Daqui a 20 dias, a gasolina brasileira deverá ser melhor do que é hoje. Ao menos essa é a expectativa. No dia 3 de agosto, começam a valer as novas normas para a gasolina automotiva. Elas foram estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na Resolução nº 807/2020. Em resumo, as novas especificações têm a finalidade de aprimorar a qualidade do combustível. Como ela deve proporcionar melhor eficiência energética ao motor, teoricamente o consumo tende a diminuir, com reflexo positivo na autonomia e na redução de emissões.
A resolução foi publicada em janeiro deste ano, e a entrada em vigor no início do mês que vem teve como finalidade permitir às refinarias uma adequação às regras. Ao menos no papel, o dia 2 de agosto é o prazo final para que possíveis estoques do combustível de especificação anterior sejam entregues aos postos. Isso significa que o reflexo não será imediato no carro, já que ao menos durante alguns dias do mês que vem os tanques dos postos ainda terão combustível antigo.
Apesar do prazo legal, porém, a ANP informa que a maior parte da gasolina comercializada atualmente já está com as novas especificações.
A nova especificação da gasolina baseia-se em três pontos. O primeiro estabelece valor mínimo de massa específica (ME), de 715,0 kg/m³, o que significa mais energia e menos consumo.
O segundo é o valor mínimo para a temperatura de destilação em 50% (T50) para a gasolina A, de 77,0 ºC. Os parâmetros de destilação afetam questões como desempenho do motor, dirigibilidade e aquecimento do propulsor.
Boa parte da gasolina vendida já atende às especificações, diz ANP
O terceiro ponto é a fixação de limites para a octanagem RON (Research Octane Number), já presente nas especificações da gasolina de outros países. Existem dois parâmetros de octanagem – MON (Motor Octane Number) e RON. No Brasil, só era especificada a octanagem MON e o índice antidetonante (IAD), que é a média entre MON e RON.
O valor mínimo de octanagem RON, para a gasolina comum, será 92, a partir de 3 de agosto de 2020, e 93, a partir de 1º de janeiro de 2022. Já para a gasolina premium, será de 97, já a partir de 3 de agosto próximo.
A ANP informa que as mudanças procuram atender aos atuais requisitos de consumo de combustível dos veículos e de níveis de emissões, cada vez mais rigorosos. E também adequa-se às regras de limites de emissões previstos nas próximas fases do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve), além do programa Rota 2030 do governo.
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