Quem falar nos Guardiões da Lava Jato sem apresentar provas estará passando adiante uma mentira
As lendas de Brasília prosperam na medida em que contêm grandes mistérios. No confronto da Procuradoria-Geral da República com a Lava Jato caiu uma delas, a dos grampos de Curitiba armazenados num sistema Guardião, poderoso software de escuta usado inclusive pela Polícia Federal.
Por algum motivo, o procurador-geral Augusto Aras acreditou que a força-tarefa ouvia gente com o Guardião. (Nessa construção, as gravações teriam desaparecido.)
Até que surja uma prova convincente, essa história é uma mentira que começou a circular em 2015.
Documentadamente, em 2016 a equipe de Curitiba comprou um equipamento que gravou ligações feitas para seus telefones. Coisa parecida com os sistemas de muitas empresas. As máquinas e os serviços correlatos custaram R$ 58.480. (Um Guardião sai por mais de R$ 400 mil.)
Além disso, gravar é fácil, ouvir e transcrever os grampos exige um volume de mão de obra que Curitiba nunca teve.
Fica combinado que quem falar nos Guardiões da Lava Jato sem apresentar provas estará passando
adiante uma mentira.
BROOKS BROTHERS
Entrou em recuperação judicial a Brooks Brothers, a mais antiga loja de roupas dos Estados Unidos. Ela vestiu 41 dos 45 presidentes americanos, de Lincoln a Obama. A capa preta que Franklin Roosevelt usou em 1945 na Conferência de Ialta saiu da loja da Madison Avenue. Seus vendedores eram bestas, mas neste século tomaram jeito.
A loja fez fama numa época em que preço e qualidade determinavam o prestígio de uma marca. A epidemia das grifes abalou-a, e a Covid derrubou-a.
Tomara que se recupere.
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