BRASÍLIA - Em janeiro 40.864 vagas de emprego formal foram fechadas no Brasil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro de 2017, divulgado nesta sexta-feira, 3, pelo Ministério do Trabalho. O resultado foi consequência de 1.225.262 admissões e 1.266.126 desligamentos. Em janeiro de 2016, no entanto, a diferença negativa era de 99.717 vagas, mais do que o dobro de agora. Esse é o 22º mês seguido de fechamento de vagas. Desde abril, o ritmo de fechamento de postos de trabalho vem sendo menos intenso na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, o País registrou o fechamento de 1.280.863 vagas formais, de acordo com os dados ajustados. Entre fevereiro do ano passado e janeiro deste ano, foram registradas 14.748.594 contratações e 16.029.457 demissões.
O Rio de Janeiro foi o Estado que mais fechou vagas, com saldo negativo de 26.472 postos. O destaque positivo foi Santa Catarina, que teve um aumento de 11.284 vagas formais. São Paulo teve 4.457 vagas fechadas.
Setores. Entre os segmentos, a indústria de transformação foi a que mais gerou empregos, com saldo positivo de 17.501 postos de trabalho. De acordo com o ministério, trata-se de uma reversão em relação a janeiro do ano passado, quando o setor fechou 16.553 vagas.
Foram destaques positivos os segmentos calçadista, têxtil, mecânica, de borracha, metalúrgica, material elétrico e comunicações, madeira e mobiliário, química e de materiais de transporte. As demissões se concentraram em alimentos e bebidas, relacionadas à safra de açúcar, principalmente no Nordeste.
A agricultura também contratou mais do que demitiu em janeiro, com saldo positivo de 10.663 vagas. Em janeiro de 2016, o setor havia gerado 8.729 vagas. Os destaques positivos foram soja, no Mato Grosso, e frutas de lavoura permanente, no Sul do País.
Já o comércio foi o que mais demitiu empregados em janeiro, com saldo negativo de 60.075 vagas. O fechamento ficou menor que o de janeiro de 2016, quando 69.750 vagas foram eliminadas. Os destaques negativos ficaram com o comércio varejista de vestuário e acessórios, supermercados e hipermercados e calçados e artigos de viagem.
Serviços também registraram mais demissões do que contratações, com saldo negativo de 9.525 vagas. O fechamento foi menor que o de janeiro do ano passado, quando 17.159 postos foram eliminados. Os destaques negativos foram os ramos de transporte, comunicação, alojamento e alimentação.
A construção civil registrou saldo negativo de 775 vagas. O setor de extração mineral registrou saldo negativo de 59 vagas. A administração pública teve saldo positivo de 671 vagas. E o setor de serviços industriais de utilidade pública (SIUP) registrou saldo positivo de 735 vagas.
O resultado ficou dentro do intervalo de estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. A pesquisa consultou 13 instituições, que previram para o saldo de janeiro um intervalo de -60.000 a 10.000. O corte ficou acima da mediana das estimativas, que era de -30.000.
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