quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cientistas fecham rachaduras em concreto usando superbactérias criadas em laboratório

Notícias - Infraestrutura/ Instituto de Engenharia

GizModo
Publicado em 19 de Novembro de 2010
Consertar danos no cocreto geralmente requer colocar mais concreto, ou tirar tudo e começar de novo. Mas graças a especialistas em germes da Universidade de Newcastle, bactérias personalizadas - "BacillaFilla" - podem ser o futuro dos reparos em concreto. 



As bactérias, uma vez lançadas em uma área com danos, se procriam e se espalham pelas rachaduras, e então morrem. Elas deixam para trás uma mistura de carbonato de cálcio, "cola bacterial" e seus próprios corpos filamentosos, mistura essa tão resistente quanto o concreto original. E não se preocupe: os pesqusiadores foram espertos o suficiente para criar dois mecanismos de reprodução nas bactérias. Um permite que elas se reproduzam apenas no concreto, porque só se dividem no pH específico dele. O outro mecanismo avisa quando o trabalho delas está feito, para não se rebelarem e cobrirem o mundo em carbonato de cálcio: 

As bactérias também contêm um gene autodestrutivo que evita que elas se proliferem para longe de seu alvo no concreto, porque um conjunto descontrolado de concreto bacterial que continuasse a crescer, apesar de todos os esforços para interompê-las, seria de certa forma incômodo. 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Horto para plantar favela


19 de novembro de 2010 | 0h 00
    Marcos Sá Correa - O Estado de S. Paulo
Veterano de lutas contra o patrimônio público no Rio, o deputado Edson Santos (PT) presenteou a cidade nessa antevéspera de Natal com um texto irrefutável. Não dá para refutá-lo porque cada palavra do texto colide com a seguinte, o que é admirável mesmo em numa época na qual os políticos brasileiros conquistaram a prerrogativa de dizer qualquer coisa.
A primeira frase de Edson Santos vai diretamente ao ponto final. Ela declara que "é perfeitamente possível conciliar a permanência dos moradores do Horto Florestal com a expansão da área de visitação do Parque Jardim Botânico, também conhecida como arboreto". Pode-se parar por aí. Para começo de conversa, ele junta "moradores" com "Horto Florestal", como se não houvesse o menor atrito entre essas palavras.
E o pior é que, até aí, tudo bem. O oxímoro retrata a realidade, porque a realidade ali é absurda. Aquilo se chama Horto porque abrigou até meados do século passado talhões de mudas para reflorestamento. Eles constam de mapas do Ministério da Agricultura até meados da década de 1940. Suas alamedas tinham nomes de árvores.
Era, então, um Horto ao pé da letra. A cidade o perdeu. Ele foi surrupiado por administrações pródigas e funcionários espertos; depois, por descendentes e colaterais de funcionários espertos; enfim por amigos e locatários de funcionários espertos. Qualquer um aproveitou a bagunça para se aboletar no jardim.
O Jardim Botânico sequer fez a conta das casas que semeava. Seu número ainda varia entre 550 e 621. Há entre elas residências funcionais que guardam os traços da arquitetura oficial. E também biroscas, garagens, oficinas e puxadinhos para acomodar famílias que procriam, parentes que chegam de longe e carros que não param de se multiplicar.
Favelizou-se, portanto, um jardim bicentenário do Rio de Janeiro. Com pretextos tão frágeis que bastou a teimosia de um procurador para desmontá-los. Ele se chama Luiz Cláudio Pereira Leivas. Disparou sobre cada imóvel do Jardim Botânico um petardo jurídico de longo alcance e mira telescópica. Seus processos tramitaram sozinhos por quase duas décadas, sem que qualquer diretor do Jardim Botânico movesse um dedo para empurrá-los. Vingaram pela força de seus próprios argumentos. E as sentenças para reintegração da posse começaram a despontar em série, uma a uma, nas mais altas instâncias judiciais.
Aí, com o caso julgado, a Secretaria do Patrimônio da União resolveu descumprir as sentenças. O deputado Edson Santos, recém-desembarcado do governo federal, onde foi ministro da Integração Racial, defende essa nova, militante e omissa SPU contra o tradicional Serviço do Patrimônio da União. Ele aprecia invasões. Elege-se em parte com o apoio delas. Defende-as por princípio e por afinidade política. Apoia até a invasão que desfigurou na zona oeste a Colônia Juliano Moreira. Nela, só restam sintomas de sanidade ambiental e administrativa no pavilhão dos dementes. O resto, a loucura fundiária e urbanística do Rio de Janeiro contagiou.
Isso faz do deputado Edson Santos um especialista no assunto? Quem dera. A especialização é artigo em baixa na política brasileira. Ao advogar a invasão do Horto, ele errou feio. Definiu de cara o arboreto como "área de visitação do Parque Jardim Botânico". Ainda nem percebeu que o arboreto é, oficialmente, o laboratório a céu aberto de um instituto de pesquisas chamado Jardim Botânico do Rio de Janeiro, cuja Escola Nacional de Botânica Tropical está, por sinal, separada dos laboratórios e bibliotecas pela favela do tal "Parque Jardim Botânico". Isso só ele sabe o que é e onde fica. 


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Vendas de imóveis novos têm queda de 45% na cidade de São Paulo

17/11/2010 - 07h51


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DE SÃO PAULO
A venda de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo teve queda de 44,84% em setembro deste ano, frente o mesmo período de 2009. Foram comercializadas 2.785 unidades, ante resultado de 5.049. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Secovi-SP.
No entanto, na comparação com o mês anterior, quando foram vendidos 1.638 imóveis, houve um aumento de 70%.
Em agosto, as vendas de imóveis novos também tinham recuado, com redução de 54,2%, no confronto com o mesmo mês no ano passado. Na comparação com julho, a diminuição nas vendas também foi expressiva (48,4%).
Na época, a entidade explicou que as dificuldades para viabilização de empreendimentos na cidade, o que inclui terrenos com valor alto e a legislação urbanística vigente, resultaram na fuga dos empreendedores para os outros 38 municípios da Grande São Paulo.
VENDAS SOBRE OFERTA
O indicador VSO (Vendas sobre Oferta) foi de 26,4% em setembro. O índice mede o desempenho de comercialização e é expresso pela relação entre o número de unidades vendidas e a oferta no mês (unidades remanescentes acrescidas dos lançamentos). Em agosto, tinha sido de 17,4 e em setembro de 2009 ficou em 30,8.
Apesar da retração no nono mês do ano frente ao desempenho do ano passado, a entidade aponta que as perspectivas para o mercado imobiliário na cidade de São Paulo são de crescimento em relação a 2009. O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, estima terminar o ano com 36 mil unidades vendidas, enquanto os lançamentos podem atingir de 33 mil a 35 mil unidades, conforme indicam prévias sobre lançamentos.
O total de imóveis vendidos em São Paulo entre janeiro e setembro deste ano é de 24.605 unidades, queda de 1,9% sobre igual período de 2009, quando se foram comercializados 25.087 imóveis.
Quanto à segmentação, os imóveis com dois dormitórios responderam pelo maior volume de vendas em setembro, 37,8% do total, seguidos por aqueles com quatro dormitórios, equivalentes a 32,6% das unidades.
REGIÃO METROPOLITANA
O Secovi informou ainda que, considerando a região metropolitana do Estado, composta por 39 municípios, as vendas de imóveis somaram 4.723 unidades em setembro, crescimento de de 23,5% sobre o mês anterior.
O número de lançamentos na região, conforme a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), totalizou 7.660 unidades no mês, com alta de 60,1% sobre agosto. O volume de 2.894 unidades residenciais lançadas em setembro na cidade de São Paulo representou 37,8% do total produzido.