Entrevista: Eduardo Giannetti da Fonseca
O Estado de S.Paulo - 23/06/2013
País estaria dando uma resposta à sucessão de desacertos da política econômica que somam inflação em alta, baixo crescimento, ressaca de consumo e infraestrutura precária
Alexa Salomão
O economista e cientista social Eduardo Giannetti da Fonseca acredita que há um nítida ligação entre as manifestações que tomaram conta do Brasil e a má gestão da economia. “O governo represou o aumento da tarifa e, quando liberou, coincidiu que a inflação está alta.” Na entrevista a seguir, Giannetti explica como o governo terá de rever a condução da política econômica e a relação com o cidadão, hoje muito distante, se quiser reverter a situação.
● O que provocou as manifestações?
Muitos elementos se combinaram. O primeiro deles foi retardar o reajuste da tarifa de transporte público para segurar a inflação. O governo represou o aumento e, quando liberou, coincidiu com o momento em que a inflação está em alta e as pessoas estão endividadas. Como os serviços tiveram uma alta grande, a inflação para as famílias é muito maior do que a inflação oficial. Há restrição orçamentária neste momento. A aposta desastrada no carro particular também pesou. O governo fez um movimento agressivo para estimular a venda do automóvel com a crise, em 2008, mas não investiu na infraestrutura para acomodar o aumento da frota. Para quem comprou, o carro era para ser o instrumento de liberdade individual, mas virou um cárcere privado e uma câmara de estresse. Com mais carros, as cidades vivem a angústia diária da mobilidade imóvel. Outro elemento foi a truculência da repressão na quinta-feira passada (13/06) em São Paulo. Muita gente que não estava disposta a se engajar aderiu porque ficou indignada A visibilidade do Brasil na Copa das Confederações ajudou. O Brasil está na vitrine, o que abre espaço para se constranger os governantes e maximizar a reivindicação. Junte tudo isso e teremos um ambiente propício para a revolta.
● Qual é a alternativa do governo para
amenizar as manifestações se elas
continuarem?
Eu acho que uma reforma ministerial é inevitável. Os protestos, sem dúvida, reforçam as fragilidade na condução da política econômica. Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva), um pragmático, já fala abertamente isso.
● Faltou, então, visão ao governo?
Faltou estratégia. Esse governo reage caso a caso. Criou tantas incertezas em relação às regras do jogo
que é temerário investir no País hoje. Os empresários se perguntam: ‘Será que a isenção que recebi vale daqui a quatro anos? Será que a proteção tarifária que eu consegui no lobby em Brasília permanece? Será que o crédito subsidiário que estão me oferecendo fica?’. Ninguém sabe. A política econômica
não tem um norte. Para controlar a inflação e favorecer a compra do carro, o governo eliminou a Cide, a contribuição cobrada sobre o preço da gasolina para financiar a infraestrutura de transporte. Eu fui olhar os números. No acumulado, deixamos de arrecadar R$ 22 bilhões desde 2008. O custo acumulado do não reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo, até o final da gestão Haddad (Fernando Haddad, prefeito de São Paulo), será de R$ 2,6 bilhões – um décimo. Se o dinheiro da Cide tivesse sido investido na infraestrutura de transporte público, estaríamos em outro patamar.
● Faltou, então, visão ao governo?
Faltou estratégia. Esse governo reage caso a caso. Criou tantas incertezas em relação às regras do jogo
que é temerário investir no País hoje. Os empresários se perguntam: ‘Será que a isenção que recebi vale daqui a quatro anos? Será que a proteção tarifária que eu consegui no lobby em Brasília permanece? Será que o crédito subsidiário que estão me oferecendo fica?’. Ninguém sabe. A política econômica não tem um norte. Para controlar a inflação e favorecer a compra do carro, o governo eliminou a Cide, a contribuição cobrada sobre o preço da gasolina para financiar a infraestrutura de transporte. Eu fui olhar os números. No acumulado, deixamos de arrecadar R$ 22 bilhões desde 2008. O custo acumulado do não reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo, até o final da gestão Haddad (Fernando Haddad, prefeito de São Paulo), será de R$ 2,6 bilhões – um décimo. Se o dinheiro da Cide tivesse sido investido na infraestrutura de transporte público, estaríamos em outro patamar.
● A classe C foi beneficiada pelo governo porque teve aumento de renda e ascendeu no consumo, mas também está nas ruas protestando. Ela não deveria estar satisfeita?
Cerca de 37 milhões de brasileiros mudaram de categoria de renda em 10 anos. É ótimo. Mas agora começamos a sentir o que isso representa. O governo esqueceu que essa nova classe média ascendeu ao consumo, mas também tem mais acesso à informação. Tem internet. Tem uma consciência mais clara de que paga impostos e pode cobrar serviços compatíveis com essa contribuição. Esse novo grupo demanda automóveis, transporte aéreo, eletrodomésticos, educação. Veja só: cresceu a demanda por automóveis e o governo ajudou, reduzindo o IPI, facilitando o crédito. Mas não foi feita a outra parte, os investimentos na infraestrutura urbana para suportar o aumento da frota. Transporte aéreo: há mais pessoas com dinheiro para viajar de avião, mas sem a estrutura aeroportuária é um caos embarcar e desembarcar. Eletrodomésticos: o Brasil se tornou um dos cinco mercados de aparelhos elétricos do mundo – vendemos mais geladeiras, microondas, freezers. Mas se a economia tivesse crescido no ano passado, tinha tido apagão. A sorte – se é que isso é sorte – foi que o baixíssimo crescimento evitou um colapso. Moradia: o Minha Casa, Minha Vida é a cereja no bolo do PAC, e onde está o saneamento básico? E há ainda o caso grave da educação. A nova classe média vê na educação uma credencial para continuar ascendendo socialmente, mas se não houver um controle de qualidade, as escolas privadas vão virar um balcão de negócios. Percebe que há um padrão? A demanda infla, mas não há consistência na oferta. Aquilo que exige poupança e investimento, que não seja um anseio imediato, não está sendo atendido.
● As manifestações vêm em um momento já complicado para o governo: os indicadores econômicos estão piorando e há eleição no ano que vem...
O governo já vinha perdendo popularidade e agora isso se acentua. O capital político do governo da Dilma está em depreciação.
● Apenas o da Dilma?
Pega principalmente o governo federal. No fundo é a democracia brasileira e os órgãos de poder que estão se desgastando. Deixaram de nos representar. Temos um Executivo tecnocrata e um pouco autista, com 39 ministérios, inoperante, que não consegue fazer as concessões acontecerem e tem muita dificuldade de deslanchar os investimentos prometidos. Eu chamo o PAC de Plano de Abuso da Credulidade. O Congresso Nacional virou um balcão de negócios de onde só saem coisas ruins, sem compromisso com o País.
● O que ocorre se o mercado de trabalho
virar e houver desemprego?
Já temos crescimento baixo, inflação pressionada e deterioração das contas externas. Se acrescentarmos o desemprego, haverá um estress social adicional e o quadro piora. Poderíamos ter tido políticas de geração de emprego mais inteligentes durante a crise. Por exemplo, investir em infraestrutura para criar as bases de um crescimento sustentado.
● O fim dos 20 centavos de reajuste
da passagem vai tirar a força das manifestações
ou elas tendem a migrar
para outras causas?
O Brasil é pródigo em explosões efêmeras de indignação. Mas minha intuição me diz fortemente que tende amigrar para outras causas. Os manifestantes foram vitoriosos. Os protestos, basicamente, mostraram que o brasileiro tem espinha dorsal e que ela não é flexível. Não é uma maria-mole.
● Mas o governo vai ter caixa para
atender novas demandas, em áreas
como saúde e educação?
Vai ter de ter. A carga tributária do Brasil é de 36% do PIB. Cerca de 40% da renda gerada pelo trabalho dos brasileiros transita pelo governo – União, estados e municípios. Como é que os nossos serviços públicos são o que são? Essa é a pergunta fundamental dessa brincadeira toda. Gasta-se muito mal.
● Criou-se um novo cenário eleitoral?
O cenário ficou bem mais aberto.
● O sr. apoia a Marina Silva. Como a
situação repercute para eventuais
candidatos fora do poder?
Acredito que os 20 milhões de votos que a Marina recebeu foram apenas o prenúncio da insatisfação que hoje vemos nas ruas.
Eduardo Giannetti da Fonseca Economista associa temas cotidianos com teoria econômica
Mineiro de Belo Horizonte, cursou economia e ciência social na Universidade de São Paulo e o doutorado em economia na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Foi professor em ambas instituições. Seus artigos e livros têm a peculiaridade de estabelecer relações entre temas cotidianos e psicológicos com a teoria econômica
O Estado de S.Paulo - 23/06/2013
País estaria dando uma resposta à sucessão de desacertos da política econômica que somam inflação em alta, baixo crescimento, ressaca de consumo e infraestrutura precária
Alexa Salomão
O economista e cientista social Eduardo Giannetti da Fonseca acredita que há um nítida ligação entre as manifestações que tomaram conta do Brasil e a má gestão da economia. “O governo represou o aumento da tarifa e, quando liberou, coincidiu que a inflação está alta.” Na entrevista a seguir, Giannetti explica como o governo terá de rever a condução da política econômica e a relação com o cidadão, hoje muito distante, se quiser reverter a situação.
● O que provocou as manifestações?
Muitos elementos se combinaram. O primeiro deles foi retardar o reajuste da tarifa de transporte público para segurar a inflação. O governo represou o aumento e, quando liberou, coincidiu com o momento em que a inflação está em alta e as pessoas estão endividadas. Como os serviços tiveram uma alta grande, a inflação para as famílias é muito maior do que a inflação oficial. Há restrição orçamentária neste momento. A aposta desastrada no carro particular também pesou. O governo fez um movimento agressivo para estimular a venda do automóvel com a crise, em 2008, mas não investiu na infraestrutura para acomodar o aumento da frota. Para quem comprou, o carro era para ser o instrumento de liberdade individual, mas virou um cárcere privado e uma câmara de estresse. Com mais carros, as cidades vivem a angústia diária da mobilidade imóvel. Outro elemento foi a truculência da repressão na quinta-feira passada (13/06) em São Paulo. Muita gente que não estava disposta a se engajar aderiu porque ficou indignada A visibilidade do Brasil na Copa das Confederações ajudou. O Brasil está na vitrine, o que abre espaço para se constranger os governantes e maximizar a reivindicação. Junte tudo isso e teremos um ambiente propício para a revolta.
● Qual é a alternativa do governo para
amenizar as manifestações se elas
continuarem?
Eu acho que uma reforma ministerial é inevitável. Os protestos, sem dúvida, reforçam as fragilidade na condução da política econômica. Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva), um pragmático, já fala abertamente isso.
● Faltou, então, visão ao governo?
Faltou estratégia. Esse governo reage caso a caso. Criou tantas incertezas em relação às regras do jogo
que é temerário investir no País hoje. Os empresários se perguntam: ‘Será que a isenção que recebi vale daqui a quatro anos? Será que a proteção tarifária que eu consegui no lobby em Brasília permanece? Será que o crédito subsidiário que estão me oferecendo fica?’. Ninguém sabe. A política econômica
não tem um norte. Para controlar a inflação e favorecer a compra do carro, o governo eliminou a Cide, a contribuição cobrada sobre o preço da gasolina para financiar a infraestrutura de transporte. Eu fui olhar os números. No acumulado, deixamos de arrecadar R$ 22 bilhões desde 2008. O custo acumulado do não reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo, até o final da gestão Haddad (Fernando Haddad, prefeito de São Paulo), será de R$ 2,6 bilhões – um décimo. Se o dinheiro da Cide tivesse sido investido na infraestrutura de transporte público, estaríamos em outro patamar.
● Faltou, então, visão ao governo?
Faltou estratégia. Esse governo reage caso a caso. Criou tantas incertezas em relação às regras do jogo
que é temerário investir no País hoje. Os empresários se perguntam: ‘Será que a isenção que recebi vale daqui a quatro anos? Será que a proteção tarifária que eu consegui no lobby em Brasília permanece? Será que o crédito subsidiário que estão me oferecendo fica?’. Ninguém sabe. A política econômica não tem um norte. Para controlar a inflação e favorecer a compra do carro, o governo eliminou a Cide, a contribuição cobrada sobre o preço da gasolina para financiar a infraestrutura de transporte. Eu fui olhar os números. No acumulado, deixamos de arrecadar R$ 22 bilhões desde 2008. O custo acumulado do não reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo, até o final da gestão Haddad (Fernando Haddad, prefeito de São Paulo), será de R$ 2,6 bilhões – um décimo. Se o dinheiro da Cide tivesse sido investido na infraestrutura de transporte público, estaríamos em outro patamar.
● A classe C foi beneficiada pelo governo porque teve aumento de renda e ascendeu no consumo, mas também está nas ruas protestando. Ela não deveria estar satisfeita?
Cerca de 37 milhões de brasileiros mudaram de categoria de renda em 10 anos. É ótimo. Mas agora começamos a sentir o que isso representa. O governo esqueceu que essa nova classe média ascendeu ao consumo, mas também tem mais acesso à informação. Tem internet. Tem uma consciência mais clara de que paga impostos e pode cobrar serviços compatíveis com essa contribuição. Esse novo grupo demanda automóveis, transporte aéreo, eletrodomésticos, educação. Veja só: cresceu a demanda por automóveis e o governo ajudou, reduzindo o IPI, facilitando o crédito. Mas não foi feita a outra parte, os investimentos na infraestrutura urbana para suportar o aumento da frota. Transporte aéreo: há mais pessoas com dinheiro para viajar de avião, mas sem a estrutura aeroportuária é um caos embarcar e desembarcar. Eletrodomésticos: o Brasil se tornou um dos cinco mercados de aparelhos elétricos do mundo – vendemos mais geladeiras, microondas, freezers. Mas se a economia tivesse crescido no ano passado, tinha tido apagão. A sorte – se é que isso é sorte – foi que o baixíssimo crescimento evitou um colapso. Moradia: o Minha Casa, Minha Vida é a cereja no bolo do PAC, e onde está o saneamento básico? E há ainda o caso grave da educação. A nova classe média vê na educação uma credencial para continuar ascendendo socialmente, mas se não houver um controle de qualidade, as escolas privadas vão virar um balcão de negócios. Percebe que há um padrão? A demanda infla, mas não há consistência na oferta. Aquilo que exige poupança e investimento, que não seja um anseio imediato, não está sendo atendido.
● As manifestações vêm em um momento já complicado para o governo: os indicadores econômicos estão piorando e há eleição no ano que vem...
O governo já vinha perdendo popularidade e agora isso se acentua. O capital político do governo da Dilma está em depreciação.
● Apenas o da Dilma?
Pega principalmente o governo federal. No fundo é a democracia brasileira e os órgãos de poder que estão se desgastando. Deixaram de nos representar. Temos um Executivo tecnocrata e um pouco autista, com 39 ministérios, inoperante, que não consegue fazer as concessões acontecerem e tem muita dificuldade de deslanchar os investimentos prometidos. Eu chamo o PAC de Plano de Abuso da Credulidade. O Congresso Nacional virou um balcão de negócios de onde só saem coisas ruins, sem compromisso com o País.
● O que ocorre se o mercado de trabalho
virar e houver desemprego?
Já temos crescimento baixo, inflação pressionada e deterioração das contas externas. Se acrescentarmos o desemprego, haverá um estress social adicional e o quadro piora. Poderíamos ter tido políticas de geração de emprego mais inteligentes durante a crise. Por exemplo, investir em infraestrutura para criar as bases de um crescimento sustentado.
● O fim dos 20 centavos de reajuste
da passagem vai tirar a força das manifestações
ou elas tendem a migrar
para outras causas?
O Brasil é pródigo em explosões efêmeras de indignação. Mas minha intuição me diz fortemente que tende amigrar para outras causas. Os manifestantes foram vitoriosos. Os protestos, basicamente, mostraram que o brasileiro tem espinha dorsal e que ela não é flexível. Não é uma maria-mole.
● Mas o governo vai ter caixa para
atender novas demandas, em áreas
como saúde e educação?
Vai ter de ter. A carga tributária do Brasil é de 36% do PIB. Cerca de 40% da renda gerada pelo trabalho dos brasileiros transita pelo governo – União, estados e municípios. Como é que os nossos serviços públicos são o que são? Essa é a pergunta fundamental dessa brincadeira toda. Gasta-se muito mal.
● Criou-se um novo cenário eleitoral?
O cenário ficou bem mais aberto.
● O sr. apoia a Marina Silva. Como a
situação repercute para eventuais
candidatos fora do poder?
Acredito que os 20 milhões de votos que a Marina recebeu foram apenas o prenúncio da insatisfação que hoje vemos nas ruas.
Eduardo Giannetti da Fonseca Economista associa temas cotidianos com teoria econômica
Mineiro de Belo Horizonte, cursou economia e ciência social na Universidade de São Paulo e o doutorado em economia na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Foi professor em ambas instituições. Seus artigos e livros têm a peculiaridade de estabelecer relações entre temas cotidianos e psicológicos com a teoria econômica
Com Giannetti, sintonia sobre macroeconomia
Nos debates periódicos com o economista, Marina concorda com o tripé câmbio flutuante, superávit e BC autônomo
07 de julho de 2013 | 2h 09
BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
O economista Eduardo Giannetti participa de reuniões periódicas com a provável candidata Marina Silva. Defende - e ela costuma concordar - que o Brasil precisa adotar uma economia de mercado sem prescindir de políticas sociais vigorosas. "Em vez de focar no BNDES, que hoje é muito agressivo, pouco transparente e atende a grupos privados que poderiam se financiar de outra maneira, deveria fazer foco em capital humano, saneamento, saúde, educação fundamental", opinou Giannetti.
Há também sintonia entre os dois sobre o cenário macroeconômico. "Não dá para inventar muito, é preciso se concentrar no tripé superávit, câmbio flutuante e independência do Banco Central", pregou.
Educação. Nas constantes reuniões com intelectuais e prováveis colaboradores de campanha eleitoral, Marina costuma comentar que a contribuição ao Brasil do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi a estabilidade econômica e a do ex-presidente Lula (PT), a inclusão social. Ela trabalharia para que seu legado fosse a educação. É sobre esse assunto que Marina se aconselha com a pedagoga Maria Alice Setúbal, herdeira do banco Itaú e fundadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação (Cenpec).
Neca, como é conhecida, defende a educação em período integral e a justiça social no setor. Ela explica: "Não haverá boa educação se persistirem diferenças de qualidade no ensino entre a escola do interior e a dos grandes centros, ou a da periferia comparada à do bairro bom".
Na semana passada, o grupo se reuniu para falar sobre os royalties do petróleo. Concluíram ser populista e pouco eficiente o modelo aprovado pelos parlamentares. Defendem a criação de um fundo soberano para financiar integralmente a educação.
Mobilidade urbana. Pensando em políticas de médio e longo prazos, os conselheiros de Marina criticam a política atual de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros e da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) para segurar o preço da gasolina. "Esses impostos devem ser cobrados. Poderia ter até pedágio urbano, e o dinheiro poderia ser investido na melhoria do transporte público", defendeu Giannetti. / D.B.
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