Foram 230 votos a favor, 163 contrários e uma abstenção. Eram necessários 257 votos para que o requerimento fosse aprovado. Se passasse, a medida daria brecha para que a base aliada articulasse a votação do projeto diretamente no plenário, sem passar pela comissão.
Mesmo com a derrota, os governistas avisaram que vão apresentar novo requerimento para acelerar a tramitação do projeto. A oposição alega que, pelo regimento interno, o plenário não pode apreciar a mesma proposição rejeitada anteriormente. Com a rejeição do requerimento, o calendário de votação da matéria - previsto inicialmente para a próxima semana - fica comprometido.
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A derrota do governo foi comemorada pela oposição, que se articulou e aproveitou que menos de 400 deputados estavam presentes na sessão. “Com a Previdência também será assim”, avisou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). “O governo Temer registrou uma grande derrota”, celebrou Afonso Florence (PT-BA).
Erro. Diante do resultado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumiu a culpa pelo erro na votação. “Informo ao plenário que a votação aconteceu com quórum baixo, eu encerrei a votação em momento equivocado. O erro foi meu, tinham 50 deputados na Casa que não tiveram o direito de votar. Se a maioria dos líderes, de qualquer lado, apresentar novo requerimento, é uma decisão que pode ser pautada a qualquer momento”, afirmou.
Pela manhã, o presidente Michel Temer havia reunido deputados da base para fazer um apelo pela aprovação das reformas do governo, especialmente a da Previdência. Após a abertura de inquéritos contra dezenas de aliados na esteira das delações da Odebrecht, o peemedebista pediu para que os políticos não se intimidassem e disse que o governo não poderia ficar parado por causa das investigações.
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A derrota do requerimento para acelerar a tramitação da reforma trabalhista foi um banho de água fria no Planalto, que havia saído do café da manhã comemorando “os avanços nas negociações” e a “construção de consenso” em torno do texto da Previdência.
Deputados da base não esconderam a surpresa. Um importante nome do PMDB disse que o governo teria muito trabalho pela frente para não deixar as reformas “subirem no telhado”.
Durante a votação no plenário, parlamentares da oposição ocuparam a mesa diretora para protestar contra as revelações dos executivos da empreiteira. Mais cedo, policiais tentaram invadir a Câmara contra a reforma previdenciária. Houve tumulto e uso de gás de pimenta.
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