Consumidores receberão água das Bacias do Alto Tietê e Guarapiranga; novas bombas estão sendo instaladas para diminuir ainda mais a dependência do Cantareira
11 de março de 2014 | 18h 23
Fabio Leite - O Estado de São Paulo
SÃO PAULO - A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aumentará para 3 milhões o número de moradores da Grande São Paulo que deixarão de receber água do Sistema Cantareira para serem abastecidas pelas bacias do Alto Tietê e Guarapiranga.
Sérgio Castro/Estadão
Principais represas do Cantareira ficam com menos de 10% de sua capacidade
Desde o fim de janeiro, a empresa remaneja água desses dois mananciais para suprir a seca do Cantareira, que chegou nesta terça-feira, 11, a 15,8% da capacidade, índice mais baixo da história. Hoje, a medida atinge cerca de 2 milhões de pessoas.
Segundo a Sabesp, novas bombas estão sendo instaladas para diminuir ainda mais a dependência do Cantareira. Até abril, o remanejo de água atingirá 3 milhões de habitantes, ou 34% dos 8,8 milhões abastecidos originalmente pelo principal manancial na Região Metropolitana.
Agora, parte do Jabaquara, Vila Olímpia, Brooklin, na zona sul, e Pinheiros, na zona oeste, receberão água da Guarapiranga. Já o Alto Tietê passa a abastecer os bairros da Penha, Ermelino Matarazzo, Cangaíba, Vila Carrão e Vila Formosa, na zona leste. Os dois reservatórios estão com 71,2% e 38,4% da capacidade, respectivamente.
Segundo a Sabesp, mesmo com a mudança na fonte de abastecimento, os 3 milhões de moradores continuam inclusos no programa de descontos de até 30% para quem economizar ao menos 20%. O plano de bônus, antes previsto até setembro ou até a normalização do Sistema Cantareira, foi estendido até o fim do ano pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Vazão. Nesta semana começou a vigorar oficialmente a redução de 10% da vazão máxima de retirada da água pela Sabesp do Cantareira. Determinação da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee) reduziu a captação de 31 mil litros por segundo para 27,9 mil litros por segundo. Na prática, a medida já é aplicada desde o início do mês. Mesmo assim, o nível do Cantareira continuou caindo.
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