sexta-feira, 5 de julho de 2013

Ibama autoriza construção da maior mina da história da Vale

Vista de umas das minas da Serra dos Carajás. Exploração do minério na região começou em 1985. Foto: Daniel Santini
O presidente do Ibama, Volney Zanardi, assinou a licença de instalação do megaprojeto S11D, a maior projeto de usina de minério de ferro feito no mundo. O empreendimento nada mais é que a expansão da capacidade de produção de Carajás, localizada em Parauapebas, no Pará. O sinal verde é para a construção da usina que vai processar o minério.

Projetado para expandir a produção de minério de Carajás, o S11D é um projeto que envolve mina, ferrovia e porto. Tem investimentos na ordem de 19,5 bilhões de dólares, dos quais 8 bilhões serão aplicados na construção da mina na Serra Sul de Carajás. Atualmente, a empresa explora a Serra Norte do complexo. A Vale já havia recebido a licença de instalação do ramal ferroviário que ligará a mina de Serra Sul à Estrada de Ferro Carajás (EFC), seguindo até o Terminal Portuário de Ponta da Madeira (TPPM), em São Luís, MA.

Nos limites da Floresta Nacional Carajás, a área total que deverá ser desmatada para a construção do empreendimento é de 1.491,89 hectares. A área do projeto original era maior, mas teve que se adequar a exigência do Ibama. O licenciamento exige a preservação integral de lagoas da região e outras 19 condicionantes específicas.

De acordo com o órgão ambiental, o processamento do minério da Vale será a seco, dispensando as barragens de rejeitos. Uma das exigências é a conservação de uma área de 2.912 hectares na Serra da Bocaina/PA, com o objetivo de restabelecer a conexão com a Floresta Nacional de Carajás, através de corredores ecológicos.

O empreendimento compreenderá a extração de minério de ferro do Bloco D do Corpo S11 de Serra Sul, utilizando o método de lavra a céu aberto e beneficiamento a umidade natural. Inicialmente, estima-se serão produzidos 90 milhões de toneladas por ano (mtpa) de produto. Quando o projeto estiver funcionando em plena capacidade, serão produzidos 230 milhões de toneladas métricas por ano, mais que duplicando a produção atual de 109 milhões toneladas anuais.

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