O governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou nesta terça-feira (11) não haver a menor possibilidade de aceitar o fim da Zona Franca de Manaus (ZFM), sobretudo por ser um modelo de desenvolvimento regional garantido pela Constituição e reconhecido como eficaz na diminuição das desigualdades regionais e na preservação da Amazônia. A declaração foi dada após a publicação de uma matéria da Folha de São Paulo informando que o Governo Federal planeja lançar o programa “Plano Dubai”, que propõe diversificar a matriz econômica da região Norte, para que a União possa pôr fim aos incentivos fiscais da ZFM.
“A Zona Franca é um patrimônio do povo do Amazonas, uma espécie de bem que nos foi entregue em troca de preservação e manutenção do patrimônio ambiental que possuímos. Ao longo do tempo, a população tem feito sua parte e não pode ser punida. Vamos encarar todas as frentes de batalha para manter o que nos pertence”, disse Lima.
Segundo a matéria publicada ontem pela Folha, o programa pretende estimular cinco polos econômicos – biofármacos, turismo, defesa, mineração e piscicultura – para que, até 2073, as empresas desses ramos que se instalarem na região possam gerar pelo menos o equivalente aos subsídios hoje concedidos pela União, algo em torno de R$ 25 bilhões por ano.
Para o governador do AM, é necessário pensar e implementar novas matrizes econômicas no Estado, mas o modelo ZFM não vai acabar. “Meu compromisso é com a implantação de novas formas de negócios, que nos permitam gerar emprego e renda, mas nada nos tirará a Zona Franca, este também é um compromisso meu”.
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