A Prefeitura de São Paulo iniciou na manhã desta segunda (3) a remoção de barracas de pessoas em situação de rua de calçadas e vias de diversas regiões da cidade.
A operação começou pela região da cracolândia, e o ponto escolhido foi a esquina da rua dos Gusmões com a rua Conselheiro Nébias, no centro da capital. Com o início da limpeza, o fluxo —como é chamada a aglomeração de dependentes químicos— se concentrou a poucos metros de distância dali, na esquina das ruas Guaianases e Vitória.
Agentes da GCM e da Prefeitura de SP trabalham na retirada de barracas das ruas dos Gusmões e Conselheiro Nébias, no centro, nesta segunda (3) - Danilo Verpa/Folhapress
Segundo o inspetor Matias, da Divisão de Operações Especiais da Guarda Civil, até as 11h30 a operação havia removido 18 barracas.
"As barracas não são para proteger as pessoas, são para vender drogas. São as lojinhas deles. A ação ocorre em outros locais, mas a gente vai se concentrar onde tem um fluxo maior. Geralmente se concentram de 500 a 1.000 usuários aqui", explicou o inspetor.
Segundo ele, o objetivo da ação é reorganizar o espaço público.
"Isso aqui é mais uma reorganização do espaço público para tirar o lixo, a sujeira. Quando faz a operação, vêm os caminhões de limpeza, de lavagem. Aqui já fechou banco, lojas, e os comerciantes que pagam impostos ficam à mercê disso e não aguentam mais", afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de que barracas voltem a ser montadas no local, ele afirmou que não pode garantir que não o espaço não será ocupado novamente.
"É difícil. A solução eu não tenho. Só a internação compulsória porque esse pessoal não tem mais discernimento, está à mercê do traficante", concluiu.
Uma mulher de 81 anos, moradora da região há 50 anos, acompanhava a operação. Ela, que não quis se identificar, disse que nunca viu a cidade tão abandonada e contou que convive com o medo de ser assaltada. Disse, ainda, que apoia ação da prefeitura desde que seja duradoura.
Caminhão recolhe sujeira em área da cracolândia - Danilo Verpa/Folhapress
O comerciante Luis Felipe dos Santos, 22, trabalha há cinco anos em uma loja de motopeças na rua Conselheiro Nébias. Ele disse aguardar uma solução definitiva para a questão da cracolândia.
"Eles tiram os usuários, fazem limpeza, mas depois de cinco minutos volta a mesma coisa", lamentou. "Eles ficam todos em frente à loja. O banco fechou, três lojas fecharam e o estacionamento está para fechar. Nós já estamos querendo sair daqui. O comércio aqui está totalmente desvalorizado, afetou muita gente. Não tem mais condições."
"Ontem teve confronto, a gente fica com medo porque nunca sabe quando eles vão entrar na loja. Na região vive tendo assalto, eles não respeitam nem a polícia", continuou Santos.
Outra comerciante, que também não se identificou, disse encarar a operação de remoção das barracas como "palhaçada". Para ela, a prefeitura está apenas lavando "o quarto e a sala" dos usuários, que na sequência voltam a ocupar o espaço.
O trabalho foi acompanhado por agentes de saúde, que tentavam abordar os dependentes químicos para oferecer tratamento.
COMPARTILHAMENTO ESPECIAL
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Na Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma mulher conta para um integrante da milícia que o filho dela furtou coisas da sua casa "de novo".
"O que eu posso fazer? Você deveria ir lá. Estou tão irritada. Como podemos dar um susto nele?", diz ela.
O homem responde: "Nós podemos consertar qualquer coisa. O negócio é que você não pode se arrepender depois. Tem que ter certeza".
Em bairro do RJ, mulheres assumiram serviços e ajuda comunitária, reduzindo poder da milícia - Getty Imagens via BBC
Ele lembra que "resolveu" a situação de Ana, uma mulher que foi agredida pelo marido.
"O marido bateu nela. Ela ligou para a gente. Eu perguntei se ela tinha certeza (do que queria). Ela tinha."
A mulher, então, recusa a oferta de "ajuda" no caso do filho. "Não, eu não vou fazer isso. Eu estou brincando."
O diálogo foi presenciado pelo pesquisador Nicholas Pope, do King's College London, que passou dois anos nesta região do Rio estudando a relação entre moradores e a milícia.
No bairro onde o diálogo ocorreu, o poder paramilitar permeia cada aspecto da vida cotidiana e a violência é o meio de resolução dos problemas do dia a dia - dos mais simples aos mais graves.
"O instinto natural nessa comunidade que abraçou a milícia é chamar os milicianos para agir quando há, por exemplo, um jovem fumando maconha, uma pessoa bêbada sendo inoportuna na rua ou em casos de violência doméstica. A milícia é chamada a resolver de crimes a comportamentos antissociais", diz Pope à BBC News Brasil.
Na mesma região, moradores de outro bairro, que reúne algumas dezenas de famílias, têm uma relação completamente diferente com a milícia.
Paramilitares também controlam o comércio, mas problemas cotidianos graves, como fome e violência doméstica, são resolvidos com a ajuda de um grupo de mulheres que fundaram a comunidade décadas atrás e formaram uma rede de apoio.
Elas criticam a ausência do estado, mas discordam e resistem ao poder da milícia. conseguiram, com uma ação social eficaz, reduzir a dependência da comunidade da "ajuda" paramilitar.
Em vez de homens armados, é esse grupo de mulheres, a maioria delas negras, que se tornou o ponto de apoio e referência para solucionar problemas do bairro.
"Por meio de laços de solidariedade, essas mulheres conseguiram resistir às pressões da milícia ao longo do tempo e até mesmo erodir e diminuir formas violentas de dominação no bairro", diz Pope.
MILÍCIA NÃO MANTÉM PODER SÓ COM COERÇÃO
Pope explica que a milícia não sobrevive apenas de coerção - depende de um apoio popular conquistado à base de uma relação de dependência. Quanto menor a dependência, menor o poder da milícia.
Por isso, os paramilitares oferecem "proteção" e ajuda na solução de problemas. Na ausência do Estado, tornam-se uma opção de garantia da "ordem" e resolução de conflitos. Mas às custas de extorsões e violências cotidianas.
"A milícia não se sustenta apenas com armas e controle territorial pela violência física. Ela subsiste graças a uma interdependência econômica e apoio social. Ela depende de renda de aluguéis, de taxas cobradas do comércio local, de as pessoas usarem seus meios de transporte, da construção de laços com a comunidade", explica Pope.
"Se a milícia não obtém o apoio da população por meio dessa dependência, a população vai resistir ou abrir brechas para outros grupos tomarem o poder, sejam eles lideranças de outras milícias ou traficantes."
No bairro onde as mulheres assumiram a dianteira na solução de conflitos e carências sociais, os milicianos encontraram menos espaço para agir.
Elas recebem as demandas dos moradores e os direcionam para instituições que podem ajudar, como ONGs, abrigos, o serviço social ou a Defensoria Pública, além de acolherem elas próprias, com os recursos que têm, as mulheres que precisam de moradia por causa de violência doméstica.
O principal vetor dessa rede de solidariedade é comida. Tudo começou com uma pequena horta comunitária, com legumes e frutas sem agrotóxicos. A horta virou ponto de encontro para discutir o direito a uma alimentação saudável.
Jovens e crianças ajudam na venda de produtos em feiras e a cobrar de ONGs e do estado cestas básicas com alimentos de qualidade - Getty Imagens via BBC
Jovens e crianças passaram a levar mudas para casa, ajudar na venda dos produtos em feiras e a cobrar de ONGs e do Estado cestas básicas com alimentos de melhor qualidade.
Os adolescentes que participavam dos encontros começaram a trazer outros problemas para o conhecimento do grupo de mulheres, entre eles dificuldades de aprendizado na escola e violências sofridas por suas mães em casa.
"Debater sobre comida é uma forma muito inteligente de fazer política e ação social nesse ambiente. Porque parece ser algo que não apresenta ameaça. Algo que a milícia não compreenderia como competição", diz Pope.
"Mas, a partir da discussão sobre direito à comida, outros temas entram em jogo. Há uma troca de conhecimento, a formação de vínculos e de redes de suporte. E é aí que reside o poder do trabalho sobre a comida que elas fazem."
COMO ESSAS MULHERES CONSEGUIRAM RESISTIR À MILÍCIA?
A BBC News Brasil conversou com mulheres do grupo, mas, por questões de segurança, não revela seu nome, do projeto ou do bairro onde vivem.
Elas chegaram à Zona Oeste décadas atrás, em uma ocupação onde a maioria dos moradores eram mulheres e crianças.
Desde o início, a construção de casas, ruas e serviços naquela área foi liderada por mulheres, embora a milícia também já estivesse se instalando no território.
Esse trabalho consolidou laços de solidariedade e estimulou a criação de uma rede para solucionar problemas da comunidade.
"Nós não trabalhamos com armamentos e comércio. Somos leveza da poesia, música, educação, então temos passagem. Tem o elemento da ancestralidade também. Chegamos primeiro. Temos conseguido resistir assim", explica Juliana*, uma das mulheres que fazem parte do grupo, à BBC News Brasil.
A partir da horta e dos encontros regulares de jovens, as mulheres passaram a oferecer aulas gratuitas para adolescentes em várias disciplinas escolares, com a participação voluntária de professores.
Aos poucos, firmaram parcerias com ONGs e órgãos públicos, como a Defensoria, para resolver diferentes tipos de problemas, como violência doméstica.
"Já resgatamos várias mulheres em situação de violência. Levamos ao hospital, exigimos boletim de ocorrência, arrumamos abrigo", conta Juliana.
A intenção do grupo em criar programas e redes de apoio não foi, inicialmente, combater o poder da milícia.
Mas elas acabaram, como efeito "colateral", impedindo que os paramilitares ampliassem suas atividades e influência, como ocorre em muitos bairros da Zona Oeste, afirma Pope.
'Não trabalhamos com armamentos e comércio, somos leveza da poesia, música, educação, então, temos passagem, e chegamos primeiro' - Getty Imagens via BBC
"O que foi possível perceber analisando essa comunidade por dois anos é que atividades políticas e comunitárias como a dessas mulheres têm o potencial de frear sistemas violentos de liderança, substituindo soluções violentas por outras formas de resolver conflitos", explica Pope.
Amanda* também integra o grupo e explica por que, na sua visão, as populações de vários bairros do Rio recorrem às milícias.
"Temos essa cultura patriarcal de que um homem vai salvar, resolver a situação. Temos a figura do padre, do pastor. As pessoas vão até eles para resolver problemas sociais", diz.
"A milícia é um braço desse poder, desse modo de pensar soluções. E ela traz o modo de viver do medo, do pavor, da dependência em ajuda. Queremos mostrar que o caminho não é viver de ajuda, temos direitos e precisamos lutar por eles."
PODER DAS MILÍCIAS PASSA POR CONTROLE DE COMIDA
Segundo Pope, controlar o comércio e o acesso à alimentação é uma forma de domínio da milícia sobre comunidades no Rio de Janeiro.
Com a venda de alimentos e, em algumas ocasiões, com doação de comida a pedido de líderes comunitários, os milicianos angariam dinheiro e poder de barganha.
Mas, durante a pandemia de covid-19, o grupo de mulheres conseguiu criar um sistema eficiente de arrecadação e distribuição gratuita de cestas básicas com alimentos saudáveis, ajudando a reduzir a fome em uma das áreas mais afetadas pela doença.
As cestas foram entregues também em áreas que vão além de onde moram, alcançando populações de bairros onde a presença da milícia é mais ostensiva.
Pope explica que esse projeto, em tempos normais, poderia provocar reações da milícia, por "invadir" uma seara normalmente controlada pelos paramilitares.
Mas a pandemia agravou a fome, e as mulheres conseguiram ocupar um espaço antes dominado por milicianos.
"A milícia tem lidado com alimentação e acesso a comida por muitos anos. Em circunstâncias normais, a atuação das mulheres nesse campo poderia ser vista como uma espécie de competição, uma entrada em um mercado que é deles", diz Pope.
"Mas a pandemia foi um período de tamanho caos e crise que promoveu uma oportunidade para que (o projeto delas ocorresse) sem maiores repercussões. As pessoas estavam passando fome e passaram a receber ajuda. Era um momento em que seria mais difícil contestar essa ação social."
Para Pope, embora a atuação desse grupo de mulheres tenha alcançado resultados em um pequeno bairro do Rio, o exemplo serve para pensar políticas amplas de combate à milícia que não envolvam só ações de segurança pública.
"As milícias são um sintoma violento da desigualdade no desenvolvimento urbano. Elas cumprem um papel social, político e econômico nas comunidades onde atuam", diz Pope.
"O trabalho desse grupo de mulheres mostra que é preciso pensar políticas para substituir a dependência que as pessoas têm da milícia por outras dependências que não envolvam uma forma violenta de gestão. É sobre reinventar sistemas e instituições que substituam modelos violentos de controle e coerção por outros mais justos e inclusivos."
*A BBC News Brasil trocou os nomes das entrevistadas e omitiu detalhes sobre onde atuam para garantir sua segurança.
Martin Cooper, engenheiro eletrotécnico da então empresa de rádio automotivo Motorola, ligou para um rival que trabalhava no Bell Labs, da AT&T, para informar que havia vencido a corrida da telefonia móvel.
"Estou ligando para você de um celular, mas um celular de verdade, pessoal, que cabe na mão", disse Cooper para o engenheiro concorrente Joel Angel. Antes da reviravolta, a AT&T liderava essa disputa com seu sistema de transmissão de ondas celulares.
A noção de um celular que cabia na mão era diferente da atual. O primeiro DynaTAC pesava 1,4 kg e tinha 25 cm de comprimento. Um tijolo vazado de 19 cm de comprimento pesa em média 2,2 kg. O próprio Cooper, hoje com 94 anos, disse em entrevista à AFP na quinta-feira (30) que era impossível segurar o aparelho por mais de 25 minutos —o tempo que durava a bateria do dispositivo.
O engenheiro Martin Cooper segura com sua mão esquerda um aparelho celular contemporâneo e com sua mão direita o primeiro protótipo DynaTAC, usado para ligar para o concorrente da AT&T, então conhecida como Bell Labs. - Valerie Macon/AFP
Ainda assim, Cooper liberou os telefones dos carros. Os aparelhos da AT&T ficavam acoplados a automóveis.
PUBLICIDADE
Para colocar o primeiro celular no mercado, a Motorola levou mais dez anos. Apenas em 1983, começou a vender o DynaTAC 8000x, por US$ 5.000 (US$ 15,4 mil em valores atuais, ou R$ 78 mil). Isso porque precisou desenvolver, com US$ 100 milhões, um sistema analógico de transmissão de rádio capaz de suportar a nova clientela, também chamado de DynaTAC.
A noção do que era um celular mudou ao longo dessa metade de século. Aparelhos começaram a tocar faixas em mp3, enviar emails, acessar navegadores de internet e baixar aplicativos. Os preços também baixaram. Nos Estados Unido, um iPhone 14 Pro custa a partir de US$ 999 (cerca de R$ 5.100)
A última revolução dos aparelhos telefônicos veio com o design minimalista do iPhone 2G da Apple, lançado em 2007. O feito consolidou a já grande fama do empresário Steve Jobs. A funcionalidade de multitouch, que permite selecionar dois pontos da tela ao mesmo tempo com os dedos, garante a experiência de uso de dispositivos móveis à qual estamos acostumados hoje.
Em entrevista ao veículo especializado em tecnologia Motherboard, dez anos atrás, Martin Cooper foi além. O engenheiro que idealizou o primeiro telefone móvel pensou no futuro da tecnologia como um chip implantado atrás da orelha, com acesso a uma rede de computadores. "Seria um telefone por voz em estado ótimo."
"O conceito de aplicativos está todo errado. O ideal seria ter uma inteligência artificial capaz de atender aos nossos pedidos, idealmente mais inteligente do que nós. Seria um servo portátil", disse o criador do celular, bem antes de a OpenAI lançar o ChatGPT, que tem impressionado as pessoas por suas capacidades textuais.
Na conversa de quinta-feira com a AFP, Cooper lamentou que as pessoas sejam consumidas pelas telas de seus smartphones. "Quando vejo alguém atravessando a rua olhando para o telefone, eu me sinto péssimo. Eles não estão pensando."
Em excesso, o celular pode causar problemas de sono e de postura, irritabilidade e sedentarismo. Esses efeitos colaterais podem ser piores para crianças, que não têm as capacidades socioemocionais de um adulto, de acordo com a professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Evelyn Eisenstein.
Segundo a pesquisa TIC Kids Online de 2022, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 96% dos jovens de 9 a 17 anos já têm celular no Brasil.
Em junho de 2022, o país já tinha 242 milhões de smartphones, conforme dados da pesquisa "Uso de Tecnologias da Informação no Brasil", da FGV (Fundação Getulio Vargas). O país tem mais de um aparelho por habitante desde 2016.
folha mercado
Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.
Carregando...
Evelyn Eisenstein recorda que, em 1990, quando chegaram os primeiros celulares no Brasil, o acesso era difícil. "Nós usávamos o aparelho nas emergências dos hospitais. Era um objeto pesado, que guardávamos em um cinto especial."
Ela se refere ao Motorola PT-550, que logo ganhou o apelido "tijolão" no país. O modelo, contando a antena externa no topo, alcançava 22,8 cm de comprimento. O design do celular era inovador por sua dobradiça que protegia as teclas de poeira. No exterior, o aparelho custava US$ 3.000 e tinhas as funções agenda telefônica e identificador de chamada.
Quem quisesse usar a linha de celular ainda tinha que desembolsar até US$ 20 mil para a estatal Telerj —e havia fila. O sistema de transmissão ainda era analógico, como aqueles dos Estados Unidos nos anos 1980.
O ex-deputado Eduardo Cunha, que presidiu a empresa de telefonia carioca entre 1991 e 1993, costuma dizer que liderou a implantação da telefonia móvel no Brasil. Essas primeiras linhas contavam com o prefixo "982". A estatal depois foi privatizada, como as outras subsidiárias e veio a dar origem à companhia que conhecemos como Oi, hoje em sua segunda recuperação judicial.
A estatal paulista Telesp só veio trazer o serviço para o estado em 1993. Em 1997, em Brasília, começou a operar o primeiro serviço de celular digital no Brasil. Nos anos 2000, o país começou a adotar o sistema de padrão europeu, GSM.
Com o avanço da tecnologia, hoje, é possível comprar um chip pré-pago em qualquer banca de jornal. Alguns aparelhos voltaram a ser dobráveis, como o então inovador "tijolão". Um aparelho de topo de linha, como o iPhone 14 Pro Max, custa a partir de R$ 9.499 na loja oficial da Apple.