Repórteres da Rede Globo Nordeste usam iPhone para enviar notícias, do Mobile TIme
Fernando Paiva
O iPhone virou instrumento de trabalho para os repórteres da Rede Globo Nordeste. A empresa adotou um aplicativo chamado publiQ, que serve de interface para envio de notícias da rua para a redação. O app permite a gravação e envio de vídeos, áudios, fotos ou textos direto para o sistema de publicação da TV, onde editores acompanham o conteúdo que chega e escolhem o que pode ser aproveitado para o site do G1 Pernambuco ou para o noticiário televisivo. A solução foi desenvolvida pela brasileira i2 Mobile Solutions e está sendo usada por cerca de 30 repórteres da afiliada da Rede Globo.
"Como atendíamos a empresas de comunicação há alguns anos, percebemos a dificuldade delas na transição para a mobilidade", comenta Luciano Ayres, sócio-diretor da i2. "A proposta é dar mais agilidade à publicação de conteúdo. Agora a redação pode ser alimentada de qualquer lugar", explica o executivo. Os repórteres da Globo Nordeste têm usado o publiQ principalmente para notícias de trânsito, que são aproveitadas no portal G1 Pernambuco.
O app é distribuído para os repórteres através de uma loja corporativa de aplicativos da i2. Ou seja, não está disponível para download na App Store aberta aos consumidores em geral. Porém, a pedido de um novo cliente, será disponibilizada em breve uma versão para que os próprios leitores/telespectadores gerem conteúdo e enviem para a redação. Uma versão para Android também está em desenvolvimento.
O publiQ pode ser integrado a sistemas legados de publicação. A ideia é não gerar qualquer impacto de TI, evitando mudanças que poderiam sofrer resistência por parte dos profissionais.
Expansão
A Rede Globo Nordeste é a primeira cliente, tendo iniciado a utilização há três meses. Mas em breve outra emissora de TV em atividade no Nordeste adotará o publiQ. Há também negociações em curso com um portal de Internet. A projeção de Ayres é ter entre 30 e 40 grandes grupos de comunicação usando a solução até o fim do ano, somando cerca de 3 mil repórteres.
O executivo acredita que na maioria dos casos os jornalistas serão estimulados a usar seus smartphones pessoais, sem a necessidade de o veículo de comunicação adquirir aparelhos corporativos. "Antigamente os funcionários tinham acesso a uma nova tecnologia quando sua empresa a provinha, agora isso se inverteu: a empresa é apresentada à tecnologia pelos seus funcionários", comentou, referindo-se particularmente à mobilidade.
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