Em uma escola municipal no interior do Maranhão não há ventiladores nem lâmpadas. As crianças ainda são forçadas a carregar baldes.
Mais de oito mil escolas do país estão no escuro. Na sala de aula, falta luz e sobra calor. O aluno se esforça para enxergar o que escreve: “A gente não vê quase nada no caderno”, diz.
Em uma escola municipal em Codó, no interior do Maranhão, não há ventiladores nem lâmpadas. Sem bomba para puxar água do poço, as crianças são forçadas a carregar baldes.
Ainda é assim em muitas escolas espalhadas pelo Brasil. De acordo com o último censo da educação, mais de oito mil escolas do país ainda não têm energia elétrica. Em regiões onde o calor é intenso, o problema vai além da dificuldade para enxergar durantes as aulas.
Uma escola até tem instalação elétrica, mas não há lâmpadas funcionando. Ventilação só pelos buracos abertos na parede, por onde também entra a pouca claridade que há nas salas.
Problemas que completam o quadro do abandono: não há portas, janelas e a biblioteca quase não existe. Segundo o censo da educação, apenas 4% das escolas públicas brasileiras têm a infraestrutura ideal.
Ainda há escolas com paredes de taipa, telhado de palha e carteiras em péssimo estado. Energia elétrica nunca teve. Aulas, somente pela manhã. Para matar a sede, água barrenta do filtro velho. Se ao menos tivesse energia. “Colocava uma geladeira que ia ser melhor para os alunos. Sem energia não dá”.
A Secretaria de Educação de Codó disse que 18 escolas vão ser construídas em um ano, para substituir as que estão em situação ruim.
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