto, os sócios da empresa – Lichand, Rafael Vivolo e Marcos Lopes – pretendem ter nas mãos um produto para educação financeira que possa ser comercializado junto a órgãos governamentais e o setor privado, com o propósito de formar hábitos financeiros mais saudáveis e reduzir o endividamento da população de baixa renda.
O uso do celular como ferramenta de envio e coleta de dados é estratégico. “Coletar dados face a face é caríssimo. Pode custar entre 3 e 10 vezes o custo de uma entrevista por celular”, diz Lichand. E o celular tem a vantagem adicional de estar presente em cerca de 93% dos lares brasileiros, segundo dados da Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros (TIC Domicílios) de 2016.
Mas essa alternativa também tem uma limitação: 46% dos domicílios brasileiros ainda não têm acesso à internet, conforme aponta a mesma pesquisa. Na zona rural, esse índice pode chegar a 74%. E 65,5% das linhas ativas ainda são pré-pagas, segundo dados da Anatel, de agosto de 2017. Assim, os pesquisadores optaram pelo SMS e por chamadas de voz com cobrança invertida. “Trata-se de uma funcionalidade disponível em qualquer aparelho e não requer que o usuário tenha créditos para receber o conteúdo ou para interagir com o sistema”, explica o economista.
Atingir o público-alvo também é um desafio a ser vencido. Contatar números de celular sem prévio consentimento não apenas é uma prática proibida pela Anatel como apresenta baixa taxa de resposta. Em projetos anteriores, a solução foi o estabelecimento de parcerias com órgãos públicos, por meio dos quais os usuários são convidados a participar da pesquisa.
Para o desenvolvimento do projeto PoupeMais, a MGov Brasil está enviando mensagens de educação financeira para 10 mil correntistas da Caixa Econômica Federal que também são beneficiários do Bolsa Família. Em abril deste ano, a startup foi contemplada pelo programa Desafio de Negócios de Impacto Social, realizado pela Caixa em parceria com a organização não governamental Artemísia. A MGov Brasil foi uma das cinco selecionadas dentre 460 empresas que participaram desse programa destinado a criar soluções em educação e serviços financeiros para a população de baixa renda. Assim, pôde testar o projeto-piloto desenvolvido com apoio da FAPESP numa situação real.
“Os correntistas foram divididos em dois grupos; metade começou a receber as mensagens na segunda quinzena de outubro e metade receberá após seis meses. Será possível comparar o impacto das mensagens sobre os dados bancários dos correntistas, avaliando o saldo e o nível de endividamento”, explica Lichand.
Nos projetos anteriores, a MGov Brasil utilizou um SMS adquirido de fornecedores externos. Hoje, graças ao PIPE, a empresa já tem um sistema próprio. “As ferramentas existentes no mercado são caras e não fazem metade do que fazemos agora”, afirma o economista. Ele explica que o sistema desenvolvido pela empresa apresenta um padrão mais inteligente de tentativas de entrega de mensagem. “Normalmente, se o usuário do celular está sem sinal, a operadora desiste do envio do SMS. O sistema que desenvolvemos tenta fazer a entrega em outros momentos do dia; o SMS fica na caixa de saída até o momento em que houver sinal.”
Mas desenvolver o próprio sistema levou mais tempo do que os pesquisadores imaginavam. “Foram muitas idas e vindas a fornecedores, até chegarmos à atual solução. No futuro, adoraria ter desenvolvedores internos”, diz Lichand.
Com o sistema pronto para ser colocado em prática, o projeto encerra a Fase 2 do PIPE em janeiro de 2018 e os pesquisadores esperam obter, numa Fase 3 do Programa, recursos para a estruturação de uma estratégia de comercialização e de uma equipe comercial completa, além de viagens e suporte operacional.
Prêmio por Inovação
Iniciativas anteriores da empresa indicam que a ferramenta pode ter impacto efetivo na gestão de políticas públicas e na vida da população. Em 2013, ao desenvolver o seu primeiro projeto – para a Secretaria de Planejamento e Finanças do Rio Grande do Norte –, Guilherme Lichand obteve resultados significativos.
“O Rio Grande do Norte tinha, então, o programa de distribuição de leite mais antigo do Brasil, que atendia 150 mil famílias diariamente. Mas havia a suspeita de que o leite não chegava, efetivamente, às pessoas que dele necessitavam e que muitos beneficiários o revendiam para complementar a renda. O Estado precisava saber se continuava investindo nesse programa ou se deveria realocar recursos para outra política que tivesse impacto real”, lembra Lichand.
Durante três semanas, os pesquisadores entrevistaram, com apoio do governo, 1.000 beneficiários de 40 municípios. Por meio do próprio programa de distribuição de leite, os assistidos recebiam o convite para participar da pesquisa – com a vantagem de ganho de créditos no celular pré-pago para os que aceitassem. “Conseguimos obter 70% de participação na pesquisa com um custo que não chegou a R$ 0,50 por beneficiário”, diz o pesquisador.
Os dados foram coletados por meio de um sistema de voz automatizado. A gravação na mensagem de voz foi feita com sotaque local para gerar empatia, e o ouvinte respondia à pesquisa apenas digitando números – 1 ou 2 para identificação do sexo, notas de 0 a 10 para avaliações do serviço etc.
“Ao final da pesquisa, pela primeira vez em 20 anos o Estado tinha um diagnóstico do programa”, afirma o pesquisador. E ele não era muito positivo. Segundo Lichand, o programa era, na média, muito ruim, falhando em atender quem realmente necessitava. Contudo, a avaliação foi melhor nos municípios em que o programa de distribuição de leite era gerido localmente. Esses dados permitiram à MGov Brasil sugerir a descentralização do programa, que, adotada pelo governo do Rio Grande do Norte, tornou-o mais eficaz.
Os resultados desse projeto conferiram a Guilherme Lichand projeção internacional: em 2014 ele foi selecionado pela revista Technology Review, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) para integrar a lista dos 10 brasileiros com menos de 35 anos de idade mais inovadores do país. Agora, ele espera levar essa solução tecnológica a outros gestores públicos, ao mesmo tempo em que continua sua atuação como pesquisador. Com doutorado em Economia Política e Governo pela Universidade de Harvard, Lichand acredita que empreendedorismo e pesquisa se complementam. No horizonte do pesquisador empresário, a construção de uma sociedade mais justa.
MGov
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Palavras-chave: Educação financeira, celular, SMS, políticas públicas, Bolsa Família

‘Os jovens se propõem a construir a paz nas coreias’



Por Fernando Geronazzo
 02 de outubro de 2017

Marília, estudante de Direito e Administração Pública, cedeu entrevista ao O SÃO PAULO, onde falou sobre a experiência vivida na peregrinação a cidades da zona desmilitarizada da Coreia do Sul, perto da fronteira com a Coreia do Norte  e do esforço do governo coreano e da Igreja Católica em manter viva a esperança de uma Coreia unida, representando a Arquidiocese de São Paulo 
Arquivo Pessoal
Aos 21 anos, Marília Formoso Camargo, estudante de Direito e Administração Pública, representou a Arquidiocese de São Paulo em uma peregrinação a cidades da zona desmilitarizada da Coreia do Sul, perto da fronteira com a Coreia do Norte, entre os dias 14 e 20 de agosto, com o objetivo de conscientizar os jovens sobre o drama da histórica divisão entre os dois países e motivar as novas gerações a lutarem pela paz.
Organizado pelo Comitê pela Reconciliação Nacional, da Arquidiocese de Seul, em parceria com o Ministério da Unificação da Coreia do Sul, a Peregrinação Mundial da Juventude pela Paz reuniu 70 jovens sul-coreanos e estrangeiros. Única brasileira presente no evento, Marília, que pertence ao Movimento dos Focolares, concedeu entrevista ao O SÃO PAULO, na qual falou sobre a experiência vivida na peregrinação e do esforço do governo coreano e da Igreja Católica em manter viva a esperança de uma Coreia unida, 64 anos depois do fim do conflito, iniciado no final da 2ª Guerra Mundial, que resultou na divisão da península coreana ao meio. Confira a entrevista:

O SÃO PAULO – COMO VOCÊ FOI CONVIDADA PARA A PEREGRINAÇÃO?
Marília Formoso Camargo – Fui indicada pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, que recebeu um convite do Arcebispo de Seul [Cardeal Andrew Yeom Soojung] para que a Arquidiocese de São Paulo participasse da peregrinação. A Arquidiocese de Seul providenciou a viagem e minha acolhida no País.

QUAIS FORAM A ATIVIDADES DO EVENTO?
Nós caminhamos bastante até chegar a um observatório de onde se podia ver a Coreia do Norte. Na verdade, só conseguíamos ver as belezas naturais do País, não o seu povo. O má- ximo que avistamos foram algumas bases militares da Coreia do Norte. Acessamos muitos desses locais por meio de trilhas. Essa região da zona desmilitarizada foi transformada em um grande parque ecológico, criado justamente com o objetivo de incentivar a visita dos sul-coreanos, especialmente os jovens, para que reflitam sobre a paz. Lá, é possível fazer esportes radicais. Nós fizemos rafting no rio, andamos de bicicleta 17 quilômetros sob chuva, subimos montanha. Tudo para acessar aos lugares de observação da região. À noite, nos dividíamos em grupos e conversávamos sobre dois temas: divisão e conflito. Cada um falava a partir das experiências vividas em seu país.

COMO FORAM ESSAS PARTILHAS?
Como foram essas partilhas? Havia jovens da Síria, Iraque, Palestina, Timor Leste, Myanmar, Croácia, Bósnia, Tanzânia, Ruanda, Camboja. Todos esses passaram por guerra, às vezes, até me sentia um pouco fora. Esses jovens, portanto, tinham a guerra muito presente em suas vidas. Lembro-me que quando passamos em um caminho onde havia avisos de minas antigas instaladas nos arredores, uma jovem recordou que seu pai havia morrido na explosão de uma mina na guerra do Camboja. Da Síria, por exemplo, havia dois jovens. Eu era a única pessoa de um País que nunca havia passado por uma guerra.

E O QUE VOCÊ PARTILHOU COM ELES?
Eu falei sobre a situação política do Brasil, na qual vivemos uma divisão que não é territorial, mas pode ser considerada a divisão de um povo. Foi difícil para alguns dos jovens coreanos entenderem esse conceito de divisão, até por uma dificuldade de tradução do inglês para o coreano. Para eles, era algo abstrato entender a divisão ideológica que existe no Brasil. Quando em uma sala de aula as pessoas estão polarizadas de um lado ou de outro também existe uma divisão e é muito difícil de construir a paz. Às vezes, precisamos suprir essas divisões para que isso não se torne conflito no futuro. Algo interessante é que, para eles, a situação da Coreia não é política. Não sei se eles acham que é só uma questão histórica e que a política não pode resolver, que a rela- ção deles com a Coreia do Norte não é política.

E COMO OS JOVENS COREANOS LIDAM COM A DIVISÃO ENTRE AS COREIAS?
Eu percebi que os jovens que se propõem a ir em um ambiente desses querem construir a paz e para eles a unificação é algo muito importante. Eu senti que o líder do meu grupo, por exemplo, ficava muito triste quando falava da situação, mesmo que ele não tivesse passado diretamente por isso.

ESSA CONSCIÊNCIA É GERAL?
Não. Eu penso que este é o propósito desse tipo de encontro: conscientizar a nova geração. Essa divisão aconteceu em 1953. Os jovens não passaram pela experiência concreta de terem suas famílias divididas. A maioria deles nunca sequer teve contato com alguém do outro lado. Eles acham, no geral, que nunca mais vai haver guerra. Existe, na região da fronteira, o Museu da Unificação do Futuro da Coreia, que permite às pessoas imaginarem como seria uma visita à Coreia unida. Há uma espé- cie de simulador de um carro com o qual se cruza a península do Sul ao Norte em uma rodovia virtual. São experiências para despertar o interesse, para contribuir com o futuro da Coreia.

E QUAL É O PAPEL DA IGREJA CATÓLICA PARA A PAZ ENTRE AS COREIAS?
Embora muitos dos jovens que participaram do encontro não fossem cristãos, foi um evento organizado pela Igreja, que promoveu discussões não falando diretamente do Evangelho, mas sendo evangelho vivo. Eu senti que realmente quando se pensa em um Deus que é uno, é como se fosse a arma mais poderosa, nenhuma bomba a destrói. E muitos jovens foram atraídos pela proposta.

QUAL FOI O IMPACTO DESSA EXPERIÊNCIA PARA VOCÊ?
Essa experiência me abriu um leque de 360 graus. Me deu uma vontade de não parar nisso, de construir a paz aqui. Eu não tenho capacidade de estar lá, mas posso fazer minha parte para construir a paz aqui. Me motiva nas coisas que eu estudo, para que, de fato, contribua para o mundo nem que seja para minha cidade. Situações que não forem zeradas agora podem gerar o que aconteceu lá. Eu senti que o Brasil está na fase da raiz do problema e que ainda dá para tratar se todos quiserem. O que nós passamos aqui é possível de ser solucionado e não podemos perder tempo. O ideal de querer o mundo unido não pode parar.

As opiniões expressas na seção “Com a Palavra” são de responsabilidade do entrevistado e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editoriais do jornal O SÃO PAULO.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Em SP, morador dos Jardins vive 23,7 anos a mais do que o do Jardim Ângela, aponta Mapa da Desigualdade, G1


Área nobre da capital paulista apresenta maior qualidade de vida do que a Zona Sul. Trinta e três distritos não possuem nenhum leito hospitalar.

Por Tatiana Santiago, G1 SP
 
Mapa da desigualdade revela diferenças gritantes entre bairros de São Paulo
O morador dos Jardins, região nobre de São Paulo, chega a viver 23,7 anos a mais, em média, do que quem reside no distrito do Jardim Ângela, na Zona Sul da capital paulista, segundo o Mapa da Desiguladade, estudo realizado pela Rede Nossa São Paulo e divulgado nesta terça-feira (24).
O cálculo da média foi obtido a partir da divisão da soma das idades ao morrer pela quantidade total de óbitos em todas as idades, ocorridos em determinado ano e localidade. A pesquisa também mostra a desigualdade entre os bairros em temas como habitação, vagas em creches, mortalidade infantil, equipamentos esportivos e número de centros culturais.
Enquanto, o morador dos Jardins vive 79,4 anos, em média, o morador do Jardim Ângela vive 55,7 anos.
A qualidade de vida está diretamente associada a esses números. Podemos identificar as diferenças verificando dados sobre renda e acesso à saúde. Quem mora no Jardim Paulista (R$ 3.777,08) ganha quase o dobro de quem mora no distrito da Zona Sul (R$ 1.889,36).
O número de leitos hospitalares também apresenta grande discrepância. Enquanto o Jardim Paulista registra 34,7 leitos hospitalares públicos e privados disponíveis a cada mil habitantes, o Jardim Ângela apresenta apenas 0,76 leitos.
 (Foto: Arte/G1) (Foto: Arte/G1)
(Foto: Arte/G1)
“O que a gente percebe no mapa é que a desigualdade é cumulativa, ela não é apenas por renda. Tem desigualdade nos serviços de saúde, educação, segurança, saneamento, assistência social e isso acaba gerando um ambiente propício para que espaços sejam carentes e acabam trazendo indicadores lamentáveis em uma cidade como São Paulo”, afirmou Jorge Abrahão, coordenador-geral da Rede Nossa SP.
Quando o assunto são os leitos hospitalares disponíveis para internação, o que chama mais atenção é o fato de 33 distritos não possuírem nenhuma vaga para internação.
Bela Vista, no Centro, é o distrito que mais possui leitos hospitalares, com 46,4 vagas para cada mil habitantes. Já o bairro de Vila Medeiros, na Zona Norte, é o distrito com pior índice: 0,041 vagas a cada mil habitantes.
Tempo médio de espera para consultas com clínico geral varia em diferentes regiões da capital (Foto: Rede Nossa São Paulo/Divulgação)Tempo médio de espera para consultas com clínico geral varia em diferentes regiões da capital (Foto: Rede Nossa São Paulo/Divulgação)
Tempo médio de espera para consultas com clínico geral varia em diferentes regiões da capital (Foto: Rede Nossa São Paulo/Divulgação)

Saúde

A Sé o melhor distrito da cidade nas horas de atendimento básico dos profissionais cadastrados no SUS (Sistema Único de Saúde). A região apresenta um índice de 61,97 a cada mil habitantes, enquanto o Jardim Paulista aparece com índice de 1,47, considerado o pior da cidade.
A maior concentração de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) a cada 10 mil habitantes é Marsilac (2,51), e Tatuapé (0,10) é o pior distrito.
A desigualdade entre o melhor e pior distrito pelo número de mortes pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) chega a 27,53. Nos Jardins, o melhor distrito, o índice é de 0,111; o pior é a República, com 3,07.
Já o índice de mortalidade infantil é 20,97 vezes menor em Perdizes (1,04), na Zona Oeste, do que na Sé (21,83).
A mortalidade por causas mal definidas na declaração de óbito é 16,92 vezes maior em Guaianases, que tem índice de 5,30 do que em Santo Amaro (0,313).
O número de óbitos por doenças no aparelho circulatório como AVC (Acidente Vascular Cerebral), também conhecida como derrame, doença isquêmica do coração e infarto do miocárdio, tem Água Rasa como o pior distrito (36,26) e Vila Andrade como o melhor (6,97).
A mortalidade por doenças do aparelho respiratório a cada 10 mil habitantes é de 1,91 no distrito Anhanguera e de 17,39 na Barra Funda.
Já a Barra Funda (260,83) é o distrito com maior número de mortes por câncer, enquanto Anhanguera (47,25) registra o menor número.
O Pari é o bairro com o maior registro de mortes de trânsito (16,37) enquanto a Vila Leopoldina é o mais tranquilo (2,13).
Marsilac, no extremo sul da capital, é o distrito com maior número de adolescente grávidas enquanto Moema, na Zona Sul, tem o menor (Foto:  Rede Nossa São Paulo/Divulgação)Marsilac, no extremo sul da capital, é o distrito com maior número de adolescente grávidas enquanto Moema, na Zona Sul, tem o menor (Foto:  Rede Nossa São Paulo/Divulgação)
Marsilac, no extremo sul da capital, é o distrito com maior número de adolescente grávidas enquanto Moema, na Zona Sul, tem o menor (Foto: Rede Nossa São Paulo/Divulgação)
A gravidez na adolescência, número de nascidos vivos de mães com até 19 anos, sobre o total de nascidos vivos de mães que moram em determinada região, registrou um "desigualtômetro" (índice que mostra a diferença entre o menor e o maior valor) de 25,79. Marsilac (22,88), no extremo da Zona Sul, é a região com o maior índice de adolescentes grávidas (22,88), enquanto Moema (0,887), região nobre da Zona Sul, apresenta o menor número de jovens grávidas.