RUY CASTRO
Ou em cueiros. Há duas semanas, em San Diego, Califórnia, um garoto americano de cinco anos, Kristoffer Hassel, digitou determinada senha para acessar a conta do pai na rede Xbox Live --seja lá o que for isto. (O fato de garotos de cinco anos poderem acessar a intimidade dos pais, na forma de uma conta eletrônica ou de um caderninho de telefones, é assustador.) Num engano nada típico para sua idade, o guri digitou um "código de acesso" incorreto. O Xbox acusou o erro e lhe enviou uma segunda tela de verificação.
Kris, sem querer, apertou a tecla de espaço e --surpresa-- o Xbox autorizou-o a se "logar" na rede. E, com isso, lá estava ele, com a conta do velho à disposição. Como sabia que tinha feito besteira, o menino acusou-se para seu pai, Robert, assim que este chegou em casa, e preparou-se para apanhar. Mas Robert não ficou zangado. Ao contrário. Como conhece as pessoas certas, comunicou à Microsoft a descoberta por seu filho de um lapso do equipamento.
Resultado: a Microsoft encantou-se com Kris por ele ter detectado um perigo em potencial nos seus serviços online e incluiu-o em sua exclusiva lista de pesquisadores de segurança. Assim, aos cinco anos e ainda com o nariz escorrendo, o fedelho é agora uma autoridade do mundo eletrônico.
Só lhe restará, aos 18, sair metralhando gente no pátio da escola.
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