sábado, 21 de março de 2015

Dispositivo promete transformar água salgada em água potável

onte: Wanise Martinez
Atualizado em: 19/03/2015 às 18h44
A água é purificada por ebulição | Divulgação
A água é purificada por ebulição | Divulgação
Estima-se que uma em cada nove pessoas no mundo não tenha acesso a água potável, o que significa que mais de 780 milhões de pessoas estão sofrendo com doenças relacionadas com a água, especialmente nos países em desenvolvimento, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a Unicef. E isso tende a piorar porque as mudanças climáticas estão afetando mais e mais o planeta, fazendo com que a escassez pareça inevitável. Diante desse cenário e com tanta água salgada ao redor do mundo, por que não focar em tornar limpa parte dessa fonte?
Foram inventados muitos dispositivos que propõem isso ao longo dos últimos anos, mas eles são muito caros e nem todos os países podem pagar por eles. Com isso em mente, o holandês e engenheiro mecânico William Janssen desenvolveu um gadget inovador que purifica qualquer tipo de água com a ajuda do sol, o Desolenator.
“É puramente dessanilização da água por ebulição. Nós só precisamos da luz do sol para criar água destilada que passa por um coletor e então ferve”, explica Janssen. “Tinha pensado em telhados usados como coletor solar para aquecer a água por um tempo. Também tinha pensado em integrar um painel de PV (painel solar fotovoltaico) neles. Quando me mudei para o Oriente Médio [Abu Dhabi], comecei a pensar em usar essa combinação para a dessanilização. No entanto, não sabia como condensar o vapor, até que eu vim com a troca do calor. E percebi que tudo estava em seu lugar.”
Água para todos
Trabalhando com um único método de destilação da água, o dispositivo limpa qualquer impureza da líquido e é capaz de fazer o mesmo com água salinizada, que é mais difícil de lidar, sem precisar de produtos químicos ou filtros. Ele só tem que ser aquecido diariamente para que os painéis fiquem quentes e a energia recebida seja refletida e convertida em calor. O gadget captura luz para fazer o trabalho. A ideia é ajudar milhões de pessoas pelo mundo até 2020. “Estamos atualmente na fase de testes e temos a ideia de tornar o procedimento o mais confiável possível. Nosso objetivo é produzir 15 litros de água por dia com a menor unidade”, disse. “Nossa meta é ter o produto pronto para envio para Q42015 [certificação] e então atingir todos os mercados.”
Quando perguntado porque não podemos usar mais do poder solar para ajudar em soluções importantes, o criador do Desolenator diz que nós precisamos nos acostumar com esse uso e acreditar que a implementação será acelerada em breve. “O mais importante é continuar nesse caminho. Para pessoas com acesso à água poluída ou com água salinizada nós oferecemos a solução”, diz ele. “Para outros, nós temos um plano diferente. Nós só precisamos ter certeza de que aprendemos a usar a água de maneira mais sensata.”
Gadgets que purificam H2O
Tecnologias criadas para dispositivos de uso simples transformam a qualidade da água melhorando a vida das pessoas em diferentes partes do mundo. Conheça algumas das criações mais bem-sucedidas:
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Obras na linha 4 do metrô paulista serão retomadas em abril, diz consórcio

Fonte: Agência Brasil
Atualizado em: 21/03/2015 às 9h39
Canteiro de obras da estação Oscar Freire, da linha 4-Amarela | André Porto/Metro
Canteiro de obras da estação Oscar Freire, da linha 4-Amarela | André Porto/Metro
O consórcio Corsán-Corviam deve retomar as obras na linha 4 – Amarela do metrô de São Paulo até o fim de abril. Após reuniões entre dirigentes do metrô, do consórcio e da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, houve acordo que definiu ainda o prazo de 12 meses para a conclusão das estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire, além do pátio e do terminal de ônibus de Vila Sônia.
O contrato para execução do restante das obras na linha 4, pelo mesmo consórcio, será rescindido. Haverá nova licitação para que as estações Morumbi e Vila Sônia sejam concluídas.
As obras da segunda fase da linha, que incluem as quatro estações citadas, foram licitadas em 2011 e começaram em abril de 2012. Em janeiro de 2015, o Metrô acionou o consórcio por causa da redução do ritmo das obras, que estariam atrasadas.
O acordo entre as partes foi avalizado pelo Banco Mundial (Bird), que financia a obra, o que, segundo o Metrô, “garante a disponibilidade dos recursos para a conclusão da linha”.
No mêds passado, o governador Geraldo Alckmin anunciou que nova licitação deveria ser feita para que outra empresa assumisse o restante das obras.
Na época, ele disse que o consórcio não tinha equipamentos nem insumos para que as obras continuassem. “Já comunicamos ao Banco Mundial para fazer rescisão contratual. Vamos levantar a garantia e aí, certamente, relicitar a obra”, ressaltou.
Em nota, a concessionária havia respondido que, por causa do desequilíbrio econômico-financeiro da obra, vinha fazendo esforços para reajustar o fluxo de pagamentos do projeto de construção da Linha 4 do Metrô.
“O fato foi gerado por atrasos na entrega e definição dos projetos executivos por parte do Metrô. Além disso, há morosidade na aprovação de novos serviços, cuja responsabilidade está fora do escopo do contrato inicial”, acrescentou a nota.

-- Comissão Nacional da Verdade na OEA, via Conectas

Conectas Direitos Humanos comunicacao@conectas.org

17:53 (Há 15 horas)
para


Entidades cobram a implementação das recomendações e pedem acompanhamento da CIDH.
 
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As recomendações contidas no relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV) devem ser implementadas de forma 
​​
​consistente 
pelo Estado brasileiro, cobraram nesta sexta-feira (20/3) entidades de três países perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA).
 
A audiência em Washington foi solicitada por Conectas
​ Direitos Humanos​
, Comissão Justiça e Paz de São Paulo, o Centro de Estudios Legales y Sociales (Cels, Argentina) e  Wola (Washington Office for Latin America) e contou com a presença de representantes do governo brasileiro.
 
A CNV investigou entre 2012 e 2014 as violações dos direitos humanos cometidas pelo Estado no período 1946-88, que inclui a ditadura militar 1964-85.
 
Ao abrir a audiência, Rafael Custódio da Conectas afirmou “as organizações peticionárias acreditam que a concessão deste espaço pode propiciar o início de um processo em que o Estado e a sociedade civil discutam, com base nos padrões do Sistema Interamericano, os desafios para a plena garantia do direito à memória, verdade e justiça no Brasil, à luz do relatório final da Comissão da Verdade”. 

Uma das principais recomendações da CNV, entre as 29 feitas, é a de que agentes públicos sejam responsabilizados juridicamente pelas violações ocorridas no período investigado, afastando a aplicação da Lei de Anistia. Durante a audiência os comissionados Felipe Gonzalez e José Oro
​z
co destacaram “as comissões da verdade não substituem outro tipo de verdade: a que oferece a investigação e a sanção penal dos responsáveis”.
 
As demais recomendações feitas pela CNV para os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário visam reformas institucionais para evitar futuras violações. Entre elas estão a criação de mecanismos para prevenir e combater a tortura, a criação da audiência de custódia, o fortalecimento dos Conselhos da Comunidade, a criação de órgãos de perícia independentes, a instituição de ouvidorias e corregedorias externas no sistema prisional e a reforma das polícias.
 
As entidades pediram que a CIDH monitore a implementação das recomendações, incluindo a criação de um órgão permanente pelo governo que seja responsável por supervisionar os avanços. Durante a audiência, a comissionada Rosa Maria Ortiz questionou o Governo Brasileiro sobre a falta de avanços nesse sentido. O governo
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 só respondeu que 
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está ainda estudando alternativas
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“Sem a criação de um órgão responsável do monitoramento das recomendações continuaremos tendo ações isoladas mas não uma política de Estado para lidar com o passado autoritário recente” afirmou Juana Kweitel, Diretora de Programas da Conectas.  
 
Durante a audiência foi apresentado um depoimento do Sr. José Carlos Dias, ex-membro da CNV e integrante da Comissão Justiça e Paz de São Paulo:https://www.youtube.com/watch?v=nlMxNOr7hVg

Veja aqui a audiência na íntegra:  https://www.youtube.com/watch?v=RrFmhA3Q1kU

Contato para entrevistas:
Juana Kweitel - 11 98352 5778
Diretora de Projetos da Conectas


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