27/02/2013 - 03h30
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DE SÃO PAULO
A Eletropaulo se comprometeu ontem em reunião com o prefeito Fernando Haddad (PT) a enterrar a fiação das ruas José Paulino, no Bom Retiro, e do Gasômetro, no Brás, ambas na região central de São Paulo.
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De acordo com Haddad, a medida estava prevista em acordo entre a prefeitura e a Eletropaulo no ano passado.
O enterramento está na programação da Eletropaulo para este ano, afirmou o prefeito logo após o encontro. As duas ruas foram reformadas recentemente pela prefeitura, e a retirada da fiação estava prevista na obra.
Haddad tem a meta de enterrar os fios na maior parte da cidade, mas o alto custo emperra o projeto. "É uma operação de vulto. Para se ter uma ideia, custa R$ 3 milhões por quilômetro", disse o prefeito.
Eduardo Knapp/Folhapress | ||
Fiação na alameda Santos, na região dos Jardins, região nobre de São Paulo |
No domingo, a Folha publicou que estimativas da Eletropaulo e da prefeitura na gestão Gilberto Kassab (PSD) indicavam um custo de R$ 100 bilhões para sumir com os fios da cidade.
"Temos de sentar à mesa para saber qual é a fórmula que o país adotará para colocar essa ideia [de enterrar os fios] de pé. Isso envolve as empresas, a prefeitura e as agências reguladoras", afirmou Haddad, sem se comprometer com prazos para implantação da medida.
Outra ação acertada no encontro foi a instalação de "no-breaks" em semáforos de 176 cruzamentos da cidade.
Os equipamentos --que garantem o funcionamento dos semáforos mesmo com queda de energia-- devem ser instalados até abril. A medida vai custar mais de R$ 3 milhões à empresa.
Os equipamentos --que garantem o funcionamento dos semáforos mesmo com queda de energia-- devem ser instalados até abril. A medida vai custar mais de R$ 3 milhões à empresa.
Na reunião, prefeitura e Eletropaulo também discutiram uma troca de informações sobre falta de energia para melhorar a segurança em momentos de apagões.
Segundo Haddad, a ideia é que a empresa informe imediatamente quando faltar luz em algum bairro para que a Secretaria de Segurança Urbana e a Polícia Militar possam tomar medidas para melhorar a segurança nos locais.
"A sensação de insegurança da população é muito grande nessas circunstâncias. [A falta de energia na rua] Não deixa de ser uma situação de risco para o cidadão", disse o prefeito.
A Folha não conseguiu confirmar as informações com a Eletropaulo ontem. (EVANDRO SPINELLI)
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