quinta-feira, 8 de março de 2018

Fórum Náutico Paulista promove encontro regional com municípios do Paranapanema para discutir o projeto Angra Doce

O encontro da Câmara Temática de Turismo Náutico do Fórum Náutico Paulista, que ocorreu nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, na Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, definiu para o dia 15 de março uma reunião com os dez prefeitos paulistas da região do Paranapanema para discutir o levantamento do Estudo Mercadológico e de Indicadores Socioeconômicos da Cadeia Náutica de Lazer e Turismo na Região do Angra Doce.
O prefeito de Timburi, Paulo Cezar Minozzi, irá organizar e convocar todos os representantes do executivo da região para o encontro da semana que vem.
A área Angra Doce abrange os municípios de Chavantes, Ourinhos, Canitar, Ipaussu, Timburi, Piraju, Fartura, Bernardino de Campos, Itaporanga e Barão de Antonina, no Estado de São Paulo e as cidades de Ribeirão Claro, Carlópolis, Siqueira Campos, Jacarezinho e Salto do Itararé, no Estado do Paraná.
Para o presidente do Fórum, Marco Antonio Castello Branco, é fundamental que todos os dez municípios paulistas da região possuam o selo do MIT – Município de Interesse Turístico.
“Vamos fazer um levantamento do que está faltando de documentação para cada cidade. Precisamos solucionar rapidamente essas questões para transformar os municípios em MIT e depois criar o circuito turístico de Angra Doce”, disse Castello Branco.
No encontro do dia 15 de março será apresentado o diagnóstico por cidade para ter o selo do MIT e os detalhes do projeto de Angra Doce.
Para o coordenador de Desenvolvimento Regional e Territorial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Machado, o momento é apropriado para essa discussão.
“Temos que aproveitar esse momento oportuno e trabalhar em conjunto para contratar um estudo técnico para região e desenvolver todo o potencial turístico dos municípios”, disse Machado.
Sobre Angra Doce
O Projeto de Lei nº. 3031/2015 busca instituir a região de Angra Doce como Área Especial de Interesse Turístico, composta por municípios dos Estados de São Paulo e Paraná.
A iniciativa visa resguardar a riqueza natural da região e ampliar o potencial de Turismo dos rios e represas que banham os municípios.
O reservatório da Usina Hidrelétrica de Chavantes, localizada no Rio Paranapanema, a três quilômetros da foz do Rio Itararé, ocupa uma área de aproximadamente 400 km2 que deu origem a um grande lago repleto de belezas naturais, o que permitiu aos municípios do seu entorno aproveitar o potencial para desenvolver entretenimento e lazer, com condições de se tornar um importante destino turístico do país.
Sobre o Fórum Náutico Paulista
O fórum tem por finalidade apoiar, coordenar e fomentar as ações voltadas ao desenvolvimento do setor náutico paulista, contribuindo com os diversos segmentos relacionados aos esportes, turismo, indústria, comércio e serviços, no acompanhamento e articulação das ações voltadas para a implementação das atividades do setor.
Além de integrar e aproximar os partícipes com vistas a promover o desenvolvimento e elevar a competitividade das empresas paulistas do setor náutico, promover a participação de instituições públicas e privadas e demais agentes envolvidos no setor náutico do Estado, colaborando para a integração de suas políticas e ações.
Poderá trabalhar em articulação com outros fóruns para o fortalecimento do setor e poderá contar com comissões internas e externas compostas por representantes das entidades representativas do setor.
Possui Câmaras Temáticas que desenvolvem seus trabalhos de forma sistematizada, de caráter temporário e que atuam com a atribuição de coordenar as reuniões e zelar pelo desenvolvimento dos trabalhos.
Sobre o setor náutico
Atualmente, a Região Sudeste possui 40 estaleiros que geram mais de 100 mil empregos diretos e indiretos. Os quatro estados são responsáveis por aproximadamente 50% da produção da frota náutica. Em 2014, o mercado movimentou US$ 700 milhões, importou 204 embarcações e vendeu 6.100 jets.

Indústria paulista registra aumento de 4% no consumo de gás natural em 2017, SP.GOV


Fonte: Secretaria de Energia e Mineração
Setor industrial é responsável por 81,1% do consumo de gás natural do Estado

Após dois anos de queda, a indústria paulista registrou em 2017 aumento de 4% no consumo de gás natural do Estado, totalizando 4 bilhões de metros cúbicos (m³). A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, no Boletim Energético da Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo.
Responsável por 81,1% do consumo de gás natural do Estado, o setor industrial registrou 63 novas unidades consumidoras. “A ampliação da produção, principalmente do setor cerâmico no segundo semestre do ano passado, foi um dos principais fatores para a retomada do consumo de gás no estado”, explica o secretário de Energia e Mineração de São Paulo, João Carlos Meirelles.
São Paulo registrou queda na utilização de gás nas indústrias nos primeiros seis meses do ano, mas de julho a dezembro o setor apresentou recuperação fechando o ano de 2017 com saldo positivo.
Já o setor residencial, que representa 5% do consumo estadual, apresentou um acréscimo de 6,8% sobre o mesmo período de 2016, graças à expansão da rede de distribuição de gás canalizado e a entrada de mais de 47 mil unidades consumidoras.
O comércio também foi outro setor que apresentou elevação no acumulado do ano, com alta de 6,6%. O consumo de gás natural veicular – GNV apresentou no ano uma variação positiva de 2,1% e a cogeração cresceu 8,2%.
O único setor que registrou queda no consumo de gás natural no ano passado foi o de geração termoelétrica. “Com o regime favorável de chuvas e a entrada de novas eólicas do nordeste, o Operador Nacional do Sistema optou por desligar as térmicas de São Paulo, que em 2017 funcionaram apenas alguns dias de janeiro. Isso fez com que o consumo total de gás do estado fosse inferior ao ano anterior”, disse Meirelles.
O Estado de São Paulo consumiu 4,9 bilhões de metros cúbicos em 2017, volume 1,1% inferior em comparação com 2016.
O gás natural é distribuído no Estado de São Paulo pelas concessionárias Comgás, Gás Brasiliano e Gás Natural Fenosa, que atendem respectivamente 177, 375 e 93 municípios.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Metade dos jovens brasileiros têm futuro ameaçado, alerta Banco Mundial, OESP

BRASÍLIA - Um em cada dois jovens brasileiros com idade entre 19 e 25 anos corre sério risco de ficar fora do circuito dos bons empregos no País e, com isso, está mais vulnerável à pobreza. É o que aponta o relatório “Competências e Empregos: Uma Agenda para a Juventude”, divulgado pelo Banco Mundial.


Opção pela escola pública
Relatório aponta que situação dos jovens também coloca em risco o crescimento da economia brasileira Foto: Fabio Motta/Estadão
O documento diz que 52% da população jovem brasileira, quase 25 milhões de pessoas, estão desengajados da produtividade. Nessa conta, estão os 11 milhões dos chamados “nem-nem”, aqueles que nem trabalham, nem estudam. A eles, foram somados aqueles que estão estudando, mas com atraso em sua formação. E os que trabalham, mas estão na informalidade.
“É uma população que vai ser vulnerável, vai ter mais dificuldade de achar emprego, corre maior risco de cair na pobreza”, disse o diretor da instituição para o Brasil, Martin Raiser.


Além da ameaça ao futuro desses jovens, essa situação leva a outra consequência séria: ela coloca em risco o crescimento da economia brasileira. Isso porque o País vai depender do trabalho deles para continuar produzindo. Mais ainda, vai precisar que eles sejam mais produtivos do que seus pais para reverter uma tendência de queda na taxa de crescimento do Brasil.
A urgência na adoção de uma agenda para que o Brasil produza melhor com os recursos que possui foi analisada em outro relatório: “Emprego e Crescimento: a Agenda da Produtividade”, também divulgado hoje pelo Banco Mundial. No entendimento dos economistas do organismo, os dois temas estão profundamente relacionados. A melhora na formação de jovens e sua preparação para o mercado de trabalho é um dos itens da agenda da produtividade.
O relatório traz evidências que a educação no País é falha e não se traduz em aumento de produtividade. Na Malásia, por exemplo, um ano a mais na escola resulta numa elevação de US$ 3.000,00 no salário. Na Turquia, US$ 4.000,00. Na Coreia do Sul, US$ 7.000,00. No Brasil, o ganho é próximo a zero. “Precisamos de uma educação de qualidade que cumpra sua missão de dar competência aos jovens”, disse a economista Rita Almeida.
Ela avalia que a reforma do ensino médio de 2017 atacou alguns pontos críticos, mas ainda falta ver como será sua implementação. Além disso, seria necessário dar um foco político mais forte ao problema da evasão escolar. No Brasil, apenas 43% da população acima de 25 anos concluiu o ensino médio. Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o índice é de 90%.
Mais grave do que constatar que há pouca gente com formação de nível médio é verificar que essa tendência se mantém. Hoje, um de cada três jovens de 19 anos já está fora da escola.

Entre as ideias trazidas pelo relatório, está a criação de programas para redução da gravidez na adolescência. Os programas de transferência de renda poderiam ser direcionados para estimular a conclusão do ensino médio. Além disso, seria necessário informar melhor os jovens sobre os benefícios do estudo.