terça-feira, 8 de março de 2016

Hyundai-Rotem será inaugurada em Araraquara (SP)= Abifer



A Hyundai-Rotem Brasil, fábrica de trens e composições ferroviárias - ligada ao Grupo Hyundai Motors - inaugura oficialmente, no próximo dia 30 de março de 2016 (quarta-feira), sua unidade em Araraquara (SP), a primeira planta da multinacional sul-coreana instalada no país. 

O investimento foi de R$ 100 milhões com a estimativa de geração de 300 novos empregos. 
Com uma capacidade de produção de 200 carros por ano, o complexo já está com sua linha de montagem ativa. Foi erguido em uma área total de 150 mil metros quadrados na Avenida Marginal de Acesso à Rodovia Antônio Machado Sant’Anna, sendo 21 mil metros quadrados de área construída. 

“Em termos logísticos, Araraquara nos oferece uma localização estratégica. Trouxemos para cá o que há de melhor em tecnologia e inovação, na fabricação de trens e composições ferroviárias que ganham cada vez mais importância à medida que ajudam a solucionar os problemas de mobilidade urbana nos grandes centros. Nossa unidade, aqui no interior paulista, vai atender não apenas as demandas do Brasil mas também de toda a América Latina”, explica Sungha Jun, presidente da Hyundai-Rotem Brasil. 

A Hyundai Rotem Brasil já está produzindo 30 trens modernos, com oito carros cada, para a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A previsão é de que comecem a circular ainda em 2016. A empresa também está produzindo trens e composições ferroviárias para o transporte público de Salvador (BA). 

“A Hyundai-Rotem ajuda a melhorar a vida das pessoas conectando-as ao que há de mais moderno em transporte ferroviário”, conclui o presidente. 

A inauguração oficial da Hyundai-Rotem já tem as presenças confirmadas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito municipal de Araraquara (SP), Marcelo Barbieri, entre outras autoridades. 


Fonte: Núcleo da Notícia Comunicação Corporativa
Publicada em:: 08/03/2016

Anatel anunciou nesta terça-feira novidades para facilitar o bloqueio de aparelhos em caso de roubo


Celular poderá ser bloqueado enquanto o boletim de ocorrência é feito
Celular poderá ser bloqueado enquanto o boletim de ocorrência é feito
BRASÍLIA - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou hoje novidades para facilitar que consumidores e lojistas bloqueiem o uso de aparelhos celulares furtados e roubados. O objetivo é tornar mais ágil a inutilização de equipamentos extraviados, coibindo assim um dos crimes mais comuns nas cidades brasileiras. 
"A partir de agora, o bloqueio também poderá ser feito pelos usuários por meio do número da linha e não apenas pelo número de série do aparelho (Imei)", explicou o presidente da Anatel, João Rezende. Segundo ele, a medida se justifica porque após o extravio dos aparelhos, muitos usuários tinham dificuldades em informar o número de série dos celulares. 
O sistema que bloqueia os celulares roubados, furtados e perdidos é alimentado pelo Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (CEMI), cuja base de dados tinha cerca de 6,5 milhões de aparelhos impedidos de serem utilizados até fevereiro deste ano. De acordo com a Anatel, no restante do mundo são mais 25,439 milhões de aparelho bloqueados. 
Outra novidade é a possibilidade do bloqueio do aparelho ser feito já durante a confecção do boletim de ocorrência nas delegacias, antes mesmo do usuário informar o problema à operadora de telefonia. Segundo a Anatel, as Polícias Civis da Bahia, Ceará e Espírito Santo já têm acesso ao sistema de bloqueio. As delegacias de Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo devem estar aptas para o processo em breve. 
"Já no caso de transportadoras e lojistas, o bloqueio agora poderá ser feito pelo Imei, com base na nota fiscal dos produtos. Isso deve desestimular o roubo de cargas ou impedir que esses aparelhos tenham qualquer valor para serem comercializados no mercado ilegal", acrescentou Rezende. O Imei é um número de série que tem 15 algarismos e equivale ao chassi dos carros.
Além disso, os usuários que adquirirem celulares usados, de segunda mão, poderão consultar a situação cadastral do aparelho, também por meio do Imei, através da página "www.consultaaparelhoimpedido.com.br". Para identificar o número de série do equipamento, os usuários devem digitar *#06# no celular. 
"As medidas tiram a atratividade total do aparelho roubado. Após poucas horas, o equipamento não pode ser mais habilitado com nenhum chip. Isso desmotiva o roubo ou o furto, porque o celular simplesmente não vai funcionar", avaliou o superintendente de Planejamento e Regulação da Anatel, Alexandre Bicalho. "Caso o aparelho seja localizado pelo verdadeiro dono, o desbloqueio pode ser efetuado", completou.

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come ( sobre mercado imobiliário em 2015)

          

Luiz Augusto Pereira de Almeida*
O mercado imobiliário fechou o ano de 2015 melancolicamente. A projeção, segundo o Secovi – Sindicato da Habitação, é de que a comercialização sofra queda de 20% em relação a 2014, com um total de 17,3 mil unidades vendidas, ante 21,6 mil no ano passado. Em termos de lançamentos, a previsão é de redução de 38%, com um total de 21 mil unidades lançadas, contra 34 mil no exercício anterior.
Tais resultados não são surpreendentes e decorrem de uma sequência de episódios que, ao longo do ano, foram minando a confiança do consumidor: aumento das taxas de juros; diminuição do volume de crédito; maiores restrições bancárias nas concessões de crédito; aumento da inflação e do desemprego; e crise política.  Porém, o que estava ruim pode acabar ainda pior. O governo está tentando aprovar uma reforma nos tributos do PIS e Cofins, que poderá  agravar a carga tributária para o setor de serviços, incluído ai o segmento da construção. O aumento para o setor imobiliário pode chegar até 150% sobre o recolhimento do tributo.
Recentemente, comentei em outro artigo a Medida Provisória 692/2015, editada pelo governo, que trata do aumento do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre os ganhos de capital na alienação de imóveis, que era de 15%, independentemente do valor do lucro. O Congresso Nacional aprovou a matéria em fevereiro último, estabelecendo quatro alíquotas: 15% sobre a parcela que não ultrapassar R$ 5 milhões; 17,5%, entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões; 20%, entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões; e 22,5%, para os ganhos que ultrapassarem os R$ 30 milhões. A MP também atinge microempresários tributados com base no Simples, que, em tese, deveriam ter estímulos e menos burocracia para fortalecer seu empreendedorismo. Eles ficam sujeitos à mesma taxação progressiva quando alienarem bens e direitos de seu ativo não circulante.
Aumentos de carga tributária para a construção civil são insustentáveis. A produção do setor, como dito anteriormente, está em queda livre. Isso pode ser ainda confirmado pelas demissões que andam a passos largos. A estimativa para o ano de 2015, de acordo com o Sinduscon-SP, é de 480 mil demissões. Estas,  somadas aos 270 mil postos de trabalho perdidos em 2014, totalizarão 750 mil empregos a menos. A situação é muito grave! O estoque de imóveis não vendidos é alto, chegando a 26 mil unidades, esbarrando no pico da série histórica que vem sendo medida desde 2004. Novos lançamentos são raridade. Para constatar essa realidade, é só abrir os jornais de maior circulação das metrópoles aos sábados e domingos, dias preferidos dos anunciantes do setor. Pelo contrário, os anúncios que lemos são de grandes descontos, chegando, pasmem, a até 50% do valor do imóvel.
Não obstante o cenário nada animador, o governo, sob o discurso de uma simplificação tributária, pretende aumentar os ônus fiscais do setor da construção civil. Só podemos concluir que os nossos administradores não estão atentos e nem sensibilizados, mas sim completamente sem rumo. Diante de um rombo de 120 bilhões de reais, a administração federal pôs-se a campo para, a qualquer custo, descobrir maneiras de suprir seu caixa, a fim de amenizar o caos em que se meteu.
Ao invés de promover as reformas necessárias para cobrir o déficit, como seria apropriado, mas nem sempre popular, o governo prefere transferir a conta para a iniciativa privada. Só que esta já se encontra absolutamente debilitada. De acordo com o Serasa Experien, em comparação com 2014, os pedidos de recuperação judicial em 2015, de janeiro a novembro, tiveram crescimento de 46,7%. Chegamos ao beco sem saída.
O setor da construção civil é de longo prazo. Desde o planejamento da compra de um terreno, aprovação do projeto, lançamento, construção e entrega das unidades, pode-se levar mais de cinco ou seis anos. Diante de um cenário como o atual, de incertezas políticas e econômicas, inclusive de ameaças fiscais e alta de juros, não se pode esperar outro resultado, a não ser uma retração do setor, com menos lançamentos, menos empregos, aumento de preços e desatendimento aos interessados em comprar um imóvel. É um círculo vicioso que a ninguém interessa.
Sem que o governo enfrente seus fantasmas, o Brasil não sairá da crise.  Alguns de nossos vizinhos na América do Sul, como Chile, Peru e, mais recentemente, a Argentina, já perceberam isso e se tornam protagonistas de um movimento no qual o equilíbrio fiscal cria oportunidades de crescimento. O Brasil também precisa seguir essa linha, diminuindo o papel do Estado na economia. Do jeito que está, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
*Luiz Augusto Pereira de Almeida é diretor da Fiabci/Brasil e diretor de Marketing da Sobloco Construtora.
Assessoria de Imprensa: Ricardo Viv