ELEIÇÕES -
A taxa dos brasileiros que não votariam caso o voto não fosse obrigatório é a maior já registrada pelas pesquisas Datafolha. Na primeira pesquisa da série em 1989, 44% não votariam. Em 1994, chegou a 49% e se manteve igual até 2006, e agora atingiu o recorde: 57%.
Nesse levantamento, realizado entreos dias 07 e 08 de maio de 2014, o Datafolha fez 2.844 entrevistas em 174 municípios do país. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando os resultados para o total da amostra.
Na análise das variáveis, observa-se que o grau de satisfação com a situação política e econômica do país, com o governo Dilma Rousseff e com o partido do governo influem na adesão ao voto nas próximas eleições.
A taxa dos que não votariam nas próximas eleições é mais elevada entre descontentes com o governo federal (72%) e entre os mais pessimistas com a situação econômica do país (70%) e pessoal (71%). A taxa dos que não votariam nas próximas eleições, caso o voto fosse facultativo, também fica acima da média entre os moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes (62% - entre os moradores de municípios com até 50 mil habitantes o índice cai para 50%), entre os que não têm nenhum partido político de preferência (62%) e entre aqueles que pretendem anular o voto na próxima eleição presidencial (80%).
Por outro lado, a adesão ao voto nas próximas eleições é mais alta entre os moradores de cidades com até 50 mil habitantes (48%), entre os mais escolarizados (52%), entre os simpatizantes do PT e do PSDB (respectivamente, 52% e 53%), entre os mais ricos (54%), entre os que pretendem votar em Dilma Rousseff (56%), entre os otimistas com a situação futura da economia do país e pessoal (respectivamente, 56% e 51%) e entre os que avaliam positivamente o governo Federal (59%).
O Datafolha também perguntou a opinião dos brasileiros sobre a obrigatoriedade do voto. Seis a cada dez brasileiros (61%) são contra a obrigatoriedade do voto e 34%, são favoráveis. Uma parcela de 4% é indiferente e 1% não soube responder.
Em comparação com pesquisas Datafolha anteriores, a taxa dos brasileiros contrários ao voto obrigatório vem crescendo desde 2010, e atualmente, alcançou o patamar mais elevado da série. Em 1994, 53% eram contrários, o índice caiu para 48%, em 2010, e agora chegou a 61%.
O índice dos que são favoráveis à obrigatoriedade do voto fica acima da média entre os menos instruídos (40%), entre os que moram nas cidades com até 50 mil habitantes (41%), entre os mais otimistas com a situação econômica do país e pessoal (respectivamente, 45% e 41%), entre os simpatizantes do PT (44%), entre os eleitores de Dilma (45%) e entre os que avaliam positivamente o governo federal (48%).
Já, dos que são contra o voto obrigatório, o apoio é maior entre os moradores de capitais e regiões metropolitanas (67%), entre os moradores de cidades com mais de 500 mil habitantes (68%), entre os segmentos dos mais escolarizados (71%), entre os que têm a expectativa que a situação econômica do país e pessoal irá piorar (72%, cada um), entre os que avaliam negativamente o governo federal (76%) e entre os que pretendem anular o voto nas próximas eleições (79%).
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