quarta-feira, 24 de abril de 2024

PF prende em SP grupo suspeito de trocar malas em aeroporto para traficar drogas, FSP

 

SÃO PAULO

Polícia Federal cumpriu quatro mandados de prisão temporária, além de sete de busca e apreensão, em São Paulo e Guarulhos na manhã desta quarta-feira (24). O grupo, de acordo com a corporação, é suspeito de trocar de etiquetas em aeroportos, substituindo a bagagem de viajantes por malas com drogas.

Os policiais chegaram até o grupo após uma apreensão de 21 quilos de cocaína em fevereiro, no aeroporto de Brasília. O destino da droga, naquela ocasião, seria para Joanesburgo, na África do Sul.

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Policiais federais fazem operação no Aeroporto Internacional de Guarulhos - Divulgação/PF

A Polícia Federal não divulgou o nome dos quatro suspeitos detidos em São Paulo e Guarulhos, mas afirmou que são funcionários que atuam na etiquetagem e movimentação de bagagens, a partir do check-in. Além deles, uma mulher, que foi vista entregando a mala com drogas, também faz parte do grupo preso.

Já os sete mandados, de acordo com a PF, envolvem outros funcionários e um motorista de aplicativo.

Essa modalidade de crime ficou bastante conhecida em março de 2023, depois que duas brasileiras, Kátyna Baía e Jeanne Paolini, foram detidas no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, sob a acusação de levar 40 kg de cocaína divididos em duas bagagens.

O caso virou alvo da Operação Iraúna, da Polícia Federal em Goiás, que prendeu seis suspeitos de participarem do esquema que muda a identificação de malas para enviar drogas ao exterior.

Segundo a Polícia Federal de Goiás, as malas de Kátyna e Jeanne foram conferidas e separadas da esteira, em uma área restrita, por dois funcionários. Eles retiraram a identificação, deixando apenas uma etiqueta com o peso das bagagens.

Na área de bagagens de viagens internacionais, um funcionário colocou as etiquetas das malas de Kátyna e Jeanne nas bagagens com drogas, aproveitando-se de um ponto cego nas câmeras. Todas as malas seguiram no voo para a Alemanha.

Duas mulheres chegaram ao aeroporto e entregaram as malas com cocaína a uma funcionária de uma companhia aérea em um dos guichês, que admitiu fazer parte do esquema.

Vídeo: 5 maneiras de reduzir sua exposição a microplásticos, DW FSP

 EUTSCHE WELLE

Os microplásticos estão por toda parte: no ar que respiramos, nos alimentos que comemos, na água que bebemos... Aqui estão algumas maneiras de evitar que pelo menos alguns deles entrem em nosso corpo:

1. Ferva a água da torneira antes de beber.

água da torneira pode conter microplásticos provenientes de águas residuais que os sistemas não conseguem filtrar. Um estudo dos EUA descobriu que fervê-la pode remover 80% das minúsculas partículas de plástico de seu interior

2. Evite embalagens plásticas.

Abrir um saco de batatas fritas, por exemplo, libera microplásticos que acabamos inalando ou comendo.

3. Diga adeus às tábuas de corte de plástico.

Um estudo de 2023 revelou que cortar vegetais em tábuas de plástico durante um ano pode libertar tantos microplásticos quanto uma pessoa média é exposta a partir de todas as fontes no mesmo período.

4. Livre-se das panelas antiaderentes.

Mesmo rachaduras superficiais podem causar milhares de partículas de plástico nos alimentos.

5. Escolha uma máquina de lavar com carregamento frontal

Os têxteis sintéticos, que hoje constituem dois terços das nossas roupas, podem libertar muitos microplásticos. Lavá-los em máquinas de carregamento frontal, em vez destas, libera menos microplásticos, pois são mais suaves ao esticar e rasgar os tecidos.

Justiça suspende concessão do Trem Intercidades, que ligará SP a Campinas, FSP

 Tulio Kruse

SÃO PAULO

Uma decisão da Justiça suspendeu a concessão do Trem Intercidades, linha que visa conectar as cidades de São Paulo e Campinas. A juíza Simone Casoretti, da 9ª Vara de Fazenda Pública da capital, determinou que a assinatura do contrato entre governo estadual e concessionária seja impedida até que mais informações sobre o projeto sejam prestadas e a ação judicial seja julgada.

A decisão, publicada na noite desta terça-feira (23), atende a um pedido do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Ferroviárias, que apontou irregularidades no edital que estabelece as regras da PPP (parceria público-privada) —a Justiça ainda não analisou o mérito dos apontamentos do sindicato.

Foto de trem da CPTM usada pelo governo paulista como ilustração para o Trem Intercidades, ligação de São Paulo a Campinas - Divulgação/Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo

Os trabalhadores afirmam que as regras do edital de concessão ferem direitos dos trabalhadores, que há problemas no modelo escolhido para a concessão e que o governo não apresentou estudos e justificativas para o formato da PPP, que seriam exigidas por lei.

A SPI (Secretaria de Parcerias e Investimentos), responsável pela concessão, afirmou que vai recorrer da decisão judicial. "A decisão foi proferida ainda dentro do prazo para manifestação do Governo do Estado, sem análise do contraditório", disse a secretaria estadual, em nota.

O Trem Intercidades é um dos principais projetos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A expansão de serviços de transporte de passageiros em ferrovias é uma prioridade no plano de transporte do governo estadual. A retomada da antiga linha entre a capital e Campinas foi prometida por décadas em gestões do PSDB, e o governo Tarcísio também pretende reativar uma linha férrea entre São Paulo e Sorocaba.

O leilão do projeto foi vencido pelo consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos, que é encabeçado pela Comporte —holding brasileira ligada à família Constantino, fundadora da Gol— em parceria com o gigante chinês CRRC, empresa estatal que é a maior fabricante de suprimentos ferroviários do mundo. O grupo ofereceu um desconto de 0,01% no pagamento de R$ 8 bilhões que o governo paulista terá de realizar. A PPP terá duração de 30 anos.

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Nos pedidos apresentados à Justiça, o sindicato dos ferroviários aponta problemas no fato de a administração estadual ter optado uma só concessão para vários serviços diferentes. Além de assumir as obras de infraestrutura, o consórcio receberá o direito de operar três serviços diferentes: um expresso de média velocidade, um "trem parador" conectando Jundiaí a Campinas e a linha 7-rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

O sindicato argumenta que esse formato impede a concorrência, e que a concessão deveria ter sido separada em lotes.

A entidade também afirma que o edital não menciona um Estudo Técnico Preliminar que justifique a PPP como modelo escolhido. Além disso, alega que os documentos da concessão não dizem qual será o valor máximo pago pelo governo à concessionária, entre outros pontos que considera irregulares.

O sindicato também afirma que o edital da PPP "não dedica sequer uma linha para disciplinar acerca das potenciais transformações no quadro de colaboradores que trabalharão nas linhas de trem metropolitanos do Estado de São Paulo". Segundo a categoria, isso representa uma ameaça à categoria.