sexta-feira, 30 de maio de 2025

Nova onda de geração de renováveis puxou aumento do consumo de energia, FSP

O consumo de energia no Brasil cresceu 1,3% no primeiro quadrimestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Os dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) apontam que esse crescimento foi puxado pelo avanço na geração renovável entre janeiro e abril: usinas eólicas produziram 25,7% mais energia, e as solares, 31,9% a mais.

A imagem mostra um grande campo de cultivo com fileiras organizadas de plantas ou culturas. O céu está parcialmente nublado, com algumas nuvens brancas e um fundo azul. Ao fundo, há uma colina verde e linhas de energia elétrica visíveis. O solo é de cor clara e há um caminho de terra que atravessa o campo.
Usina de energia solar em Várzea, na Paraíba - Zanone Fraissat - 13.jul.2024/Folhapress

Em média, o Brasil consumiu 73,5 GWm (Gigawatts médios) nos primeiros quatro meses de 2025. O mês com maior consumo de energia foi fevereiro, quando o país enfrentou uma forte onda de calor e a geração média alcançou 77 GWm.

Segundo a CCEE, o clima mais ameno e chuvoso teve impacto no consumo do mercado regulado, que atende casas e pequenos estabelecimentos. Esse segmento teve média de 43,9 GWm, uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior.

O mercado livre de energia, onde consumidores escolhem seus fornecedores, registrou consumo médio de 29,586 GWm, com crescimento de 10,7% em comparação ao ano anterior.

Três vezes mais

O resultado indica que 2025 pode trazer desempenho ainda melhor para o mercado livre do que em 2024. No ano passado, o número de migrações para essa modalidade triplicou em comparação a 2023, com 26.834 novos consumidores.

Nos estados, Acre Maranhão lideraram a alta no consumo de energia no período, com crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na sequência, aparecem o Pará, com aumento de 6%, Santa Catarina (4,4%) e Rio Grande do Sul (4,1%).

As maiores quedas no consumo ocorreram no Amapá (-9,7%), Rondônia (-7,6%), Mato Grosso do Sul (-6,7%) e Mato Grosso (-5,4%).

A pesquisa também apontou que a maior alta no consumo partiu do setor de saneamento, com aumento de 44,7%, seguido pelos serviços, com 23,8%, e o comércio, com 19,1%.

Dos 15 segmentos acompanhados, nenhum teve queda. Os crescimentos mais baixos foram do setor de telecomunicações (1,1%) e de químicos (0,3%).

Com Carlos Villela

 

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