Em recente coluna, ao relatar a agenda vazia do presidente, cheguei a uma conclusão óbvia: ele não trabalha. Ou, por outra, trabalha às avessas, no sentido de destruir qualquer projeto de nação. É um preguiçoso do mal, cujas maquinações têm um único objetivo: submeter os brasileiros a seu plano ditatorial de poder.
Não há como provar um só episódio de fraude nas eleições com urnas eletrônicas nos últimos 25 anos, mas ele quer porque quer —soluça, arrota, interna-se no hospital e mostra o ventre nu— que se volte à cédula impressa, a fim de tumultuar uma eleição que ao que tudo indica será desastrosa para o governo. Sua solução é simples: não haverá pleito. Se não gostar, vá se queixar aos "meus" generais.
Quando ele se cansa de mentir nas lives, usa a caneta Bic da desumanidade. Recentemente vetou, a favor dos planos de saúde, um projeto que facilitaria o acesso a remédios orais contra o câncer.
Como todos os sátrapas, Bolsonaro tem quem faça o trabalho repulsivo por ele. Investigada por divulgar fake news, a deputada Bia Kicis é a paladina do golpismo com voto impresso. Kicis trocou figurinhas com a líder da ultradireita alemã, Beatrix von Storch, e a levou até o presidente. O ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) tirou uma foto com Von Storch, mas apagou o registro de suas redes sociais --para combinar com outro apagão, o do CNPq.
O secretário de Cultura, Mario Frias, esperou de braços cruzados a Cinemateca Brasileira pegar fogo. O coronel da PM André de Souza, chefe da Secom, autorizou uma postagem sugerindo o terror armado no campo. Uma dobradinha —Augusto Aras, da PGR, e Kassio Nunes, do STF, ambos indicados por Bolsonaro— está encarregada de acabar com a liberdade de expressão elegendo como alvo o professor Conrado Hübner Mendes. Nas agências e órgãos de controle, o aparelhamento ideológico é geral. Mãos à obra, patriotas, as maldades não podem parar.
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