quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Cidade em SC teve sensação térmica de -21°C, FSP

 A combinação entre temperatura e vento deixou a população da cidade de Urubici, em Santa Catarina, com uma sensação térmica de -21ºC por volta das 5h desta quarta-feira (14), de acordo com a Epagri/Ciram. A temperatura no local estava em -3,6ºC.

Outras cidades de Santa Catarina também amanheceram geladas. A temperatura mais baixa desta quarta no estado, -4,6ºC, foi registrada em Urupema, distante pouco mais de 50 km de Urubici. As duas cidades estão localizadas na serra catarinense.

Na cidade de São Joaquim (SC), os termômetros registraram -3,7°C nesta terça-feira (13) - Mycchel Legnaghi/iShoot/Folhapress

Segundo a meteorologista Gilsânia Cruz, da Epagri/Ciram, a temperatura mais baixa do ano em SC continua sendo -7,2ºC, registrada em Urupema em 30 de junho.

Nesta terça-feira (13), temperaturas negativas foram observadas em pelo menos 53 municípios do estado, devido a massa de ar frio de origem polar que atua no sul do país. No fim da semana, o estado volta a esquentar.

No Paraná, estado vizinho, as temperaturas também permaneceram baixas nesta semana. Na capital, Curitiba, o dia mais frio do ano foi registrado nesta quarta-feira (14): 1,3ºC na madrugada, com sensação térmica de 0ºC, segundo o Simepar.

Nesta terça, o Paraná já havia batido um recorde. Foi registrado o dia mais frio de 2024 no estado, na cidade de General Carneiro, com -5,3°C. A sensação térmica no local chegou a -9,2°C.

O Simepar explica que as baixas temperaturas têm relação com um anticiclone que atravessa o estado. Assim, o ar frio de níveis mais altos da atmosfera é jogado para a superfície. Isso se modifica já a partir desta quinta-feira (15) no estado, com elevação gradual da temperatura, e o fim de semana deverá ser de sol e calor.

Moraes não é Moro, Thiago Amparo FSP

 Brasília acordou e se deparou com um elefante na sala: a correspondência em que o gabinete de Alexandre de Moraes ordenou —"por mensagens e de forma não oficial", nas palavras desta Folha— a produção de relatórios pelo TSE, que presidia à época, para fundamentar a investigação de fake news no STF, que ele mesmo conduzia na corte (com o aval do plenário do Supremo, aliás).

O jornal afirmou que a atuação de Moraes estaria fora do rito. O rito era Moraes (STF) oficiar o Moraes (TSE). Qualquer análise precisa partir do fato de que as instituições estavam lidando com um campo político que queria implodir a democracia e literalmente o fez no fatídico 8 de janeiro. Sem essa clareza histórica, o que é análise vira inocência.

O ministro do STF Alexandre de Moraes - Pedro Ladeira/Folhapress

Nem tudo que cheira mal é ilegal, mas nem por isso deixa de ser pouco transparente e esquizofrênico. É o caso. Moraes não é Sergio Moro: não emitiu ordens a pessoas a ele não subordinadas, como promotores; o gabinete do ministro emitiu ordens para subordinados a ele em outro órgão. Ilegal não é se Moraes poderia ordenar, legalmente, ele mesmo a produção de relatórios.

Folha acerta ao expor as mensagens; errará, no entanto, se não explicar ao leitor que são situações distintas. O problema de Moraes é a falta de transparência dos atos, por mensagem, e a eventual interferência (se houve) no conteúdo dos relatórios do TSE por seu gabinete do STF. O caso evidencia algo a que um país de pequenos poderes não está acostumado: a mesma pessoa não significa o mesmo cargo.

Parte da esquizofrenia, no entanto, é institucional e é dupla: ter um membro do Supremo presidindo a Justiça Eleitoral significa, consequentemente, ter um juiz do Supremo que acumula o poder de polícia do TSE e o poder de presidir inquérito criminal no Supremo. É incoerência e faz mal à democracia, mas não é culpa de Moraes e sim do desenho institucional da Justiça brasileira —e nisto é falho e opaco, favorecendo os corredores do poder e não seu escrutínio público.

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Quem ganhou o debate à Prefeitura de São Paulo? Veja a análise dos colunistas do Estadão, OESP

 Seis candidatos à Prefeitura de São Paulo participaram nesta quarta-feira, 14, de um debate promovido pelo Estadão, pelo portal Terra e pela FAAP. Em meio a algumas propostas colocadas nos blocos temáticos propostos pela organização, houve embates mais ásperos, discussões e até xingamentos. Mas, afinal, com cada candidato tentando colocar sua estratégia em prática, quem venceu o debate, o segundo entre os postulantes nessa disputa eleitoral? Veja a análise dos colunistas do Estadão:

Candidatos à Prefeitura de São Paulo em debate nesta quarta-feira, 14
Candidatos à Prefeitura de São Paulo em debate nesta quarta-feira, 14 Foto: Felipe Rau/Estadão

Para você

Eliane Cantanhêde: Debate teve guerra de personalidades e Tabata segue o rumo de Simone Tebet em 2022

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Foram quatro à direita contra um à esquerda, com Tabata Amaral (PSB) ao centro, repetindo na campanha municipal a trajetória e a estratégia de Simone Tebet (MDB) na presidencial de 2022: fazer-se conhecida, criar uma marca de seriedade e disciplina e se preparar para o futuro. Foi a que mais apresentou propostas e mais se mostrou mais bem informada sobre necessidades de São Paulo.

De um lado, Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) com um discurso e propostas mais identificadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive numa questão central de Norte a Sul nestas eleições: a segurança pública. De outro, Guilherme Boulos (PSOL), candidato do presidente Lula e do PT, com Tabata correndo por fora.

Leia a íntegra da coluna.

Ricardo Corrêa: Tabata e Nunes têm linha propositiva, e Boulos aceita briga que Marçal propôs para viralizar

A maior parte dos candidatos à Prefeitura de São Paulo conseguiu encaixar perfeitamente a estratégia proposta para o debate realizado pelo Estadão, pelo Terrra e pela FAAP. Diferente entre eles, é verdade. Enquanto Tabata Amaral tentou enfatizar que tem uma linha mais propositiva e Ricardo Nunes buscou demonstrar serenidade, Pablo Marçal repetiu o objetivo de viralizar com brigas e teatralidade. Guilherme Boulos aceitou esse convite para a briga, mas tentando deixar a postura mais ácida apenas para o embate com o nome do PRTB. Marina Helena se aprofundou na busca por se colocar como única candidata da direita, enquanto José Luiz Datena ficou mais uma vez apagado, com dificuldades para dosar o tempo e se sobressair em meio aos colegas. Ele nem brigou, nem conseguiu encaixar propostas.

Leia a íntegra da coluna.

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Fabiano Lana: Cada candidato quis criar seu próprio personagem, mas vai ficar a baixaria

Com seus mais de 12 milhões de habitantes, São Paulo é uma cidade indecifrável. Uma capital mundial com sua combinação de opulência, miséria, concreto, asfalto, tráfego e tráfico. À diferença de uma cidade múltipla e enigmática, os candidatos à prefeitura que se apresentaram hoje em debate promovido pelo Estado de S. Paulo em parceria com o portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado quiseram se mostrar em figurinos bem específicos, fechados, para serem identificados pelo eleitor. Entre momentos muito baixos, de brigas de bar, saiba o que ficou de cada candidato.