sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Kassab diz que presidente dos Correios pedirá demissão para preparar campanha, OESP



No lugar de Guilherme Campos entra outro aliado do ministro, Carlos Roberto Fortner






Igor Gadelha, O Estado de S. paulo
05 Janeiro 2018 | 16h40
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), confirmou nesta sexta-feira ao Broadcast que o presidente dos Correios, Guilherme Campos, pedirá demissão nas próximas semanas. No lugar dele, assumirá o comando da estatal o atual vice-presidente de Finanças, Carlos Roberto Fortner, também ligado a Kassab. A data exata da saída será acertada em reunião entre Campos e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, na próxima semana. 
Segundo Kassab, Campos sairá para se dedicar à campanha eleitoral. O executivo pretende concorrer a uma vaga na Câmara em 2018 por São Paulo. Ele já foi deputado por três mandatos, mas não se reelegeu em 2014. "Já estava acertado que ele deixaria o cargo no fim de março, mas resolvemos antecipar para se dedicar à campanha e para participar de um grupo para ajudar na aprovação de matérias de interesse do governo, como a reforma da Previdência", disse o ministro.


Guilherme Campos
Guilherme Campos não é mais presidente dos Correios Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Campos deixará o comando dos Correios em meio à crise financeira da empresa, que é vinculada ao ministério de Kassab. Pelo quinto ano consecutivo, a estatal fechou 2017 no vermelho – o balanço do ano passado ainda não foi publicado. A companhia, palco inaugural do mensalão há mais de dez anos, também amargou rombos em 2015 e em 2016. Para tentar reverter a crise, a estatal fez plano de demissão dos funcionários (PDV), propôs alterações no plano de saúde dos empregados e fechou agências.
Baixas. A saída de Campos é pelo menos a segunda baixa no terceiro escalão do governo em razão das eleições. No fim de novembro, o paraibano Leonardo Gadelha pediu demissão da presidência do INSS para se dedicar à campanha para deputado federal no pleito de outubro deste ano. No lugar dele, foi nomeado Francisco Paulo Soares Lopes, que era assessor da Presidência da Dataprev e, assim como Gadelha, foi indicado pelo PSC.  
As eleições também motivaram saídas no primeiro escalão nas últimas semanas. No final de dezembro, o deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS) pediu demissão do Ministério do Trabalho. No lugar dele, foi nomeada a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). Na última quarta-feira (3), Marcos Pereira (PRB) pediu exoneração do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Seu substituto ainda não foi definido. Pereira e Nogueira querem concorrer a uma vaga na Câmara em 2018. 

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Após 3 anos no mandato, veja como estão as promessas de Alckmin, VIA Trolebus


02/01/2018 - Via Trolebus
Concluir a implantação do Trecho Norte do Rodoanel. – Não cumpriu. O eixo principal do Trecho Norte do Rodoanel, que liga a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães (Trecho Oeste) ao Trevo da Rodovia Fernão Dias, será entregue ao tráfego em abril de 2018, segundo o governo. A obra atingiu, em dezembro de 2017, 80% de execução. A ligação do Trevo da Rodovia Fernão Dias até a Dutra (interligação com o Aeroporto de Guarulhos) está prevista para dezembro de 2018.

Concluir a implantação das conexões dos Aeroportos de Guarulhos e o de Congonhas com o sistema metro-ferroviário da Região Metropolitana de São Paulo. – Não cumpriu (e nem irá no caso da 17). Os aeroportos seguem sem ligação com o sistema de trilhos. Segundo o governo, a Linha 13-Jade, da CPTM, está com 82,5% das obras concluídas e fará a ligação entre o Aeroporto de Guarulhos e a rede de trens e metrô da capital paulista. Ela deve ser entregue no primeiro semestre de 2018. Já a Linha 17-Ouro do Metrô ligará o bairro do Morumbi ao Aeroporto de Congonhas, em sistema de monotrilho, mas deve operar apenas em 2019.

Continuar a implantação do Sistema Integrado Metropolitano (SIM) da Baixada Santista, dando início ao BRT a partir de Praia Grande. – Não cumpriu. A promessa ainda não foi cumprida. Segundo o governo, o Sistema Integrado Metropolitano (SIM) da Baixada Santista será composto por: Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), corredor de ônibus (BRT) e ônibus intermunicipais. O 1º trecho do VLT da Baixada Santista, entregue em janeiro de 2017, liga São Vicente ao Porto de Santos. Em março, deverá ser lançado edital para contratação das obras do 2º trecho. Com a suspensão, pelo Ministério das Cidades, dos recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a implantação do BRT, que ligará São Vicente (VLT) à Praia Grande, está com o projeto concluído, mas aguarda novas fontes de financiamento.

Expandir a implantação do programa de corredores de média capacidade nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas do estado. – Cumpriu. Desde 2015, foram implantados mais 18 km de novos corredores, sendo 12,3 km no corredor que liga Guarulhos a São Paulo e 5,7 km no corredor que liga Santa Bárbara d´Oeste a Campinas. Além disso, foi entregue o Terminal Metropolitano Luiz Bortolosso, no corredor que liga Itapevi a Capital. Até o final de 2018, estão previstos mais 38 km de corredores (22 km no Corredor Noroeste e 16 km no Corredor Itapevi-São Paulo).

Levar metrô até Taboão da Serra, Guarulhos e o ABC. – Não cumpriu (e nem irá). A promessa não foi cumprida ainda. O sistema metropolitano de transportes será expandido até Guarulhos, por meio da Linha 13-Jade, que fará a ligação da capital com o aeroporto e, desde agosto, faz integração com a Linha 12-Safira. As obras serão entregues no 1º semestre de 2018, segundo o governo. A expansão para o ABC ocorrerá com a Linha 18-Bronze. O contrato foi assinado em 2014, mas as obras não foram iniciadas. A extensão do sistema até Taboão da Serra tem projeto básico concluído (extensão da Linha 4-Amarela).

Entregar, no início de 2016, a Linha 17 – Ouro, com oito estações e o monotrilho. E a Linha 5 – Lilás, ao longo do ano. – Não cumpriu (e já sabemos que não irá na 17). A promessa ainda não foi cumprida. A Linha 17-Ouro, com 82,5% das obras concluídas, segue em andamento, com previsão de conclusão até o final de 2019. O governo ressalta, no entanto, que 4 das 11 novas estações da Linha 5-Lilás já foram entregues: Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin. As outras 7 estações, além do Pátio Guido Calói, serão concluídas em 2018.

Inaugurar primeiro trecho do trem intercidades entre Americana, Campinas e São Paulo. O projeto total prevê usar a área férrea já existente no eixo norte-sul, interligando Americana (SP) até Santos (SP), e no eixo leste-oeste, entre Sorocaba (SP) e Taubaté (SP). – Não cumpriu (e nem irá). A promessa ainda não foi cumprida. O projeto do Trem Intercidades foi concebido em faixa de domínio da União e sua implantação aguarda, desde 2014, autorização do governo federal, segundo o governo de São Paulo. O governo planeja agora lançar, em 2018, um edital de PPP que contemple obra, fornecimento de material rodante e sistema de trens.

Veja quais estações e linhas serão expandidas em 2018 pelo Metrô e CPTM, RF

 Notícias da Imprensa



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02/01/2018 - Metrô CPTM
Seja por coincidência ou mesmo um empurrãozinho eleitoral, o ano de 2018 tem tudo para ser o da maior expansão da rede metroferroviária de São Paulo. Na iminência de ser apontado como candidato do PSDB à presidência, o governador Geraldo Alckmin quer usar esse trunfo como vitrine na corrida eleitoral. O problema é que as obras teimam em atrasar e “nuvem” de dúvidas a respeito das suspeitas de corrupção e conluio ameaçam tirar parte do efeito que essas novas estações e quilômetros terão na vida dos cidadãos.
Política à parte, uma coisa é fato: este ano o número de inaugurações será enorme, mesmo que haja algum atraso. A razão para isso é que muitas frentes de trabalho estão na reta final, o que permite dizer que a chance de problemas empurrarem suas inaugurações para 2019 é pequena. Confira abaixo como deve ser o calendário de expansão em 2018:

Janeiro

Duas estações estão prometidas para este mês, Higienópolis-Mackenzie (Linha 4), que deveria ter sido aberta no ano passado, e Eucaliptos (Linha 5). A primeira não passa deste mês a não ser que ocorra algum “desastre”. Já a segunda pode ficar para mais tarde. Quem passa na frente da estação ao lado do Shopping Ibirapuera em Moema ainda vê muito movimento e coisas para fazer. Há ainda os testes com os trens no trecho que parecem não ter ocorrido ainda. Mas se não for em janeiro é provável que a abertura ocorra em fevereiro, juntamente com outras três estações.
Fevereiro

É o mês prometido para três outras estações da Linha 5: Moema, AACD-Servidor e Hospital São Paulo. Dessas Moema é a mais atrasada e pode realmente ficar mais para a frente. As outras duas têm previsão de serem concluídas até o final de janeiro. Novamente, os sistemas e testes com os trens são o maior risco de atraso no momento.

Março

Muita coisa é prometida para março e certamente será bem difícil que elas aconteçam nesse mês conforme previsto. Na Linha 4, há a estação Oscar Freire que tem trabalhos em bom ritmo mas um acesso ainda cru. É possível abri-la parcialmente e depois finalizar o segundo acesso. Na Zona Leste, o Metrô pretende fazer algo que só ocorreu na inauguração da Linha 1: abrir várias estações ao mesmo tempo. A ideia é que a Linha 15 do monotrilho ganhe oito estações nesse mês. As obras estão indo bem, mas é mais sensato imaginar numa abertura progressiva a fim de testar tudo com calma. Por fim, a Linha 13-Jade da CPTM deve começar a operação assistida até o Aeroporto de Guarulhos. Novamente, tudo depende da conclusão da via (nesse caso o viaduto estaiado) e testes de sistemas. Os trens serão “emprestados” de outras linhas. Não é exagero pensar que essa linha só seja inaugurada para eleitor ver.

Abril

Embora tenha apenas duas estações previstas, abril é o mês em que o governo pretende conectar a Linha 5-Lilás às linhas 1-Azul e 2-Verde. As estações Santa Cruz e Chácara Klabin vão mexer profundamente com a distribuição de passageiros no Metrô e CPTM. Muitos trajetos acabarão modificados pelos usuários com a possibilidade de ir para a Zona Sul e vice-versa por ela. Por essa razão, a impressão é que elas terão de abrir de forma bem gradual para não causar problemas no restante da rede.

Segundo semestre

Sem data tão precisa, duas outras estações são esperadas em 2018. A primeira é São Paulo-Morumbi, da Linha 4. As obras estão num bom ritmo, o que ainda a coloca no mapa deste ano. Será um importante adendo ao ramal já que fará a linha crescer e se aproximar de regiões carentes de transporte público de qualidade. Já a segunda, Campo Belo, da Linha 5, pode ficar para 2019. A mais atrasada estação do novo trecho está na reta final das obras civis, mas há muita coisa para fazer, inclusive um viaduto por cima dela. Pode dar tempo, mas não será surpresa se ela atrasar.

Marca dos 100 quilômetros

Caso cumpra suas promessas finalmente, o governo do estado acrescentará mais de 21 km à rede metrô além de 12 outros km à CPTM. Com isso, o Metrô de São Paulo finalmente passará a marca dos 100 quilômetros que somados à CPTM chegarão a cerca de 375 km de trilhos na Grande São Paulo e Jundiaí. Ou seja, quase 34 km a mais em apenas um ano – até então, o maior acréscimo que o sistema recebeu foram os 10,4 km entregues em 1988 na Linha 3. Mas como é sempre ter um pé atrás com promessas políticas, vamos ficar de olho se a meta será mesmo cumprida.