quinta-feira, 20 de agosto de 2020

CARLOS PIGNATARI A necessária modernização paulista, FSP

 

Projeto de lei 529/2020 garante proteção social e crescimento econômico

  • 5
Carlos Pignatari

Deputado estadual pelo PSDB-SP e líder do governo João Doria (PSDB) na Assembleia Legislativa

São Paulo foi o estado mais afetado pelos efeitos econômicos da pandemia de Covid-19 e, para enfrentar a crise, seguirá no caminho da responsabilidade fiscal e da eficiência dos investimentos públicos. É fácil, portanto, entender o quanto isso contraria o PT e os petistas, cujas práticas levaram o Brasil à maior recessão e aos maiores casos de corrupção de sua história.

artigo de Nabil Bonduki, publicado na segunda-feira (17) nesta Folha sob o título “A boiada que Doria quer passar deixará Ricardo Salles e Bolsonaro com inveja”, traduz esse sentimento. Ele ataca as medidas sensatas e realistas do projeto de lei 529/2020 e defende o anacronismo e o corporativismo petistas. Bonduki parece desejar o retorno da burricada, da burrama ou do comboio, que só pode ser usado como coletivo quando os animais estão carregados —o que talvez seja o caso, tamanho o volume de ignorância e falácias que pesam nas ideias do petista.

Ou alguém consegue defender que o contribuinte paulista gaste R$ 90 milhões por ano para receber o equivalente a R$ 30 milhões em remédios da sua fábrica estatal de medicamentos? Por que o estado deve ter três institutos (Florestal, Botânico e Geológico), com duplicação de diretorias e cargos, no lugar de um instituto integrado, responsável pela pesquisa da biodiversidade e do meio ambiente?

Não se deve falar em comprometimento da autonomia universitária quando a Lei Orçamentária mantém a vinculação da receita ao ICMS. Haverá comprometimento se a reforma não avançar, afetando a recuperação econômica e, aí sim, a receita vinculada. A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), por exemplo, recebeu em 2019 o maior orçamento desde 2005, cerca de R$ 1,4 bilhão. Até julho de 2020, tinha utilizado somente R$ 400 milhões.

Fora isso, há os recursos superavitários que o projeto propõe que sejam utilizados para pagar professores, pesquisadores e servidores aposentados, inclusive das próprias universidades e da Fapesp. São recursos que sobram de um ano para outro e que, agora, o contribuinte paulista precisa para fazer frente às necessidades de pagamento de salários e da garantia da qualidade dos serviços públicos. Para se ter uma ideia, as três universidades (USP, Unicamp e Unesp) e a Fapesp tem uma sobra de R$ 1,5 bilhão em 2019, o que equivale a três vezes o orçamento da Fundação Casa, que cuida de menores.

O Partido dos Trabalhadores continua o mesmo de sempre, apegado a cabides de empregos e estatais que oneram os contribuintes.

PUBLICIDADE

O governo de São Paulo defende o efetivo atendimento ao cidadão. É o caso, por exemplo, da política habitacional. O estado dispõe hoje de mecanismos mais ágeis para a contratação de casas populares. O programa Casa Paulista, por exemplo, já chegou a contratar 100 mil habitações num período de dois anos, contra uma média de 10 mil unidades por ano, entregues pela CDHU desde 2007. Mas o PT quer passar a burricada, com a crença de que o veículo da política habitacional é o que constrói casas. Não é. Se o estado não tiver recursos, nenhuma casa nova sai do papel —o que torna a empresa estatal proporcionalmente mais onerosa.

A proposta enviada à Assembleia Legislativa está aberta ao debate. A conversa mole dos petistas tem o objetivo de comprometer o futuro de São Paulo, à semelhança do que já fizeram com o Brasil. Aprovar o projeto é o contrário. Significa garantir proteção social, melhoria dos serviços públicos e recuperação do emprego e do crescimento econômico.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Após crise com ator, 'Miel Gibson' tem um final feliz, OESP

 Redação, AFP

19 de agosto de 2020 | 10h16

O professora chilena Yohana Agurto, criadora do 'Miel Gibson' Foto: Martin Bernetti / AFP

A professora chilena Yohana Agurto é a expressão viva de que toda crise pode se tornar uma oportunidade. Sem nenhuma renda com a pandemia, ela decidiu embalar mel para vender e escolheu um nome criativo, mas usando um trocadilho que viria a lhe render uma grande dor de cabeça. Criou, então, o Miel Gibson, mas sem pensar que o próprio ator de Hollywood, cujo nome ela queria imitar, iria complicar seu negócio. 

Avisada pelos representantes de Mel Gibson sobre o uso dos direitos de sua imagem, ela recebeu milhares de mensagens de apoio nas redes sociais. E conseguiu um acordo para o uso do nome, o que propiciou um aumento de vendas de mel a tal ponto que, com um desfecho feliz, planeja parar de lecionar e se dedicar apenas a esse negócio.

“Foi difícil conseguir dinheiro para pagar a luz e o abastecimento básico da minha casa”, explica Yohana sobre os motivos que a levaram a abrir este negócio que hoje a mantém.

PUBLICIDADE

Mãe solteira com quatro filhos, ela parou de trabalhar como professora em fevereiro. Em maio, quando já havia esgotado suas economias, ocorreu-lhe vender um mel que havia acumulado em sua casa. Para oferecer o produto, ela usou uma imagem de Mel Gibson fazendo o papel de William Wallace no filme Coração Valente e batizou seu produto de "Miel Gibson", como um trocadilho, adicionando a frase: "Somente para corações valentes".

As vendas iam bem até a semana passada, quando os advogados do ator a avisaram em uma carta que ela tinha 48 horas para parar de usar aquela imagem. Ela postou a história em suas redes sociais e o caso explodiu.

“As pessoas se expressaram a tal ponto que passei de 1.200 seguidores para 15.000. As pessoas começaram a se manifestar em apoio a essa causa que tinha a ver com a venda de mel, sem usar a imagem de alguém”, diz Yohana fazendo uma pausa para atender uma das muitas chamadas de novos pedidos.

A professora chilena Yohana Agurto mostra a embalagem de seu 'Miel Gibson' Foto: Martin Bernetti / AFP

Final feliz

Após a comoção, Yohana chegou a um acordo com os representantes do ator americano Mel Gibson: ela só terá que mudar a imagem de seu logotipo, mas poderá continuar usando o nome Miel Gibson.

Enquanto retira os rótulos antigos e embaralha várias opções para um novo logotipo, os pedidos de mel se acumulam em seu celular e nas redes sociais, em meio a mensagens de incentivo.

Nos últimos dias, ela não parou de encher potes de mel e teve que recorrer à produção anual de uma tia produtora do sul do Chile para atender a uma demanda que multiplicou por 300 o volume do negócio.

Tanto aconteceu que agora a professora pensa se volta a lecionar ou continua com o projeto, enquanto fantasia a ideia de criar uma empresa com os conselhos que recebeu hoje e com seu produto "estar na mesa do Chile" e até de fora. Já recebeu encomendas do México e do Brasil.

“Outro dia tive um sonho à noite. Sonhei que tinha uma loja onde não só tinha mel, mas também merchandising e um avental com abelha”, conta Yohana.