Como Eduardo Bolsonaro defenderia a embaixada nos EUA de uma invasão alienígena?
Vamos supor que o deputado Eduardo Bolsonaro assuma a embaixada nos Estados Unidos. Atuando no posto mais importante da diplomacia brasileira no exterior, o que o filhão faria em caso de ameaça extraterrestre?
Calma. A pergunta é pertinente. Funda-se na informação do repórter Matheus Leitão, de que o curso do Itamaraty, para formação de oficiais de chancelaria, apresenta em sua apostilha a questão sobre os procedimentos que devem ser adotados em caso de "invasão de alienígenas oriundos de Beta Centauri". A hipótese aparece acompanhada de três outras não menos graves: terremoto, tsunami e bomba atômica.
Ao cair de paraquedas em Washington —nem mesmo o sigilo envolvendo a praxe do pedido de agrément foi respeitado—, Eduardo livrou-se de fazer qualquer curso, inclusive os de etiqueta. O que equivale a dizer que a pergunta segue sem resposta: como ele agiria diante de homenzinhos verdes, de peles rugosas, mãos em forma de garras, ondulando suas caudas?
Provavelmente não iria adiantar a tentativa de falar inglês e espanhol, ou mesmo de arranhar o português, pontuando as frases com "talquei". Pelo que imaginamos de sociedades mais avançadas, tampouco os afugentaria a pistola que o deputado costuma exibir na cintura quando posa para fotos ao lado de Silvio Santos. Grelhar um hambúrguer? Fritar um frango? Acredito que os ETs tenham paladar mais refinado. Em última instância, mandar um zap para o filho do Trump?
O futuro embaixador poderia enfrentar situação ainda pior: e se os visitantes se comportassem quase como humanos, sem a forma distorcida ou mutante, lembrando o pesadelo de "Vampiros de Almas", de Don Siegel, o formidável filme B dos tempos da Guerra Fria? Para desmascará-los e salvar a humanidade, o Zero Três teria de descobrir aqueles que, vindos do espaço, acreditam que a terra é plana.
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