sexta-feira, 3 de março de 2017

Corrida pelo turismo no Estado de S.Paulo, DGABC


Wilson Marini
Quando um município é classificado oficialmente de interesse turístico, passa a receber automaticamente recursos estaduais para o desenvolvimento do turismo local. Ano passado, o Fundo de Melhoria dos Municípios Turísticos do Estado de São Paulo, administrado pelo Dade (Departamento de Apoio às Estâncias), destinou quase R$ 173 milhões às cidades paulistas inseridas no programa. A oportunidade tem despertado inúmeras cidades do Interior paulista a buscar essa condição, como forma de aumentar a arrecadação. Exemplo é Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. A cidade quer ser reconhecida como de interesse turístico porque abriga a estação ferroviária, uma das mais importantes construções ferroviárias do País, inaugurada em 1875, e conta com intenso fluxo de turismo religioso, por sediar a Comunidade Canção Nova.
Mogi também quer
Também Mogi das Cruzes, no Alto Tietê, está na fila de espera para ganhar o status de município de interesse turístico. Quem briga pela ideia na Assembleia Legislativa é o deputado Marcos Damasio (PR), que também assumiu a defesa da inclusão de Pardinho, que fica entre Avaré e Botucatu, entre as cidades turísticas.
140 vagas
Em época de vacas magras nos cofres municipais, a brecha para receber verbas novas pode provocar uma romaria de pedidos ao governo estadual. Em recente reunião de prefeitos com o secretário de turismo do Estado, Laércio Benko, em Ilhabela, no Litoral Norte, o deputado Edmir Chedid (DEM), que tem base eleitoral na região bragantina e Circuito das Águas, disse que um total de 140 cidades deverão ser reconhecidas como municípios de interesse turístico, segundo a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 11/2013, do Poder Executivo, que tramita na Assembleia Legislativa.
Mutirão
“Vamos trabalhar para que os municípios de interesse turístico sejam aprovados o quanto antes”, acenou Chedid aos prefeitos. A Secretaria de Turismo estaria contratando técnicos para apreciar a documentação dos municípios interessados. Será preciso um autêntico mutirão para votar e escolher os 140 a serem enquadrados. Atualmente, São Paulo conta com 70 estâncias turísticas. Com base na Lei Complementar 1.261/2015, criou-se nova classificação, estabelecendo a abertura de 140 vagas. Vai ganhar quem reunir os quesitos técnicos e exercer a indispensável influência política.
Barretos global
O deputado estadual Sebastião Santos (PRB) decidiu lutar pela instalação de empresas multinacionais em Barretos. A ideia começou a ser discutida com o consulado da República da Coreia do Sul, em São Paulo. “Barretos é um grande polo regional de empresas. A Coreia do Sul tem interesse em reestruturar o aeroporto, criando mecanismo para receber aviões cargueiros, além da construção de um porto seco e uma estação de armazenagem aduaneira”, diz o parlamentar.
Em Itu
A ZF Aftermarket inaugurou em Itu um novo centro de distribuição de peças que reúne as operações de reposição das fábricas de Sorocaba, Limeira e São Bernardo. Segundo o Cruzeiro do Sul, da Rede APJ (Associação Paulista de Jornais), motivaram a escolha do lugar a proximidade com as principais rodovias do Estado e o tempo de duas horas de trajeto ao Porto de Santos. A unidade fica no km 11 da Rodovia José Ermírio de Moraes (Castelinho).
Torre à vista
O superintendente do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), Ricardo Volpi, garante que até maio ficará pronta a nova torre de controle do aeroporto de Sorocaba. Já os equipamentos da torre serão licitados no segundo semestre e o funcionamento da operação está previsto para 2018. “Nosso sonho é que o aeroporto de Sorocaba consiga, um dia, a internacionalização de seu sistema, o que geraria um desenvolvimento ímpar na cidade e na região”, diz o deputado Carlos Cezar (PSB), que tem base eleitoral na região.
Mel
A Assembleia Legislativa promoverá no dia 6 audiência pública para debater a pulverização aérea e os efeitos dos agrotóxicos na apicultura. O projeto de lei 405/2016 proíbe a pulverização aérea de defensivos agrícolas no Estado de São Paulo. O deputado estadual Padre Afonso Lobato (PV) afirma que a pulverização aérea pode matar abelhas e borboletas, que são imprescindíveis para a polinização de diversas culturas. 

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