Antes mesmo da crise de abastecimento no Estado, a escassez de água era uma realidade para pelo menos 1,6 milhão de pessoas. Ou seja, 9,5% dos consumidores atendidos pela Sabesp na região metropolitana de São Paulo.
Os números referentes ao ano de 2012, obtidos pela Folha, são da própria companhia de saneamento.
Várias áreas da Grande São Paulo, inclusive na capital, estão listadas como críticas nos mapas da empresa.
"Há anos temos o problema de abastecimento de água, apesar de a situação ter piorado muito nos últimos seis meses. Ficamos pelo menos dez vezes sem água nas torneiras neste período", afirma o advogado Ronaldo Joaquim Patah Batista, síndico do condomínio Tamboré 4.
Para a Sabesp, o loteamento é abastecido pela rede da cidade de Barueri.
A situação ficou tão grave, conta Batista, que ele entrou com uma ação na Justiça contra a companhia estadual.
"Temos todos os registros, os funcionários da Sabesp vêm aqui todos os dias [do lado de fora, onde está a entrada da rede] e fecham o registro, sem aviso", afirma.
O condomínio de 320 casas na zona oeste da Grande São Paulo não é o único a ter problemas antigos de fornecimento de água.
Mesmo antes da grave crise hídrica, não é raro faltar água em ruas e bairros de Cotia, Santana de Parnaíba, Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu, por exemplo.
Muitos moradores dizem conviver, há anos, com um rodízio informal, sem avisos.
"É por isso que entramos com a ação. Queremos que a Sabesp, pelo menos, seja obrigada a nos avisar que vai cortar a nossa água", diz Batista, morador do Tamboré.
De acordo com a Sabesp, a maior parte da população afetada está em áreas periféricas da região metropolitana, no que a empresa chama de "cidade informal".
Por meio de nota, a empresa informa "que não tem competência legal para regularização de ocupações [...] e áreas informais".
ESCALA
Para definir as regiões críticas de abastecimento, a Sabesp monitora três tipos de indicadores, que são medidos durante todo o ano.
Um deles é a quantidade de água que chega ao local -a empresa tem uma divisão própria das regiões, chamadas de setores.
O segundo é o índice de distribuição, que mostra quantos dias do ano a área ficou sem água.
O terceiro mapeia o número de contatos que a empresa recebeu, de uma determina região, sobre falhas.
Segundo o Plano Metropolitano de Água III, para melhorar a situação das áreas críticas, serão necessários, pelo menos, R$ 5,1 bilhões -contando o novo sistema São Lourenço, até 2018.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem (31/5), 35% dos paulistanos dizem ter enfrentado problemas no fornecimento de água no último mês.
Os números referentes ao ano de 2012, obtidos pela Folha, são da própria companhia de saneamento.
Várias áreas da Grande São Paulo, inclusive na capital, estão listadas como críticas nos mapas da empresa.
"Há anos temos o problema de abastecimento de água, apesar de a situação ter piorado muito nos últimos seis meses. Ficamos pelo menos dez vezes sem água nas torneiras neste período", afirma o advogado Ronaldo Joaquim Patah Batista, síndico do condomínio Tamboré 4.
Para a Sabesp, o loteamento é abastecido pela rede da cidade de Barueri.
A situação ficou tão grave, conta Batista, que ele entrou com uma ação na Justiça contra a companhia estadual.
"Temos todos os registros, os funcionários da Sabesp vêm aqui todos os dias [do lado de fora, onde está a entrada da rede] e fecham o registro, sem aviso", afirma.
O condomínio de 320 casas na zona oeste da Grande São Paulo não é o único a ter problemas antigos de fornecimento de água.
Mesmo antes da grave crise hídrica, não é raro faltar água em ruas e bairros de Cotia, Santana de Parnaíba, Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu, por exemplo.
Muitos moradores dizem conviver, há anos, com um rodízio informal, sem avisos.
"É por isso que entramos com a ação. Queremos que a Sabesp, pelo menos, seja obrigada a nos avisar que vai cortar a nossa água", diz Batista, morador do Tamboré.
De acordo com a Sabesp, a maior parte da população afetada está em áreas periféricas da região metropolitana, no que a empresa chama de "cidade informal".
Por meio de nota, a empresa informa "que não tem competência legal para regularização de ocupações [...] e áreas informais".
ESCALA
Para definir as regiões críticas de abastecimento, a Sabesp monitora três tipos de indicadores, que são medidos durante todo o ano.
Um deles é a quantidade de água que chega ao local -a empresa tem uma divisão própria das regiões, chamadas de setores.
O segundo é o índice de distribuição, que mostra quantos dias do ano a área ficou sem água.
O terceiro mapeia o número de contatos que a empresa recebeu, de uma determina região, sobre falhas.
Segundo o Plano Metropolitano de Água III, para melhorar a situação das áreas críticas, serão necessários, pelo menos, R$ 5,1 bilhões -contando o novo sistema São Lourenço, até 2018.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem (31/5), 35% dos paulistanos dizem ter enfrentado problemas no fornecimento de água no último mês.
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