sábado, 11 de outubro de 2014

USP80: artigos resgatam a história de dez faculdades que ajudam a formar a USP


O ESTADO DE S.PAULO
11 Outubro 2014 | 02h 06


Este especial reúne o pensamento de um grupo de professores da Universidade de São Paulo que, sob a coordenação do presidente da Comissão dos 80 Anos da USP, José Goldemberg, resumiu em poucas linhas as contribuições de suas faculdades para a ciência e/ou as políticas públicas.
O resultado compõe um mosaico da influência da melhor universidade da América Latina na vida de milhões de brasileiros ao longo de oito décadas de história.
Goldemberg lembra que o que o jornalista Julio de Mesquita Filho e outros fundadores da universidade tinham em mente ao criá-la está no artigo 2.º do Decreto 6.283, de 25 de janeiro de 1934:
- Promover, pela pesquisa, o progresso da ciência;
- Transmitir, pelo ensino, conhecimentos que enriqueçam ou desenvolvam o espírito ou sejam úteis à vida;
- Formar especialistas em todos os ramos de cultura e técnicos e profissionais em todas as profissões de base científica ou artística;
- Realizar a obra social de vulgarização das ciências, das letras e das artes, por meio de cursos sintéticos, conferências, palestras, difusão pelo rádio, filmes científicos e congêneres.
Desde então, a universidade que tem orçamento maior que o de 90% dos municípios paulistas já graduou mais de 300 mil alunos e outorgou cerca de 45 mil títulos de doutor. E enfrenta vários desafios também pelo tamanho que conquistou: distribuídos por câmpus em sete cidades do Estado e centros de apoio e pesquisa em outros 12 municípios, há quase 90 mil alunos matriculados - 58 mil em cursos de graduação e 28 mil de pós -, além de cerca de 6 mil professores e 16 mil funcionários.

A USP nasceu de um sonho e de uma necessidade. O sonho: fundar a primeira universidade de São Paulo. A necessidade: promover uma reforma profunda no ensino superior, diagnóstico feito já em 1925 pelo jornalista Julio de Mesquita Filho, então diretor de O Estado de S. Paulo.
Quase dez anos após, em 25 de janeiro de 1934, a Universidade de São Paulo tornava-se realidade, com a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e a junção a outras já existentes. Jovens professores foram trazidos da Europa, especialmente da França. Claude Lévi-Strauss, Fernand Braudel e Roger Bastide, entre outros, deram o tom do que seria a USP: uma universidade de vanguarda. Seu lema, Scientia Vinces (pela ciência vencerás), estampado no brasão, norteou o caminho percorrido até aqui. O legado científico espalha-se por diversas áreas, do primeiro computador desenvolvido no País ao projeto Genoma.
Hoje, 80 anos depois, a USP é a melhor universidade da América Latina, além de figurar entre as 200 principais do mundo. Enfrenta desafios, como a necessidade de voltar-se para o mundo e a urgência em manter relevantes as pesquisas desenvolvidas. Desafios que exigem a frequente renovação dos ideais de sua fundação.
Veja como dez das principais faculdades contribuíram com a formação da USP:



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